Torcedores brigam nas ruas de Amsterdã depois de Ajax 5 x 0 Maccabi Tel Aviv
A goleada do Ajax por 5 a 0 sobre o Maccabi Tel Aviv não foi a única notícia vinculada ao jogo desta quinta-feira. Fora do estádio, houve enorme confusão nas ruas de Amsterdã entre torcedores dos dois clubes e referências ao conflito entre israelenses e palestinos no Oriente Médio. As brigas terminaram com 62 prisões e cinco pessoas hospitalizadas.
No estádio, a confusão começou antes do apito inicial. Foi realizado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes que assolaram Valência, na Espanha. Fãs do Ajax relataram que ouviram nesse momento cantos preconceituosos contra árabes por parte de alguns torcedores do Maccabi Tel Aviv.
Na última semana, a cidade de Valência foi atingida por fortes enchentes que mataram 219 pessoas e deixaram outras 89 desaparecidas. A Uefa homenageia as vítimas com um minuto de silêncio nas partidas das competições.
Torcedores do Maccabi Tel Aviv cantam durante minuto de silêncio
Depois do jogo, a tensão presente no estádio transformou-se em violência nas ruas. Torcedores do Maccabi Tel Aviv foram agredidos, despertando repúdio pela Europa e pelo mundo à iniciativa dos holandeses. Entidades judaicas demonstraram preocupação com o antissemitismo. A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, condenou as agressões aos israelenses.
- É contra tudo de que temos orgulho em Amsterdã. Estou muito envergonhada do comportamento que foi demonstrado ontem à noite. Isso não é nada parecido com Amsterdã - disse a prefeita.
De acordo com Peter Holla, chefe da polícia de Amsterdã, a confusão se iniciou nas ruas na quarta-feira, véspera do jogo. Foram 36 horas de terror na capital holandesa que acabaram com 62 pessoas presas e cinco feridas. Todos já receberam alta.
Nas redes sociais, o marroquino Hakim Ziyech, que defendeu o Ajax entre 2016 e 2020, publicou sobre a briga nas ruas da cidade e repostou um vídeo. O atleta, que também já esteve no Chelsea e atualmente joga no Galatasaray, pediu "liberdade para Palestina" e disse que "quando não são mulheres ou crianças, eles (israelenses) fogem".
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