05/11/2013 21h34 - Atualizado em 05/11/2013 21h34

Brasil pediu à Apple dados de 5 mil aparelhos vendidos pela empresa

Número de pedidos de órgãos de governo brasileiros foi o 2º do mundo.
Segundo companhia, solicitação foca dispositivos roubados ou perdidos.

Do G1, em São Paulo

Órgãos de governo brasileiros solicitaram à Apple informações sobre de 5.057 aparelhos fabricados pela empresa, entre iPhones, iPads e iPods, de acordo com o relatório de transparência da companhia divulgado nesta terça-feira (5).

O país é o segundo no mundo em número de pedidos como este, atrás apenas dos Estados Unidos, responsável por 8.605. Os casos são referentes ao período de janeiro a junho de 2013 e compreendem apenas os pedidos feitos via judicial.

Dentre os 5.057, Os dados de apenas 2 dispositivos, porém, foram fornecidos às autoridades. No caso dos norte-americanos, a situação é muito diferente. Informações de 3.110 aparelhos foram cedidas.

“Diferentemente de muitas outras companhias que lidam com pedidos por dados de consumidores de agências de governo, o negócio principal da Apple não é sobre coletar informações. Como resultado, a vasta maioria de solicitações que nós recebemos via judicial procuram informações sobre aparelhos perdidos ou roubados”, informou a Apple no documento.

“Apenas quando nós estamos satisfeitos de que o pedido da corte é válido e apropriadamente feito nós enviamos o conjunto de informações mais limitado possível que responda ao pedido”, completa a companhia.

No caso dos Estados Unidos, porém, não é permitida a divulgação dos dados pedidos em nome da segurança nacional, expedidas pela Corte de Inteligência de Monitoramento Estrangeiro.
“Apenas uma pequena fração de pedidos que a Apple recebe procura informação relacionada ao iTunes, iCloud ou a contas do Game Center”, escreveu a Apple.

Dados de contas
Além de informações sobre aparelhos, as autoridades brasileiras pediram ainda informações sobre oito contas nos serviços da Apple, que podem ser dados sobre Apple IDs, telefones, e-mails, números de cartão de crédito ou identidades pessoais.

“Nosso negócio não depende da coleta de dados pessoais. Nós não temos interesse em acumular informações pessoais de nossos clientes. Nós protegemos as conversas pessoais provendo encriptação pelo iMessage e FaceTime. Nós não armazenamos dados locais, pesquisas no Maps ou pedidos à Siri de qualquer forma identificável”, escreveu a Apple.

Outras companhias também divulgam relatórios de transparência. Apenas no primeiro semestre, órgãos de governo brasileiros pediram à Microsoft informações de 2.019 usuários, ao Facebook, de 857 usuários, ao Yahoo, de 385 contas.

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