Os servidores das redes estadual, municipal e federal de educação, e estudantes, fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (29), em Palmas. O protesto teve início na avenida Juscelino Kubistchek (JK), por volta das 9h e seguiu para a sede do governo do estado no Palácio Araguaia, onde fizeram um 'apitaço' e discursaram.
Estavam presentes representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-TO), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) e estudantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). O trânsito ficou congestionado em várias partes da avenida.
Kubistchek, em Palmas (Foto: Eurílio Silva/G1)
De acordo com a organização, 1,5 mil pessoas participaram da manifestação. Já a Polícia Militar calculou cerca de mil pessoas.
Os servidores se posicionaram contra o projeto que regulamenta a terceirização (PL 4330). Os sindicatos também protestam contra o ajuste fiscal do governo federal. Além disso, os servidores estaduais reivindicam o pagamento integral da data-base que, segundo eles, foi parcelado pelo governador Marcelo Miranda (PMDB).
Segundo José Roque Santiago, presidente estadual da CUT, foram discutidas três pautas distintas. "No âmbito federal protestamos contra terceirização, versada pela PL 4330 e contra as medidas provisórias 664 e 665, que retira o direito conjunto dos trabalhadores e dificulta o acesso à previdência social", argumenta.
O presidente disse que os trabalhadores cobram do Estado o pagamento integral da data-base que "o governo quer parcelar e pagar apenas 1% do valor. Isso é um desrespeito, uma proposta vexatória."
(Foto: Eurílio Silva/G1)
"No âmbito municipal, estamos lutando para que seja extinta a meritocracia nos serviços prestados, contra concessão da terceirização de diversos setores da educação. Não somos contra os contratos, somos contra a precarização do trabalho. O prefeito precisa abrir urgente concurso público para ingresso de docentes e administrativos", finalizou Santiago.
Para Carlos de Lima Furtado, secretário geral do Sintet, a terceirização aprovada na Câmara Federal afeta todos os trabalhadores da educação. "As medidas nacionais que foram tomadas, precariza a carga horária de todos os servidores. Em consequência disso, nosso trabalho sofre prejuízos", pontua.
Na frente do Palácio Araguaia, no centro da capital, os manifestantes também cantaram o hino nacional. Como eles não conseguiram entrar no prédio para uma reunião com o governador, por volta das 11h30 um som foi montado em frente ao Palácio, enquanto algumas pessoas se dispersavam.
A assessoria de comunicação do governo alegou que governador Marcelo Miranda está em viagem na cidade de Curitiba (PR), mas disse que o governo continua aberto ao diálogo com os trabalhadores. Já o governo federal ainda não se manifestou sobre o protesto.