Comprimidos de ecstasy e arma foram encontrados com suspeito (Foto: Divulgação/Denarc)A família do professor do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e técnico judiciário do Tribunal de Justiça, preso suspeito de ser um dos maiores traficantes de ecstasy de Palmas, disse que ele tem problemas psiquiátricos. Em nota enviada ao G1 neste sábado (2), os parentes informaram que ele está em depressão profunda e encontra-se em tratamento.
A prisão de José Mendes Gama Júnior, de 30 anos, foi efetuada na noite desta quinta-feira (28) por agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc). Ele foi capturado no momento em que entregava drogas em um posto de gasolina da capital.
Na nota, a família disse que José "encontra-se em tratamento psiquiátrico desde o início desse ano, devido a um quadro de depressão profunda, e que no contexto desse quadro clínico frágil tornou-se usuário de drogas ilícitas, debilitando ainda mais a sua saúde e ficando sujeito a todo tipo de aliciamento por parte de criminosos".
Os parentes acreditam que ele foi envolvido nesta situação para tirar a atenção de verdadeiros esquemas de tráfico de drogas. Afirmaram que o suspeito é de família humilde, sempre estudou em escola pública, que se formou em universidade pública e que está concluindo o doutorado.
"Não fosse por esse quadro de perturbação mental e desequilíbrio emocional ele não teria desenvolvido a dependência química", argumentaram.
Entenda
A polícia informou que José Mendes Gama Júnior estava sendo monitorado há pelo menos quatro meses, após denúncias de que era traficante.
Ele foi encontrado com dezenas de comprimidos de ecstasy dentro da meia, além de uma arma de fogo. Também foi localizada droga no veículo e na casa do suspeito. Mais de 300 unidades da substância foram apreendidas.
José foi autuado em flagrante e vai responder por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Após a prisão ele foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP).
O Tribunal de Justiça disse que ele foi afastado das funções e um processo administrativo disciplinar será aberto. O IFTO confirmou que o homem é professor do câmpus de Paraíso do Tocantins, mas afirmou que só vai se manifestar quando tiver acesso às informações sobre o caso.
