Quem é José Boto, português que vai comandar o futebol do Flamengo
Anunciado nesta semana como o novo diretor de futebol do Flamengo, o português José Boto chega com a promessa de transformar a forma como o clube investe em jogadores e administra seu departamento de futebol.
Após se despedir do NK Osijek, da Croácia, Boto enviou uma mensagem à torcida rubro-negra:
Aos 58 anos, Boto iniciou sua trajetória no futebol como analista de desempenho. Em 2007, tornou-se scout do Benfica, onde foi promovido a chefe do departamento de análise de desempenho, cargo que ocupou até 2018. Depois, no Shakhtar Donetsk, trabalhou ao lado do técnico Luís Castro.
Sua passagem pelo Benfica foi marcada pela descoberta de talentos desconhecidos que, sob sua gestão, ganharam projeção e foram vendidos por valores muito superiores aos de compra. Entre as contratações de destaque estão nomes como Ederson, Ramires, David Luiz, Di María, Matic, Lindelöf e Witsel.
Agora, no Flamengo, Boto assumirá a liderança de todo o departamento de contratações, incluindo a seleção de treinadores. O presidente do clube, Bap revelou que a permanência de Filipe Luís como técnico passou pelo aval de Boto.
Clareza nos objetivos
Uma das marcas do trabalho de Boto é a defesa de um projeto esportivo claro e alinhado a objetivos bem definidos. Ele acredita que o sucesso de um clube não pode se basear apenas em vitórias imediatas, mas na construção de uma identidade sólida.
Importância do apoio psicológico
O português acredita que o suporte psicológico de jogadores é essencial para o desempenho dos jogadores, especialmente os mais jovens. Ele defende a criação de equipes multidisciplinares, com psicólogos, nutricionistas e especialistas em comunicação, para garantir a adaptação e o bem-estar dos atletas.
Fã do talento brasileiro
Como muitos europeus, Boto é admirador do talento brasileiro. No entanto, ele aponta a necessidade de os jogadores combinarem habilidade técnica com intensidade, especialmente ao atuarem na Europa.
Autonomia no departamento de futebol
Outro ponto central da filosofia de Boto é a autonomia do departamento de futebol em relação às questões políticas do clube. Durante sua passagem pelo Shakhtar Donetsk, ele ficou conhecido por tomar decisões arrojadas, como a indicação de treinadores pouco conhecidos na época, como Roberto De Zerbi e Luís Castro, hoje reconhecidos no mercado.
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