Thiago Santos brilha nos pênaltis, e Ceilândia volta a vencer o Candangão após 12 anos

Goleiro é decisivo na disputa de pênaltis que encerra jejum de títulos da equipe, que garante vaga na Copa do Brasil, na Copa Verde e na Série D do Brasileirão de 2025

Por Lucas Magalhães — Brasília


Foi com uma dose extra de emoção. Depois de dois empates no tempo normal, Capital e Ceilândia precisaram da disputa de pênaltis para decidir o campeão candango em 2024. Neste sábado, a igualdade foi em 0 a 0.

Na marca da cal, o goleiro Thiago Santos foi decisivo e, com quatro defesas, ajudou o Ceilândia a vencer por 4 a 3 e conquistar o título local pela terceira vez na história, encerrando um jejum de 12 anos.

Com a conquista, o Ceilândia, que assim como o vice-campeão Capital já havia garantido vaga na Copa do Brasil, na Copa Verde e na Série D, faturou ainda a premiação de R$ 1 milhão, dada ao campeão local.

Goleiro Thiago Santos foi fundamental para a conquista do tricampeonato candango — Foto: Lucas Magalhães

Com as duas equipes precisando vencer o jogo para conquistar o título candango ainda no tempo normal, o primeiro tempo foi de muito estudo tanto por parte de Capital, quanto por parte do Ceilândia. As duas equipes concentraram o jogo no meio-campo e pouco produziram ofensivamente.

A única exceção foi já nos acréscimos, em chute de fora da área do Ceilândia, que passou perto do gol defendido por Luan Santos.

O Capital, entretanto, voltou melhor para o segundo tempo. Atacando mais a defesa adversária, a Coruja por pouco não abriu o placar com Renan Luis, aos 11 minutos. O lateral-esquerdo tentou cruzar, mas a bola tomou o caminho do gol e só parou no travessão.

A partir daí, as duas equipes passaram a procurar pontos focais ofensivamente: o Ceilândia apostou nas jogadas individuais de Felipe Clemente. Já o Capital tentou acionar o centroavante Wallace Pernambucano. Os dois, no entanto, não conseguiram ser efetivos e os dois goleiros pouco trabalharam no segundo tempo.

No tempo normal, Capital e Ceilândia ficaram no empate por 0 a 0 — Foto: Lucas Magalhães

A partir dos 30 minutos do segundo tempo, as duas equipes praticamente aceitaram a disputa de pênaltis. Sem se arriscar para não correr o risco de sofrer um gol que, àquela altura seria fatal, Capital e Ceilândia voltaram a produzir pouco ofensivamente.

O Capital ainda perdeu Wallace Pernambucano nos acréscimos. O camisa nove deixou o campo sentindo dores na coxa direita e já começou a fazer tratamento com gelo ainda na beira do campo.

Com o 0 a 0 após o apito final, a decisão do campeão candango foi para a decisão por pênaltis. Na marca da cal, o Ceilândia começou desperdiçando a cobrança, defendida por Luan Santos. Na sequência, o goleiro Thiago Santos também impediu o gol do Capital. Essa foi apenas a primeira das quatro defesas protagonizadas pelo arqueiro do Gato Preto.

Equipe do Ceilândia se concentrou antes das disputas de pênaltis no Mané Garrincha — Foto: Lucas Magalhães

No último chute, após espalmar a cobrança de Lucas Oliveira, o camisa 1 foi ao chão e não demorou a ser soterrado pelos companheiros, que reconheceram a importância do goleiro na conquista do título.