Sem concorrentes, Mikheil Kavelashvili teve caminho aberto para vencer a eleição para presidente da Geórgia. O político de 53 anos concorreu pelo partido de extrema-direita People's Power em pleito boicotado pela oposição do país. Kavelashvili protesta contra o Ocidente, mas fez carreira como jogador na Europa, e atuou como atacante no Manchester City na década de 1990.
De 1988 a 2006, Mikheil Kavelashvili fez carreira no futebol como atacante. Ele passou pelo Manchester City entre 1995 e 1997, antes da época rica do clube inglês. No final de sua carreira, jogou no Basel, da Suíça, com o brasileiro Kleber, ex-Corinthians, Internacional e Santos, e com o croata Ivan Rakitić, ex-Barcelona.
Pela seleção da Geórgia, foram seis gols em 43 jogos. Representar o país nos gramados não gerou grandes feitos para Kavelashvili, que optou por seguir outro caminho depois da aposentaria. Dez anos após pendurar as chuteiras, em 2016, o ex-atacante foi eleito para o parlamento do país pelo Sonho Georgiano, partido de centro.
A Geórgia vive uma grande crise interna entre políticos pró e contra o Ocidente. O presidente da comissão eleitoral, Giorgi Kalandarishvili, afirmou que Kavelashvili foi eleito com 224 votos. Salomé Zurabishvili, denunciou as eleições como ilegítimas, e a oposição boicotou o pleito ao não lançar um candidato.
Em outubro, o Sonho Georgiano reivindicou a vitória nas eleições legislativas, também consideradas fraudulentas pela oposição. No mês passado, o governo decidiu adiar as negociações de adesão à União Europeia até 2028. Kavelashvili, pró-Rússia, é contra a aproximação da UE, enquanto a presidente Zurabishvili é a favor do bloco e se posiciona contra o governo de Vladimir Putin.
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