No último domingo, o Aterro do Flamengo ganhou tons de verde água para celebrar cinco anos do projeto Eu Atleta. Com provas de 5 e 10km, a Corrida Eu Atleta Rio reuniu cinco mil corredores, entre estreantes, amigos, casais e atletas mais rodados em busca do melhor resultado possível. Mas como essa turma estava há cinco anos e o que mudou na vida deles por causa do esporte? No programa Bem Estar, o repórter Juliano Ceglia mostrou como funciona esse universo saudável da corrida.
Corrida Eu Atleta Rio tem festa de 5 anos; confira a matéria do Bem Estar
Do crossfit para a corrida
Um bom exemplo é o Thales Hora, 40 anos. Se agora ele é um atleta de crossfit que experimentou o gostinho de fazer uma corrida oficial pela primeira vez, o mesmo não podemos dizer do seu passado sedentário. Por isso, hoje ele colhe os frutos de sua força de vontade e superação.
- Em 2012, me tornei pai e estava com 96kg, 12 a mais do que eu tenho atualmente. Estava bem acima do peso e fora de forma. No início deste ano, minha médica exigiu que fizesse algo e comecei no crossfit. Nunca corri tão rápido na minha vida, fiz os 5km em 23 minutos - destacou.
Focada na saúde
Quem também deixou a vida sedentária para melhorar a saúde foi a Andrea Lopes, de 45 anos. Incentivada por uma amiga, ela começou a correr com mais regularidade e se motivou a fazer provas de rua. Isso a fez treinar ainda mais e ajudou a manter o foco nos bons hábitos.
- Era uma pessoa quase sedentária. Já gostava de correr, mas não levava a sério. Foi aí que uma amiga me levou para fazer uma prova oficial e gostei do clima das pessoas. O objetivo era me exercitar e melhorar a saúde, mas no ano que vem pretendo encarar uma meia maratona - contou.
No amor e na corrida
Na linha de chegada da prova de 5km, um casal surge lado a lado, de mãos dadas e comemora com um largo sorriso em meio aos outros atletas. Ricardo Condal e a esposa Amanda, que estão juntos há 20 anos e jamais se desgrudam nas corridas, conquistaram mais um objetivo.
- Sempre corri com ela, pois foi quem me trouxe para as provas. Sentir toda energia dos demais corredores ao longo do percurso é ter esse sentimento de pertencer a um movimento saudável. Sempre digo que ela me incentiva e eu a apoio também o tempo todo - contou o maridão.
Adeus, insônia
Com 52 anos, Jorge Wagner completou sua prova com tranquilidade e já debaixo de sol forte. Há um ano e meio correndo, por incentivo da esposa e amigos, ele garante que a saúde melhorou e que nada pode superar a vontade de superar limites e cruzar a linha de chegada de uma corrida.
- A expectativa do dia anterior a uma corrida como essa é algo muito legal e que buscava. Agora, está tudo melhor na vida. Perdi peso e não tenho mais insônia. A motivação aumenta a cada ano, por isso nem penso em parar. Ainda bem que a minha mulher corre e me dá apoio - afirmou.
Correr por prazer
A Nanda Azevedo, de 37 anos, já teve sua história contada aqui no Eu Atleta. Naquela luta com a balança, sem dúvida, é a corrida de rua que a faz buscar o seu melhor. Na sua quarta participação na Corrida Eu Atleta Rio, ela conta que a corrida trouxe novas amizades e virou "vício do bem".
- Fui picada pelo "bichinho da corrida", desde então. E o legal das provas de rua é que você vê todo tipo de pessoa correndo, cada um com seu objetivo, uma inclusão total. Corro por prazer, sem preocupação de fazer o melhor tempo. É um lugar onde encontro amigos e me divirto - disse.
Velocidade total
Já os amigos Jonatas, de 32 anos, e Alisson, de 21, são mais competitivos. Na chegada da prova de 10km, os dois correram lado a lado num pique só. O objetivo dessa dupla era diminuir o tempo na distância em pelo menos três minutos. O esforço valeu a pena e os dois comemoraram.
- Comecei a correr esse ano e ele no ano passado. Eu perdi 36kg e ele 20kg por causa dos treinos de corrida e também com musculação na academia. O nosso objetivo para os 10km foi atingido e nós vamos planejar o que fazer daqui para frente. Quem sabe a gente não faz a maratona? - encerrou.
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