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Por Leandro Silva — Rio de Janeiro

Yuri Edmundo/BP Filme

As lesões atormentaram o Vasco em momentos cruciais de 2018. O Cruz-Maltino sofreu com contusões na reta decisiva do Campeonato Carioca, Taça Libertadores, e, principalmente, durante a luta para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

No início do ano, por exemplo, o time cruz-maltino perdeu Paulinho, um dos principais destaques da equipe, quatro dias antes da decisão do Estadual. A jovem promessa sofreu uma pequena fratura no cotovelo na partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela Libertadores, e desfalcou o clube nas quatro últimas rodadas da fase de grupos. Submetido a uma intervenção cirúrgica, o jogador foi vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, e não atuou mais com a camisa vascaína.

Outros cinco jogadores precisaram recorrer a cirurgias na temporada, entre eles o atacante Rildo, que sofreu duas luxações no ombro, e posteriormente, teve uma lesão muscular na coxa esquerda. Devido a esses três problemas clínicos, o atacante desfalcou a equipe em 42 jogos ao longo do ano e foi o recordista do elenco no quesito. Rildo só não frequentou mais vezes o DM do que o lateral-direito Rafael Galhardo e o meia Giovanni Augusto, que tiveram quatro contusões em 2018.

— Foto: Infoesporte

Episódios como esses chamaram a atenção de muitos torcedores, e o departamento médico do clube foi alvo de muitas críticas. No entanto, os números mostram uma queda na média de lesões em comparação com o ano anterior. Em 2017, o Vasco disputou 57 jogos oficiais e contabilizou 41 baixas clínicas (média de 0,72), enquanto que na atual temporada o time teve uma maratona maior, com 67 partidas e sofreu 42 lesões (média de 0,63).

Procurado pelo GloboEsporte.com há duas semanas, o diretor médico do Vasco, Marcos Teixeira, comentou sobre a percepção dos torcedores de que houve um aumento no número de lesões durante a temporada e afirmou que as críticas têm motivação política.

- Essa impressão pode ser causada pelo fato de as lesões com trauma terem acontecido com muita frequência em 2018. Um número incomum de lesões que infelizmente você não consegue prevenir. Sem dúvida, também influencia nessa impressão motivações políticas que pretendem atingir o presidente justamente na área que sempre foi sua especialidade, a médica - disse.

— Foto: Infoesporte

Critérios e Metodologia

As informações levantadas para esta pesquisa foram retiradas nos sites oficiais de cada um dos 20 times que disputaram a Série A em 2018, além do apurado pelos setoristas do GE no dia a dia dos clubes.

O recorte temporal deste levantamento foi de 01 de janeiro de 2018 até a data da publicação desta matéria: 19 de dezembro de 2018. Todas as baixas médicas sofridas pelos jogadores fora desse universo temporal não entraram na pesquisa.

O critério para inclusão de um atleta no levantamento foi o veto pelo departamento médico de pelo menos uma partida por motivo clínico. Todos os problemas médicos que impediram a escalação do jogador na equipe para a partida seguinte foram computados no levantamento.

Jogadores poupados e com desgaste físico não entraram na conta assim como problemas fisiológicos. Todos os clubes receberam o contato da reportagem para checagem da lista de jogadores no DM na temporada.

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