A Argentina saiu de uma fila de 36 anos e, enfim, conquistou o tricampeonato da Copa do Mundo. A vitória sobre a França no último domingo encerrou a Era Messi, já que o craque avisou que o Mundial do Catar foi o último da carreira. O futuro, porém, também é promissor.
A geração que a partir de 2023 buscará o tetracampeonato tem dois líderes surgidos no Catar: Enzo Fernández e Julián Álvarez. O meio-campista de 21 anos do Benfica e o atacante de 22 do Manchester City, ambos formados no River Plate, assumiram papel de protagonismo na campanha vitoriosa no Catar.
Ambos começaram a competição como reservas e terminaram como titulares importantes, com Julián ficando entre os artilheiros (com quatro gols, atrás apenas de Mbappé e Messi) e Enzo eleito revelação do torneio.
No grupo campeão de 26 jogadores, a Argentina tem nomes promissores para crescer na hierarquia da seleção. Dentro do país (e do continente sul-americano), outros surgem como possíveis opções para a versão pós-Messi da "Scaloneta", apelido dado ao time treinado por Lionel Scaloni.
Engana-se quem estenda o status de fim de ciclo de Messi para toda uma geração. No próprio time titular base da Argentina, Scaloni possui um elenco rejuvenescido, a começar pelo sistema defensivo.
Romero e Molina, 24 anos, foram titulares no Catar e devem seguir assim no novo ciclo. Ainda para a defesa, a comissão técnica conta com Lisandro Martínez (24), opção importante e alternativa a Otamendi, de 34.
No meio, Paredes (28) e De Paul (28) devem liderar o novo ciclo, acompanhados de nomes como do titular absoluto Mac Allister (23), além de Palacios (24) e Almada (21), presentes no grupo campeão.
Para o ataque, Julián Álvarez poderá ter a companhia do antigo titular Lautaro Martínez (25). Paulo Dybala, com 29, pode surgir como alternativa a Messi para o próximo Mundial.
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Cortados
Aos 26 anos, Lo Celso era titular absoluto da seleção. Foi cortado por lesão. Agora, terá três anos para reassumir a condição, pensando na disputa pelo tetra em 2026.
Outros dois nomes estariam na Copa e também ficaram fora por lesão: Nico González e Joaquín Correa.
Correa, com 28 anos, terá um ciclo para chegar ao auge da maturidade no próximo Mundial. Já Nico González, com 24, busca consolidar-se para recuperar o espaço deixado com o corte.
Novos Enzos e Juliáns
Assim como o futebol brasileiro, o processo de renovação é constante na Argentina. Enzo Fernández e Julián Álvarez, por exemplo, defendiam o River Plate no primeiro semestre. Ambos se transferiram para a Europa e se credenciaram ao grupo campeão mundial.
Além de Enzos e Juliáns, alguns nomes surgem com força para surgir como novatos do próximo ciclo mundial. Aos 17 anos, o meia-atacante Facundo Buonanotte tem potencial para ser a próxima grande estrela argentina. Revelado pelo Rosario Central, o jovem foi comprado recentemente pelo Brighton, da Inglaterra, mesmo time de Mac Allister.
Ainda mais jovem, aos 16, o atacante Gianluca Prestianni, do Vélez Sarsfield, é monitorado pelo Real Madrid e em breve deve ganhar espaço no cenário local. Mesmo adolescente, o jogador estreou pelo profissional e chegou a jogar Libertadores neste ano.
Ainda no Vélez, o zagueiro Valentín Gómez assumiu condição de titular com apenas 19 anos. Mesma idade de Máximo Perrone, meio-campista alto e canhoto que chama a atenção de equipes da Europa.
Do Boca Juniors, o meio-campista Alan Varela desperta a atenção do Barcelona com apenas 21 anos. Também atleta do mesmo setor, Carlos Alcaraz, do Racing, tem sido monitorado pela Internazionale.
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