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Por Redação do ge — Abidjã, Costa do Marfim


Costa do Marfim e Nigéria se enfrentam neste domingo, às 17h (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Ebimpé, em Abidjã, na Costa do Marfim, pela final da Copa Africana de Nações de 2024. Com histórias distintas, mas entrelaçadas, as duas seleções se reencontram nesta edição do torneio mais importante do futebol africano. Relembre agora como cada país chegou na decisão e acompanhe a final em tempo real com o ge mais tarde.

Ídolo Drogba vai à loucura com classificação de Costa do Marfim para final

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Aos trancos e barrancos: o caminho da Costa do Marfim

Jogando em casa com o apoio da torcida e recheada de expectativas, a Costa do Marfim teve um início decepcionante e conturbado na Copa Africana de Nações. Apesar da vitória por 2 a 0 na estreia diante de Guiné-Bissau, a seleção marfinense perdeu na 2ª rodada por 1 a 0 justamente para a Nigéria, adversária da final neste domingo, e começou uma crise interna.

Precisando vencer para garantir uma vaga nas oitavas de final, a Costa do Marfim foi goleada por 4 a 0 pela Guiné Equatorial. Logo após a dura derrota, a federação marfinense decidiu demitir o técnico Jean-Louis Gasset mesmo com a seleção ainda com chances de avançar entre os melhores 3º colocados.

Jean-Louis Gasset, ex-técnico da Costa do Marfim durante a fase de grupos da Copa Africana de Nações — Foto: Franck Fife / AFP

Sem técnico e torcendo por outros resultados, a anfitriã da Copa Africana de Nações avançou às oitavas. Mas logo de cara uma pedreira. O adversário do primeiro jogo do mata-mata foi Senegal, atual campeã e time do craque Sadio Mané.

Com mudança de formação e de jogadores, o treinador interino Emerse Faé conseguiu mudar os ânimos na Costa do Marfim. A seleção marfinense empatou no tempo normal e na prorrogação por 1 a 1, e bateu Senegal nos pênaltis.

Empolgada com a vitória sobre Senegal, a Costa do Marfim quase foi surpreendida por uma zebra nas quartas. Com um a mais desde a 1ª etapa, Mali vencia os donos da casa por 1 a 0 até os 45 minutos do 2º tempo, quando o ponta Simon Adingra deixou tudo igual nos minutos finais da partida.

Mais uma vez na prorrogação, a seleção marfinense conseguiu evitar a disputa de pênaltis com outro gol no fim. Nos acréscimos do 2º tempo, Diakité marcou e levou a anfitriã para a semifinal.

Na semi, a história foi diferente. Nada de prorrogação ou gols na emoção dos últimos minutos. Recuperado de um câncer diagnosticado em 2022, Sébastien Haller foi titular pela primeira vez na Copa Africana de Nações de 2024 e foi o herói da classificação à final com um belo gol.

Sébastien Haller, atacante da Costa do Marfim, comemora gol na semifinal da Copa Africana de Nações — Foto: Luc Gnago/Reuters

Esperanças no herói Osimhen: o caminho da Nigéria

Invicta na fase de grupos, a Nigéria avançou em segundo lugar por conta dos critérios de desempate. Foram duas vitórias, uma contra a Costa do Marfim, e um empate.

Melhor jogador africano em 2023 e cobiçado por grandes equipes europeias, Osimhen marcou o gol de estreia da Nigéria na Copa Africana de Nações de 2024. Justamente no empate em 2 a 2 com a Guiné Equatorial, que liderou o grupo A. Depois disso, o craque do Napoli ficou na seca das redes.

Osimhen nos braços da comissão técnica em comemoração na Copa Africana de Nações — Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters

A Nigéria não teve problemas para vencer Camarões por 2 a 0 nas oitavas de final. Também não sofreu para bater Angola por 1 a 0 e avançar à semifinal. Em ambos os jogos, todos os gols foram marcados pelo atacante da Atalanta Ademola Lookman.

A semifinal foi no maior estilo Costa do Marfim, cheio de emoção nos minutos finais. Após Osimhen sofrer um pênalti no meio do 2º tempo, o capitão William Troost-Ekong bateu e abriu o placar.

Já na reta final do jogo, aos 40 minutos do 2º tempo, Osimhen aproveitou contra-ataque e fez 2 a 0 para a Nigéria. O jogo e a vaga na final, então, pareciam resolvidos. Porém, depois de revisão do VAR, o gol foi anulado, e a África do Sul ganhou um pênalti para bater. O meia sul-africano Teboho Mokoena assumiu a responsabilidade e marcou para deixar tudo igual e levar o jogo para a prorrogação.

Com poucas chances na prorrogação, a decisão da vaga na final foi para a disputa de pênaltis. Nas penalidades, melhor para a Nigéria, que até perdeu um pênalti com Ola Aina, mas ainda assim venceu por 4 a 2 e garantiu o lugar na final da Copa Africana de Nações.

Mesmo sem marcar há cinco jogos — desde a estreia da Nigéria — Osimhen é a principal arma do país para tentar o tetracampeonato da Copa Africana de Nações.

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