Modalidade com apenas 30 anos de Jogos Olímpicos, a canoagem slalom vai ganhar mais dois eventos em Paris 2024, com a inclusão das provas de caiaque extremo. O esporte será disputado nas águas do estádio náutico de Vaires-Sur-Marne, nos arredores de Paris. O Brasil será representado mais uma vez por Ana Sátila, no feminino, e Pepê Gonçalves, no masculino, em busca da inédita medalha olímpica na canoagem slalom.
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Na corredeira francesa, serão disputadas as provas canoa (C1) e caiaque (K1), que se diferem em relação ao número de pás que tem o remo e também à posição do atleta. Enquanto a canoa tem apenas uma pá, o caiaque tem duas. Na canoa, o competidor é preso ao barco com as pernas dobradas na altura dos joelhos, embaixo do corpo, enquanto que no caiaque ele se encaixa em um assento.
- Como funciona a classificação da canoagem slalom para Paris 2024
Semelhante aos Jogos Tóquio 2020, serão ao todo 82 atletas na canoagem slalom em Paris, sendo 41 mulheres e 41 homens, distribuídos em seis eventos (três de cada gênero):
Feminino
Caiaque (WK1): 21 atletas
Canoa (WC1): 17 atletas
Extremo (WX1): 3 atletas
Masculino
Caiaque (MK1): 21 atletas
Canoa (MC1): 17 atletas
Extremo (MX1): 3 atletas
Um país poderá ter, como máximo, seis atletas classificados para a canoagem slalom em Paris, três mulheres e três homens, um para cada evento. As vagas começam a ser distribuídas no Campeonato Mundial de 2023, em setembro, na Inglaterra. E, depois, nas competições continentais. No extremo, apenas três vagas serão abertas no Mundial específico da modalidade em 2024, as outras vagas na competição olímpica serão distribuídas as países dos atletas já classificados no caiaque e na canoa.
Caiaque
Competição mundial de classificação: 15 vagas
Campeonatos continentais: 5 vagas
País sede: 1 vaga
Canoa
Competição mundial de classificação: 12 vagas
Campeonatos continentais: 5 vagas
Canoagem extremo
Competição mundial de classificação: 3 vagas
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Os atletas mais bem colocados em cada prova do Mundial conquistam as vagas para seus países (no caso, para os respectivos Comitês Olímpicos Nacionais), que em um segundo momento confirmarão o uso destas vagas e os atletas que vão ocupá-las. As competições continentais (no caso do Brasil, o Pan-Americano da modalidade) também vão disponibilizar uma vaga em cada gênero.
Na canoagem slalom, de acordo com os resultados, as vagas serão distribuídas primeiro para os eventos de canoa, ou seja, um atleta já classificado para este evento não poderá ser levado em consideração para uma vaga no evento do caiaque, que a vaga disponibilizada ao Comitê Olímpico Nacional do melhor atleta ranqueado na sequência.
Em relação à canoagem extremo, que estreia em Paris, a Federação Internacional de Canoagem organizará em 2024 um Campeonato Mundial classificatório para os Jogos de Paris. Apenas atletas não classificados nos outros eventos da canoagem slalom (canoa e caiaque) estão habilitados em participar deste pré-olímpico. Os Comitês Olímpicos Nacionais podem inscrever até três nomes neste classificatório, sendo que os três melhores países na competição asseguram uma vaga nos Jogos.
- Veja os brasileiros no canoagem slalom em Paris 2024
Ana Sátila: C1, K1 e Extremo
Pepê Gonçalves: K1 e Extremo
- Veja data e programação da canoagem slalom em Paris 2024
A canoagem slalom em Paris 2024 será disputada de 27 de julho a 5 de agosto.
- Entenda o formato da canoagem slalom em Paris 2024
No caiaque e na canoa, as disputas acontecem em duas descidas nas semifinais e duas finais, com os classificados e medalhistas definidos pelos melhores tempos. No extremo, os canoístas largam juntos e disputam uma corrida, passando por obstáculos colocados na corredeira e ganha quem chegar na frente, descontadas punições no tempo.
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