'Tinder dos restaurantes' promove união de brasileiros e lugares para comer
O Tinder aqueceu o coração de muito solitário mundo afora e uniu pessoas com fome àquelas com vontade de comer. Já o aplicativo brasileiro conhecido como “Tinder de restaurantes”, que sugere lugares próximos para forrar o estômago, tem o propósito não menos nobre de fazer o usuário dar “match” com a lasanha, o bife ou a salada mais perto dele.
Guilherme Linares, cofundador do "Bwid", contou ao Star.up as novidades que vem por aí sobre o aplicativo –além de explicar o peculiar nome da empresa. Vamos ao nome primeiro: “Olha, a gente chegou a esse nome por falta de nome”, diz Linares. “Eu vejo nomes ótimos em aplicativos que não são tão relevantes. Acho que a aplicação tem de valer pelo nome.” “Bwyd” é restaurante em gaulês, a língua do Asterix. Para facilitar a coisa, os rapazes da empresa trocaram o “y” pelo “i” –numerologia?. Pronuncia-se “beuidi”, mas não tem gente que fala “beuadi” e “bidi”, brinca o executivo.
Swipe
Passadas as devidas apresentações, vamos ao app: ele se assemelha ao Tinder porque emprega o “swipe”, gesto de deslizar os dedos para a esquerda ou para a direita sobre a tela do smartphone e, assim, rejeitar ou aprovar alguma coisa, respectivamente. O Bwid exibe os restaurantes mais próximos do usuário, que escolhe ignorar o estabelecimento ou saber mais a respeito dele. Uma vantagem é que app possui um filtro para mostrar apenas lugares que estão abertos. Ao selecionar um lugar, é possível até traçar a rota mais rápida para chegar até ele ?graças a uma integração com o Waze e o Google Maps.
Linares diz que a ideia surgiu porque o sócio usava aplicativos de indicação de restaurantes e bares e não gostava nada deles. Pareciam listas, seguindo a lógica presente na internet e apenas transposta para os celulares, diz. Além disso, assim como os serviços para pedir táxi ou de GPS, os apps para achar lugares, diz ele, não prezavam pela sensação, pelo desejo de comer. Por isso, o Bwid colocou na rua uma equipe só para averiguar os restaurantes cadastrados, tirar fotos e conferir o horário de fechamento e abertura.
Funcionando há dois meses, o Bwid já tem 1,3 mil restaurantes e “food trucks” cadastrados em São Paulo –o objetivo é chegar a 3,5 mil– e mais de 100 em São José dos Campos. Já começou a captar estabelecimentos no Rio, mas só começa a operar com força por lá no primeiro trimestre de 2015, quando também irá lançar sua atuação internacional.
Novidades
Até abril do ano que vem, o aplicativo coloca para funcionar uma série de novidades. Os usuários poderão receber sugestões de lugares a partir de um ponto selecionado no mapa –eles poderão fixar um “alfinete” em um mapa, que especifique um local diferente do que estão; a partir daí serão mostradas opções ao redor desse ponto. Também poderão fazer buscas. Entrará no ar ainda uma integração com o Grubster, app que dá descontos em restaurantes, para conferir preços promocionais.
Já os restaurantes terão acesso (pago) a uma plataforma que mostra a eles os clientes que “curtiram” suas páginas. Com isso, poderão fazer promoções direcionadas a pessoas que já manifestaram interesse por seus cardápios. Com isso, o Bwid coloca para funcionar seu modelo de negócio que, na contramão da maioria dos apps, não passa por publicidade: vai cobrar pelo acesso a esse menu de gerenciamento de ofertas e daqueles estabelecimentos que quiserem ter seus pratos exibidos em destaque quando os usuários estiverem “swipando”.
Antes de tudo isso, o “Tinder dos restaurantes” lançará sua versão Android, que chega às lojas até o fim do ano. Até agora só funciona no iOS (Veja aqui).
Foto: App brasileiro 'Bwid' funciona como 'Tinder de restaurantes'; clientes rejeitam restaurantes ou escolhem saber mais informações sobre eles. (Divulgação/Bwid)