nesta terça-feira (9), em Cupertino, nos
Estados Unidos (Foto: Justin Sullivan/Getty
Images/AFP)
O recurso de pagamentos móveis dos próximos iPhone, o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus, da Apple, pode ajudar a impulsionar as vendas dos celulares com telas maiores e devolver participação de mercado perdida pela empresa para aparelhos que usam a plataforma Android, do Google.
Ao menos seis corretoras elevaram seu preço-alvo para a ação da Apple em até US$ 16 para uma máxima de US$ 116 nesta quarta-feira (10), um dia após o lançamento do iPhone 6 e do Apple Watch - primeiro novo produto desenvolvido sob o comando do presidente executivo Tim Cook.
O analista Gene Munster, da Piper Jaffray, disse que a "estrela do show" foi o Apple Pay - novo sistema de pagamento sem fio da empresa.
Ele permitirá que usuários do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus paguem um hambúrguer no McDonald's e alimentos na Whole Foods Market pressionando um botão, por meio de cartões bancários American Express, Visa ou Mastercard.
A Samsung Electronics, a Motorola Mobility e outras empresas incluem tecnologias sem fio similares em muitos telefones com o sistema operacional Android. Mas a tecnologia não é padrão em aparelhos móveis, uma vez que sistemas de pagamento como o Wallet, do Google, não tiveram grande aderência de consumidores.
Cook, que sucedeu Steve Jobs como presidente-executivo em 2011, está sob pressão para lançar novos serviços e apresentar celulares com telas maiores para combater o popular Galaxy Note da Samsung, mistura de tablet e smartphone.
A fatia de mercado global dos iPhones, que contribuem para mais da metade da receita da Apple, recuou para 11,7% no trimestre encerrado em junho ante 13% um ano antes, segundo a consultoria IDC.
"O Apple Pay é um recurso que deve ajudar a vender os produtos da Apple e dar alguma pequena ajuda ao lucro da empresa", disseram analistas da BMO Capital Markets.