Redação Sportv comenta sobre lesões nos clubes da Série A
Foi um ano desafiador, de muitas competições. O Bragantino disputou 70 jogos oficiais na temporada com 44 lesões incapacitantes no ano, uma a cada 1,6 partida. No anterior, a equipe disputou 62 jogos, com 49 casos clínicos que tiraram um atleta de ao menos um compromisso oficial; uma lesão a cada 1,3 partida.
Para evitar que essa marca aumentasse, o Bragantino precisou poupar atletas em cinco oportunidades, quando divulgado, por estarem expostos à sobrecarga física.
Muito além da redução quantitativa de cinco lesões , o clube tem a celebrar a redução qualitativa de casos graves: em um ano tão difícil, em que só assegurou sua permanência na Série A na última rodada, diminuiu o número de lesões de joelho de 11 casos no ano passado para duas neste ano. Em 2022, foram seis casos, número que ajuda a mostrar como o ocorrido em 2023 foi totalmente fora da curva no clube, contornada neste ano.
Nove casos a menos de lesões de joelho ajudaram o clube a sofrer muito menos com desfalques. Em 2023, somados quantos jogos cada atleta deixou de atuar por lesão, o clube teve 410 desfalques, marca que neste ano foi reduzida a 210, praticamente a metade.
Em 2023, as 11 contusões de joelho causaram isoladamente 193 desfalques, quase o total de 210 desfalques por todas as lesões neste ano. Nos casos mais graves, Lucas Cunha e Raul não disputaram no ano passado, cada um, 41 jogos, somando apenas eles 82 desfalques.
Neste ano, Jadson Silva ficou indisponível por seis jogos devido a dores no joelho direito, e Juninho Capixaba desfalcou a equipe em 16 parti.as Juntos, totalizaram 22 ausências devido a problemas de joelho. E foi só, uma redução de 89%.
Matheus Fernades foi quem mais desfalcou a equipe na temporada devido a limitações físicas, em 29 jogos, devido a seis casos clínicos, sendo quatro deles divulgados como problemas nas coxas. Nas outras duas situações, só foi divulgado que o atleta sentia "dores musculares". Quando a equipe assegurou definitivamente a permanência na Série A, na goleada contra o Criciúma, ele estava fora.
Temporada difícil
O Bragantino acabou eliminado por um gol das seletivas da Libertadores pelo Botafogo, que se tornou o campeão: perdeu fora por 2 a 1 e empatou em casa em 1 a 1. Para chegar aí, no décimo jogo da temporada, em 20 de fevereiro, a equipe já começava a disputar uma vaga na Libertadores.
Em dez dias ao redor dessa data, o Bragantino já tinha quatro lesões de coxa, ainda em fevereiro. Em toda a temporda, foram 24, três a mais que no ano anterior. Foi exatamente esse o problema que mais afetou os atletas do clube, que causaram 117 ausências em partidas no ano. No ano anterior, foram 21 lesões de coxa e 92 ausências em jogos.
Além de não chegar à fase de grupos da Libertadores, a equipe caiu nas semifinais do Paulistão para o vice-campeão Santos, foi eliminada nas oitavas da Copa do Brasil e da da Sul-Americana e sofreu tanto no Brasileirão a ponto de perder o técnico Pedro Caixinha após 125 jogos no comando da equipe.
Com tantas pressões em campo, outra boa notícia no ano foi a ausência de casos que exigiram intervenção cirúrgica.
*Colaborou Danilo Sardinha
Critérios e Metodologia
As informações levantadas para esta pesquisa foram apuradas pela equipe do Espião Estatístico junto aos setoristas do ge no dia a dia.
O recorte temporal deste levantamento foi de 01 de janeiro de 2024 até a data da publicação desta matéria: 20 de dezembro. Todas as baixas médicas sofridas pelos jogadores fora desse universo temporal não entraram na pesquisa.
O critério para inclusão de um atleta no levantamento foi o veto pelo departamento médico de pelo menos uma partida oficial por motivo clínico. Todos os problemas médicos que impediram a escalação do jogador na equipe para a partida seguinte foram computados no levantamento. Jogadores poupados e com desgaste físico não entraram na conta assim como problemas fisiológicos.
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