O Atlético-AC não vai afastar os dois jogadores - com nomes mantidos em sigilo - que foram alvos da operação "Gol Contra", deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), nessa terça-feira (26), e que apura a existência de suposto esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol.
Os atletas tiveram celulares apreendidos no CT Adauto Frota, o Frotão, em Rio Branco (AC). Outros quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Ceará-Mirim (RN).
O ge conversou por telefone com o advogado Francisco Valadares Neto, assessor jurídico do Galo Carijó, na manhã desta quarta-feira (27), após uma reunião da diretoria do clube por videoconferência.
Valadares Neto disse os dois jogadores seguirão à disposição para sequência do Campeonato Acreano e que um possível afastamento de ambos só ocorrerá em caso de comprovação de participação em fraude de resultados.
– O Atlético não foi notificado por ninguém de que haja uma denúncia, de que haja uma condenação, enfim, o Atlético não foi notificado disso (...) A questão do Atlético é simples: o Atlético, se for notificado oficialmente de qualquer órgão do Poder Judiciário, do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a respeito disso e houver a comprovação de que esses atletas realmente manipularam resultados, o Atlético não vai ter outra alternativa, você pode ter certeza, do que afastar esses jogadores, mas isso não foi comunicado a nós ainda – disse.
O advogado destacou ainda que, se houve indícios de conduta criminosa dos jogadores investigados ou de qualquer um integrante do clube, o Atlético-AC será o primeiro a acionar os órgãos competentes. Ele reforça que o clube não compactua com condutas ilícitas.
– Se porventura, e pode ter certeza, se esses jogadores ou outros quaisquer que façam parte do elenco do Atlético, se houver ao menos indícios dessa prática criminosa, prática criminosa, volto a dizer, o Atlético vai ser o primeiro a acionar a polícia, a acionar o Ministério Público, a acionar o STJD daqui (TJD-AC) para que adote as providências e, obviamente, afastar qualquer pessoa de diretoria, de comissão técnica, jogadores, quem quer que seja. O Atlético não compactua com esse tipo de conduta criminosa – enfatiza.
O material apreendido na operação será analisado pelo MPRN, que ainda investiga o possível envolvimento de outras pessoas no suposto esquema de manipulação de resultados.
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