Se não bastasse a baixa presença de público nos estádios e até jogo sem nenhum ingresso vendido, agora o Campeonato Capixaba Série B 2024 teve uma batalha campal. Jogadores e membros das comissões técnica de CTE/Colatina e Pinheiros-ES protagonizaram uma briga generalizada após a partida de sábado, válida pela sétima rodada do Grupo Centro-Norte.
Briga generalizada em jogo da Série B do Campeonato Capixaba
Durante os 90 minutos, o Pinheiros conquistou vitória por 4 a 2, que viria a resultar na classificação antecipada para as semifinais da divisão de acesso. Do lado do CTE, a derrota significou o fim do sonho de retornar à Série A do Capixaba.
Após o apito final, ainda no gramado, jogadores de ambos os times se cumprimentavam de forma amistosa. No entanto, alguns atletas tiveram uma discussão que desencadeou em briga generalizada.
Em um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra o início da briga e o Alexandre, camisa dez do Verdão do Norte, cercado e agredido por jogadores do CTE. Na sequência das imagens, dá pra ver o jogador Dodô, camisa dezessete do CTE, dando um chute no rosto do técnico do Pinheiros, André Beijoca. As cenas também mostram a invasão de campo de torcedoras e familiares de jogadores. Uma delas chega a tropeçar e cair no gramado.
Na súmula oficial da partida, publicada na tarde desta segunda-feira, no site da Federação de Futebol, o árbitro Francisco Cássio Rodrigues Martins relatou cinco expulsões: três para profissionais do CTE/Colatina e duas para referentes do Pinheiros-ES.
Segundo a súmula, os punidos do lado mandante foram:
- Sérgio Vinícius (treinador de goleiros): "agrediu com socos e pontapés, o atleta número dez do Pinheiros, Alexandre Horta da Silva Araújo, que não revidou as agressões";
- Dodô (camisa dezessete): "foi surpreendido com socos e pontapés vindos do atleta número sete, Sandro Silva dos Santos, do Pinheiros, que revidou as agressões sofridas também com socos e pontapés";
- Gabriel (camisa cinco): "partiu em direção aos jogadores do Pinheiros, e agrediu com socos e pontapés o atleta de número oito, Lucas Santos de Carvalho, da equipe Pinheiros, que revidou as agressões".
Da mesma forma, a súmula também relata as seguintes punições para o lado visitante:
- Sandro (camisa sete): "foi identificado pela equipe de arbitragem que o Sandro Silva dos Santos, agrediu com socos e pontapés o atleta de número 17, Douglas Kelve Linhares da Rocha, da equipe CTE/Colatina, que revidou as agressões sofridas também com socos e pontapés";
- Lucas (camisa oito): "o atleta foi surpreendido com socos e pontapés efetuados pelo atleta de número 05, Gabriel Santos Souza, da equipe CTE/Colatina, e revidou as agressões também com socos e pontapés em seu adversário".
Clubes se pronunciam
A reportagem do ge.globo questionou ambos os clubes, que se comunicaram após a briga generalizada. Mandante da partida, o CTE/Colatina respondeu questionamentos, por meio do presidente Edmílson Ratinho, que reafirmou a presença policial, como obriga o regulamento, além de culpar atletas do Pinheiros-ES pelo início da confusão.
- O clube lamenta o ocorrido após o apito final da partida do último sábado, diante do Pinheiros e reitera que havia policiamento no local como exige o regulamento. O clube não tem segurança particular que pudesse evitar tal confronto, que começou após os atletas adversários, ofenderem os nossos atletas com palavrões e outras insinuações que nem valem a pena repetir, tamanha indignação que causou nos nossos atletas e comissão técnica - disse Edmílson Ratinho ao ge.globo.
Visitante da partida, o Pinheiros-ES também se pronunciou. Desta vez, o relato veio diretamente do técnico da equipe, André Beijoca, que citou agressões coletivas ao atleta Alexandre, de 16 anos, que esteve caído no gramado durante os golpes sofridos. O treinador também culpou a organização adversária, que teria iniciado a confusão e permitido a abertura dos portões aos torcedores.
- Tudo começou por parte do CTE. Um membro da comissão deles começou a agredir nossos atletas e tive que correr para tentar segurar a situação. Os portões da torcida foram abertos, então nós ficamos totalmente acuados num canto, assim que acabou o jogo. E a partir do momento que vejo alguns atletas meus sendo chutados e agredidos de forma covarde, como um menino de 16 anos da base (Alexandre), que está jogando com a gente, agredido por cinco jogadores do CTE, a gente perde até um pouco do controle - disse André Beijoca ao ge.globo.
De posse das imagens e da súmula da partida, a Procuradoria do TJD-ES deve denunciar os dois clubes e os respectivos envolvidos no conflito.
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