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Por Valmir Storti — Rio de Janeiro


— Foto: Infoesporte

Fluminense, Portuguesa e Volta Redonda têm as melhores eficácias ofensivas das semifinais do Campeonato Carioca e contam com isso para tentar chegar à final e impedir o Flamengo de alcançar mais um tricampeonato consecutivo. A tarefa não será fácil porque se é verdade que o Rubro-Negro teve apenas a sétima eficiência ofensiva da Taça Guanabara, isso ficou longe de ser um problema, já que a equipe foi disparada a que mais finalizou: com um total de 230 conclusões, fez 53% mais finalizações do que o Volta Redonda, seu adversário nas semifinais.

— Foto: Espião Estatístico

Apesar de o ataque do Boavista ter conseguido a maior eficácia da Taça Guanabara, a equipe acabou eliminada porque a defesa não conseguiu cumprir seu papel: foi a segunda que mais sofreu finalizações.

Volta Redonda x Flamengo

O título da Taça Guanabara escapou do Volta Redonda na última rodada ao perder por 2 a 1 exatamente para o Flamengo, e a derrota ainda o colocou no caminho do atual bicampeão nas semifinais. Mesmo se o Flamengo atuar com poucos titulares devido à disputa da Libertadores, na semana que vem, ainda deve dar trabalho. Os gráficos abaixo mostram a exuberância do desempenho da equipe rubro-negra, mesmo sem ter os titulares nas primeiras rodadas.

O primeiro gráfico, feito em parceria com o economista Bruno Imaizumi, mostra a média de finalizações por partida e o percentual de finalizações certas. Quanto mais à direita, mais finalizações a equipe fez por jogo, e é evidente o volume do ataque flamenguista, totalmente descolado dos demais. Ali pelo meio aparece o desafiante Volta Redonda, que finaliza menos e com menor índice de acerto. A esperança do Voltaço é a eficácia de um gol a cada 8,3 tentativas para marcar.

Desempenho ofensivo na Taça Guanabara — Foto: Espião Estatístico

E para conseguir eliminar o Flamengo em dois jogos, o Volta Redonda vai precisar, além de muita precisão, melhorar seu desempenho defensivo. Além de o Flamengo sobrar no ataque, o gráfico abaixo exibe a força da defesa flamenguista. No quadro abaixo vale o oposto: defensivamente, brilha quem sofre menos finalizações e fica mais à esquerda do gráfico e quando sofre essas finalizações, é melhor que elas não cheguem ao gol, por isso, está melhor quem aparece mais para baixo. Isso porque indica que os adversários tiveram um percentual baixo de acerto. Na Taça Guanabara, finalizou-se muito pouco contra o Flamengo, e quem conseguiu, pouco acertou o gol.

O percentual de finalizações certas contra o Volta Redonda foi ainda menor (31,9% x 33,3 do Flamengo), mas, novamente, o Voltaço precisará reduzir o volume do ataque flamenguista para se manter competitivo nas semifinais. É um desafio gigante.

Eficiência defensiva na Taça Guanabara — Foto: Espião Estatístico

Portuguesa x Fluminense

O torcedor do Fluminense deve ter percebido que ninguém ficou mais no alto no gráfico de ataques do que o Tricolor, que teve o maior o percentual de finalizações que chegaram ao gol, as finalizações certas. Se o Fluminense acertou muito o gol e fez um gol a cada 7,4 finalizações, seu desafio será superar a organização defensiva da Portuguesa, que na Taça Guanabara sofreu um gol a cada 16,3 tentativas dos adversários. Nenhuma outra defesa foi tão resistente às pressões do que a da Portuguesa: a menos vazada da Taça Guanabara com oito gols sofridos em 11 jogos. Este confronto terá a melhor eficácia ofensiva, do Fluminense, contra a melhor eficácia defensiva, da Portuguesa.

— Foto: Espião Estatístico

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.

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