Confira gols e assistências de Hércules pelo Fortaleza
Primeiro reforço do Fluminense para 2025, Hércules chega ao clube com status de grande contratação, após se destacar este ano no Fortaleza e ser especulado em clubes como Palmeiras e Flamengo. O jovem de 24 anos, no entanto, não é o primeiro que chega ao clube com nome de herói da mitologia grega tentando se tornar ídolo. O primeiro foi Hércules de Miranda, que defendeu o clube entre 1935 e 1942, disputou a Copa do Mundo com a Seleção e ficou marcado por decidir Fla-Flus.
Natural de Guaxupé, Minas Gerais, Hércules foi um ponta-esquerda que marcou época no Brasil na década de 1930 e 1940. Ele chegou ao Fluminense em 1936 e rapidamente ficou marcado na história. Logo no primeiro ano defendendo o clube, ele fez quatro gols nos três Fla-Flus que decidiram o Campeonato Carioca daquele ano, que era a competição mais valorizada no Rio na época.
Aliás, mesmo atuando na ponta, foram os gols que consagraram Hércules. Ao todo, em ele disputou 176 jogos com a camisa tricolor e alcançou a façanha de 165 gols, de acordo com dados do Fluminense.
Por ser ambidestro e ter um chute forte, Hércules passou a ser chamado de “O Dinamitador”, por ter "um canhão no pé esquerdo e um míssil no pé direito", segundo contam os relatos da história tricolor.
Entre 1936 e 1941, Hércules conquistou cinco Campeonatos Carioca (1936, 1937, 1938, 1940 e 1941), além do Torneio Municipal 1938. O sucesso vestindo a camisa do Fluminense foi tão grande que ele foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1938.
Na ocasião, ele foi convocado pelo técnico Ademar Pimenta junto com nomes renomados da época: Leônidas, Domingos, Romeu, Tim, Perácio, entre outros. Hércules começou o torneio como titular na ponta esquerda, na vitória por 6 a 5 sobre a Polônia na estreia e no empate por 1 a 1 com a Tchecoslováquia.
Mas depois perdeu a posição para Patesko, a partir da vitória por 2 a 1 no jogo de desempate contra os tchecos, e continuou no banco na derrota por 2 a 1 para a Itália, na semifinal, e na vitória por 4 a 2 sobre a Suécia na disputa do 3º lugar.
Hércules ficou marcado na história de grandes jogadores do Fluminense em um período em que o futebol carioca deixava o amadorismo para se tornar profissional. Ele morreu em setembro de 1982 e é figura presente na galeria de ídolos do clube em um período não midiático do futebol.
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