Campeãs da ginástica, enfim, celebram ano com festa em São Paulo
O brilho do collant deu lugar a vestidos de festas igualmente deslumbrantes. Rebeca Andrade tem vivido uma rotina de celebrações desde as quatro medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Paris, em agosto. Entre campanhas publicitárias, capas de revistas de moda e convites para eventos mil, a ginasta de 25 anos curte os últimos dias de comemorações antes de retornar ao ginásio. A campeã olímpica vai voltar aos treinos na sexta-feira com Los Angeles 2028 no horizonte.
- Olha o ano que a gente teve. Tem de comemorar. É a valorização do nosso trabalho, do todo nosso empenho, de tudo que o atleta faz junto com a sua equipe para ser reconhecido. Acho que a gente teve, assim como várias outras pessoas, um ano muito bom. Valoriza isso, né!? Todo nosso empenho, nosso esforço, nossa vontade de acordar todos os dias para fazer o melhor não só para a gente, mas para todo nosso país - disse Rebeca, em uma festa promovida por um patrocinador em homenagem às ginastas medalhas olímpicas do Brasil, em São Paulo.
Depois de se tornar a maior medalhista olímpica do país (além dos quatro pódios de Paris, tem mais dois de Tóquio), a ginasta repensou o desejo de deixar o esporte e vai continuar competindo a caminho dos Jogos de Los Angeles. As medalhas, porém, ficam em segundo plano para Rebeca. O foco é a saúde física e mental.
- Eu acho que estar feliz e saudável é meu foco principal. Preciso estar cuidando da minha mente, do meu corpo também para eu conseguir voltar aos treinos da maneira mais segura possível, sem riscos, então isso vai ser o principal, não só para o ano que vem, mas para todos os anos que virão.
Companheiras de Rebeca no bronze inédito por equipes das Olimpíadas, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares também voltam aos treinos na sexta-feira. Flavinha, porém, já vem fazendo trabalhos de fisioterapia. Ela passou por uma cirurgia no ombro direito no início de setembro. Espera estar pronta para competir no segundo semestre de 2025.
- Quero me recuperar da cirurgia. Tá recente ainda. Vai fazer três meses da cirurgia. Parece que é muito tempo, mas é pouco tempo aí, e voltando aos poucos. A gente sabe que demora um pouquinho pra voltar, mas voltar a competir no final do ano que vem já - contou Flavinha.
Aos 33 anos, Jade Barbosa se prepara para um novo ciclo olímpico. Ela ressalta que novas ginastas devem se juntar à seleção brasileira.
- 2025 realmente é um ano de renovação. Não só com meninas novas na seleção, mas com um novo código de pontuação na ginástica. Então a gente tem de se adaptar novamente. Cada ciclo é uma nova adaptação. É um ano um pouco mais tranquilo, porque não existem muitas competições, não classifica para as Olimpíadas, já é um pouco mais tranquilo, também não tem Mundial por equipes. É um ano para se adaptar, correr atrás das coisas que você tem de fazer novas. Aí 2026 já começa a classificação por equipe. Esse Mundial de 2026 seria muito interessante a gente já se classificar. Então é algo que a gente já vai começar a construir em 2025 - disse Jade.
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