O Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou, na madrugada desta quarta-feira, a prisão preventiva da torcedora argentina acusada de injúria racial no Maracanã. Durante o jogo entre Brasil e Argentina no estádio, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, testemunhas ouviram Maria Belen Mautecci dizer à vítima: "escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!”
Torcedora argentina é detida no Maracanã acusada de racismo
Uma das testemunhas foi um torcedor brasileiro que vestia camisa do Avaí. Ele deixou a partida e ficou durante horas no Jecrim para prestar depoimento contra a torcedora argentina. O torcedor relatou ter ouvido as palavras de cunho racista.
A argentina estava acompanhada de um homem e também recebeu atendimento de pessoas do consulado do país no Jecrim e na sala de depoimentos dentro do Maracanã. Por volta das 2h, a torcedora dormia numa sala reservada, afastada da funcionária que a acusou de injúria racial. Houve relatos de comportamento inadequado da argentina durante os depoimentos.
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- Trata-se de crime grave e recorrentemente praticado a despeito da profunda indignação por parte da sociedade e dos vários alertas emitidos por este Juizado através do sistema audiovisual deste estádio, inclusive em diversos idiomas. Indefiro o pedido de liberdade provisória, convertendo a prisão em flagrante em preventiva - diz a juíza Renata Guarino na decisão.
De acordo com o TJRJ, outros 17 torcedores foram encaminhados ao posto do órgão no Maracanã por tumulto, desacato, resistência, furto, entre outros crimes. Eles foram punidos com transações penais.
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