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Por Rafael Teles e Tiago Lemos — Salvador


Como Alerrandro, do Vitória, se tornou artilheiro do Campeonato Brasileiro

Como Alerrandro, do Vitória, se tornou artilheiro do Campeonato Brasileiro

Um dia após o fim do Campeonato Brasileiro, o Vitória abriu o planejamento para 2025 com uma entrevista coletiva na Toca do Leão. O presidente Fábio Mota confirmou a renovação de contrato com Thiago Carpini e quatro atletas, além de falar sobre a montagem do elenco para a próxima temporada, com planejamento para 12 contratações e esforço para manter outras peças do elenco, principalmente Alerrandro.

Alerrandro comemora seu 15º gol no Campeonato Brasileiro — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O camisa nove terminou a temporada em alta, com 21 gols marcados e sete assistências. Quinze dessas bolas nas redes saíram no Brasileirão, onde ele foi artilheiro ao lado de Yuri Alberto, do Corinthians.

Alerrandro defendeu o Vitória em vínculo de empréstimo que chega ao fim neste mês. Para manter o atacante na Toca do Leão, o Rubro-Negro vai precisar chegar a um acordo com o Bragantino.

- Falta o Alerrandro, a gente tem uma boa relação com o Bragantino. As conversas estão acontecendo todos os dias, temos esperança de manter o Alerrandro e estamos focados nisso. Como estamos focados em buscar outros nomes no nosso planejamento também - explicou Fábio Mota.

De acordo com Fábio Mota, a prioridade no futebol brasileiro é do Vitória, mas se o centroavante receber proposta de outro país fica mais difícil.

- Com certeza, mas não depende só do Vitória. Bragantino tem coisas maiores. Carreira de jogador é curta. Eles analisam muito isso. Mesmo a gente tendo uma grande relação com o Bragantino, a gente tem que esperar o que vem. Bragantino me disse que a prioridade é nossa se ficar no Brasil, mas se chegar proposta de fora não vou iludir torcida. Estamos trabalhando. Temos plano B, plano C e por aí vai - explicou o dirigente rubro-negro.

Alerrandro recebe prêmios de gol mais bonito e artilheiro da Série A — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

12 reforços

Fábio Mota também falou sobre as movimentações do Vitória por chegada de jogadores. O planejamento é contratar 12 reforços para as disputas dos campeonatos Baiano e Brasileiro e das copas do Nordeste, do Brasil e Sul-Americana. O anúncio dos atletas, entretanto, depende da aprovação do orçamento em reunião marcada para a próxima segunda-feira.

- Temos um número. Vamos buscar 12 contratações. Já temos alguns apalavrados, aguardando dia 16 para bater o martelo do orçamento e fazer os anúncios. São 12 contratações de várias posições. E temos mais de 90% do time atual com contrato renovado. Agradecer ao Thiago [Carpini, técnico] e todos os staffs - reforçou Fábio Mota.

Presidente do Vitória, Fábio Mota — Foto: Gabrielle Gomes

Em relação ao perfil de contratações, o diretor de futebol Manoel Tanajura Neto ressaltou que a prioridade é trazer jogadores que garantam competitividade e tenham qualidade técnica, características mencionadas pelo técnico Thiago Carpini ao longo do 2024.

- Cada caso é um caso diferente. Por ter o 15º orçamento da Série A, temos como pré-requisito básico a competitividade. Dentro disso, entre os componentes físicos. Claro que a parte técnica também é fundamental para o jogo de Carpini. Temos um grupo bem equilibrado. Não existe receita única, mas precisamos de atletas competitivos e com suporte técnico para a equipe.

"Fábio falou que são 12 contratações. A ideia é ter todas as posições, do goleiro ao centroavante", garantiu Tanajura.

Fábio Mota e Manequinha durante entrevista coletiva no Vitória — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Outros países sul-americanos também estão sendo avaliados neste momento quando o assunto é mercado. Por enquanto, o único atleta estrangeiro do Vitória é o lateral-direito Cáceres, que está de contrato renovado até o fim de 2025, assim como os volantes Ricardo Ryller e Willian Oliveira e o atacante Carlos Eduardo.

- Vamos sim. Existem analistas que olham exatamente o mercado sul-americano. É uma alternativa para o mercado brasileiro, que está muito inflacionado. Mas também não é fácil, existem questões culturais e de adaptação, principalmente no Nordeste. Mas é, sim, um mercado que olhamos com carinho.

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