Vitória x Fortaleza - Melhores Momentos
O Vitória confirmou, no último domingo, o que parecia impossível após um primeiro turno abaixo da crítica, com 15 pontos somados, penúltima posição e 66% de risco de rebaixamento. Com o triunfo sobre o Fortaleza, o Rubro-Negro garantiu a permanência na Primeira Divisão com duas rodadas de antecedência e agora mira o que seria uma surpreendente vaga na Copa Sul-Americana.
Para ajudar o torcedor a entender como o Vitória mudou sua história no Campeonato Brasileiro, o ge resumiu a arrancada rubro-negra em cinco tópicos:
- Controle do vestiário;
- Chegada de reforços;
- Campanha contra rivais diretos;
- Artilheiro em melhor fase da carreira;
- Repertório tático.
1. Controle do vestiário
Presidente do Vitória anuncia que Dudu e Rodrigo Andrade não jogam mais pelo clube em 2024
Antes de se reorganizar dentro de campo, o Vitória reorganizou o vestiário. Thiago Carpini teve papel fundamental no processo, que passou por afastamento e saída de jogadores envolvido em problemas extracampo ou que não se encaixavam no perfil desejado para a Série A. Os casos de Dudu, Rodrigo Andrade e Matheus Gonçalves foram os mais emblemáticos, mas outros nomes seguiram o mesmo caminho: Iury Castilho, Léo Gamalho, Daniel Jr, Reynaldo, Eryc Castilho e Felipe Vieira.
- Aqui, o mais importante é a instituição. Isso, ninguém está acima. Em algumas situações que vejo o compromisso dos atletas em entenderem o que está sendo passado, dispostos a ajudar e entregar tudo. Prefiro ficar com quem me entregue tudo - disse o treinador em junho.
2. Chegada de reforços
A reformulação no elenco com a temporada em andamento fez a segunda janela de transferências ter mais saídas que chegadas, mas os reforços que desembarcaram na Toca do Leão foram fundamentais para a arrancada do Vitória. Todos os seis jogadores contratados fizeram parte da rotação de Thiago Carpini, com direito a sequência no time titular. Foram eles: Neris, Gustavo Mosquito, Carlos Eduardo, Machado, Ricardo Ryller e Edu.
3. Campanha contra rivais diretos
Uma das grandes qualidades do Vitória no returno foi não vacilar em jogos contra adversários diretos na luta contra o rebaixamento. Na parte decisiva da temporada, o Leão venceu Cuiabá, Atlético-GO, Juventude, Bragantino, Fluminense, Athletico e Criciúma e chegou a 87% de aproveitamento contra estes rivais. A equipe só perdeu para o Corinthians, que à época lutava contra o Z-4.
Vitória venceu quase todos os adversários diretos no 2° turno
4. Artilheiro em melhor fase da carreira
Em melhor fase da carreira, Alerrandro foi decisivo para o Vitória. Dos 13 gols marcados por ele no Campeonato Brasileiro, 10 foram no segundo turno e renderam pontos ao time na segunda metade da competição. O atacante também contribuiu com quatro assistências ao longo da competição, sendo duas no momento de definição da Série A.
5. Repertório tático
O Vitória encontrou um padrão de jogo, e a partir dele Thiago Carpini explorou diferentes atletas e formações no Vitória. O treinador mostrou repertório tático e leitura das partidas ao fazer trocas que mudaram roteiros quando o time não parecia bem.
O Vitória teve três zagueiros para reagir contra o Atlético-MG, vencer o Athletico e segurar o ataque do Botafogo. Em outras partidas, a aposta foi na velocidade dos pontas em um 4-2-3-1. Houve também momentos em que o meio de campo esteve mais protegido com três volantes e Matheusinho se juntou ao ataque.
A arrancada do Vitória já foi suficiente para livrar o time do rebaixamento. Mas dá para fazer ainda mais. Nas próximas duas rodadas, contra Grêmio e Flamengo, o Rubro-Negro vai tentar manter o ritmo para terminar o Campeonato Brasileiro entre os clubes classificados para a Sul-Americana da próxima temporada.
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