Veja os jogadores mais bem pagos do mundo em 2024
Vinícius Júnior se tornou nesta segunda-feira o sexto brasileiro a conquistar o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. O atacante do Real Madrid se junta a Romário, Ronaldo Fenômeno (premiado três vezes), Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho (com dois troféus) e Kaká, os demais jogadores do país eleitos nos diversos formatos da premiação da Fifa, criada em 1991.
Aos 24 anos, Vini Jr. é o segundo brasileiro mais jovem a alcançar a conquista, considerando a idade dos jogadores ao fim da temporada que valeu a premiação. Ronaldinho Gaúcho também tinha 24 anos e nove meses ao fim de 2004, ano da sua primeira eleição, enquanto Vini Jr., que nasceu em 12 de julho de 2000, tem 24 anos e cinco meses.
Somente Ronaldo era mais novo quando recebeu o seu primeiro Fifa World Player of the Year (Jogador Mundial do Ano), em 1996, aos 20 anos - até hoje o mais jovem a ser eleito o melhor jogador do mundo, o Fenômeno voltaria a ganhar em 1997, aos 21, e em 2002, aos 26.
Menos gols, mais títulos
Na comparação com os outros brasileiros eleitos, Vinícius Júnior é o segundo com menos gols marcados na carreira até a temporada da premiação (103, sendo 98 por clubes e cinco pela seleção brasileira), apenas um gol a mais que Ronaldo quando ganhou seu primeiro prêmio. Romário, que brilhou em 1994, aos 28 anos, somava 262 gols (240 por clubes e 22 pelo Brasil) até a temporada 1993/94.
Nas primeiras duas décadas de premiação, a Fifa considerava as atuações dos jogadores ao longo do ano, mas depois passou a tratar a temporada europeia (de agosto a julho) como o período de avaliação. Para padronizar a comparação entre os brasileiros vencedores, foram considerados os gols marcados por clube e seleção até a temporada europeia anterior à eleição de melhor do mundo.
Mesmo sendo mais jovem que Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Romário eram quando ganharam o prêmio de melhor do mundo, Vinícius Júnior supera todos eles em títulos conquistados, considerando os troféus levantados até a temporada anterior à premiação individual.
Vini Jr. terminou a temporada 2023/24, que lhe valeu a eleição da Fifa, com 12 títulos pelo Real Madrid - já ganhou mais um na atual temporada, a Supercopa da Uefa, e pode ser bicampeão mundial de clubes nesta quarta, na decisão do Intercontinental da Fifa contra o Pachuca, em Doha. Além do número expressivo de taças, o brasileiro se destaca pelo protagonismo nos momentos decisivos, com sete gols marcados em dez finais disputadas, incluindo duas decisões de Champions League.
Romário tinha, aos 28 anos, 11 títulos conquistados até a temporada 1993/94, sendo dois pela seleção brasileira: a Copa América de 1989 e a Copa do Mundo de 1994, decisiva para a eleição do Baixinho no prêmio da Fifa.
Dos seis brasileiros eleitos pela Fifa, somente Vini Jr. e Kaká ganharam o troféu já tendo o título de Champions League no currículo. Romário, Ronaldo e Rivaldo nunca venceram a principal competição de clubes da Europa, e Ronaldinho Gaúcho ganhou a Liga dos Campeões da Uefa em 2006, quando já tinha vencido seus dois prêmios da Fifa.
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