Os 50 melhores jogos da história do Brasileirão: veja a eleição do 50º ao 36º

Para esquentar o clima do campeonato nacional, o ge ouviu 86 especialistas, entre jornalistas de diversos veículos e ex-jogadores de várias regiões do país, para uma eleição que determinasse quais foram os 50 maiores jogos da história do Brasileirão, de 1959 até 2023.

Ao todo, 126 partidas foram escolhidas, espalhadas por 49 edições diferentes. Até a sexta-feira, véspera do início do Campeonato Brasileiro, o ge divulgará as 50 partidas mais votadas aos poucos. Nesta terça-feira, você vê os duelos da posição 50 até a 36.

Em 2000, o campeonato nacional recebeu o nome de Copa João Havelange e, em um dos confrontos de quartas de final, houve uma chuva de gols. No Palestra Itália - antiga casa do Palmeiras -, o Verdão recebeu o São Caetano e foi derrotado, por 4 a 3, com um show de Adhemar. O atacante marcou dois gols, um deles de falta, deu uma assistência e terminou o jogo expulso por reclamação. Do lado palmeirense, brilhou a estrela do paraguaio Arce, que anotou um gol de falta e outro de pênalti.

Um dos jogos com mais gols da história do Brasileirão foi disputado na Fonte Nova, em 2003. O Bahia estava prestes a ser rebaixado, e o Santos ainda tentava perseguir o Cruzeiro na ponta da tabela. O primeiro tempo terminou 3x3 e, na etapa final, brilhou a estrela dos meninos da Vila. Os visitantes foram para cima e, com um futebol de velocidade e improviso, conquistaram uma vitória histórica em Salvador.

Na Arena da Baixada, um dos jogos com mais viradas da história do Brasileirão. O Vasco foi para o intervalo vencendo o jogo por 2 a 1, de virada, na qual seria a sua primeira vitória no estádio do Furacão. Na volta do segundo tempo, a equipe paranaense virou para 3 a 2, mas os cariocas inverteram o placar para 4 a 3. Nos últimos 12 minutos, o Athletico fez três gols e deu números finais à partida de cinco reviravoltas no placar.

A primeira partida oficial do Flamengo após a conquista do Mundial de 1981 foi um jogo eletrizante, com duas equipes bases da seleção brasileira de Telê Santana. O São Paulo quis estragar a festa no Maracanã e abriu 2 a 0 até o intervalo, com dois de Serginho Chulapa, mas o Rubro-Negro virou para 3 a 2, com dois gols de Zico e um de Andrade.

Em 1977, a final do Brasileirão foi disputada em jogo único. Por ter a melhor campanha e disparado na frente, o Galo era o grande favorito para o título e decidiu em casa para um Mineirão com mais de 102 mil pessoas. No tempo normal, o jogo ficou no empate sem gols. Nos pênaltis, o Tricolor viu seu adversário bater três cobranças para fora e venceu por 3 a 2. O curioso desta edição é que o Atlético, mesmo com o vice-campeonato, terminou a competição invicto.

Sorato de cabeça, o gol do bi, em pleno Morumbi. Dono da melhor campanha, o Vasco optou por jogar a primeira partida da final de 89 na casa do São Paulo. Se ganhasse o jogo, não teria a volta no Maracanã. Sorato fez o serviço, marcou o gol no segundo tempo e deu o segundo título brasileiro da história dos cariocas.

A estreia do Grêmio na seleta lista de campeões do Brasileirão também entra na lista. Em maio de 1981, o Tricolor gaúcho foi ao Morumbi e, além da equipe da casa, enfrentou um estádio com mais de 95 mil pessoas nas arquibancadas. Em um jogo aberto, com chances para os dois lados, o Imortal levou a melhor com gol de Baltazar no segundo tempo. O resultado foi mais do que suficiente para levar a taça a Porto Alegre.

Desde o início da disputa do Campeonato Brasileiro, em 1959, até os dias de hoje há apenas um campeão do interior: o Guarani. Depois de vencer o Palmeiras no primeiro jogo no Morumbi, o time de Campinas confirmou a taça diante da torcida com gol da nova estrela Careca, na ocasião ainda com 17 anos.

Uma atuação histórica de Rogério Ceni. É assim que a partida entre Cruzeiro e São Paulo, pela 18ª rodada do Brasileirão de 2006, pode ser definida. No Mineirão, o ídolo tricolor defendeu um pênalti, marcou dois gols - um deles de bola rolando após cobrança de falta - e alcançou o posto de maior goleiro-artilheiro da história superando o paraguaio Chilavert. Na ocasião, Ceni chegou ao seu 64° gol de um total de 131 na carreira.

A equipe de Jorge Jesus, prestes a conquistar o Brasileirão, enfrentava o rival Vasco no Maracanã. Com 37 segundos de jogo, o Fla abriu o placar. Mas se enganou quem esperava uma goleada. O Vasco virou ainda no primeiro tempo, mas, antes do intervalo, sofreu um gol contra que igualou tudo. No segundo tempo, o Vasco novamente ficou à frente, com Marcos Junior, mas Bruno Henrique, duas vezes, virou o jogo para os rubro-negros. Quando tudo se encaminhava para uma vitória, Ribamar empatou para os vascaínos em um dos melhores jogos do Novo Maracanã.

Um clássico com "C" maiúsculo na Vila Belmiro. Não faltaram gols no San-São da 31ª rodada daquele ano. Depois de um empate em 2 a 2 no primeiro tempo, o Peixe abriu vantagem na etapa final, porém sofreu a virada em casa. O gol decisivo saiu dos pés de Rogério Ceni, em cobrança de falta da entrada da área. No fim, o Tricolor ainda segurou-se com dois a menos em campo após os vermelhos distribuídos a Miranda e Ceni.

Certamente, um dos maiores resultados da história da Lusa aconteceu no Brasileirão de 1998. Ainda pela fase de classificação, a equipe do Canindé visitou o São Paulo, no Pacaembu, e não tomou conhecimento do rival. No primeiro tempo, em apenas oito minutos, a Portuguesa marcou quatro vezes com Emerson, César, Leandro Amaral e Carlinhos. Na etapa final, ampliou com Evandro, Ricardo Lopes e Da Silva e impôs uma derrota esmagadora ao Tricolor do Morumbi.

Se o Inter não conquista a taça mais importante do país há 45 anos - o que incomoda a torcida colorada -, há uma marca que tem o mesmo período e que parece inexpugnável: o único campeão brasileiro invicto. Diante de mais de 50 mil pessoas, o Inter de Falcão, Batista, Mauro Galvão e Mário Sérgio superou o Vasco. A equipe de Ênio Andrade venceu o poderoso Palmeiras na semifinal e bateu o time de Leão e Roberto Dinamite nas duas partidas da decisão - dentro e fora do Maracanã. Fechou campanha irretocável com 15 vitórias e 7 empates em 22 jogos.

Em 1976, Inter e Galo protagonizaram uma grande semifinal em jogo único no Beira-Rio. O Atlético abriu o placar no primeiro tempo, mas viu o Colorado virar o confronto na etapa final com dois golaços. O empate saiu dos pés de Batista, em chute colocado de fora da área, e a virada veio da tabelinha entre Escurinho e Falcão, de cabeça. O gol que colocou o Inter na final do Brasileirão daquele ano também foi eleito o mais bonito dos 50 anos do Beira-Rio.

Uma das raras "decisões" da era dos pontos corridos ficou marcada por uma polêmica de arbitragem. Primeiro e segundo colocado, Corinthians e Internacional se enfrentaram em um Pacaembu lotado, pela 36ª rodada do Brasileirão de 2005. Com gol de Carlitos Tévez, o Corinthians saiu em vantagemno primeiro tempo. Os gaúchos empataram no início da etapa final, com Rafael Sobis. O lance que marcaria o jogo para sempre saiu aos 28 minutos: Tinga foi derrubado por Fábio Costa na área, mas o árbitro Márcio Rezende de Freitas não só não marcou o pênalti como expulsou o jogador colorado por simulação. O empate manteve os paulistas na liderança, e o Corinthians se sagrou campeão brasileiro depois.

Veja todos os participantes da votação: