Conversar com um atendente via chat on-line pode ser uma mão na roda, mas o serviço ainda está restrito aos sites das empresas, aos navegadores e à exigência de ao menos um profissional dedicado do outro lado do browser. A ideia da Zupot é colocar o atendimento on-line para smartphones, tablets e redes sociais, oferecendo um serviço hospedado na nuvem.

O serviço de atendimento on-line ZuChat, que foi ao ar em janeiro, é o produto principal da startup de Brasília criada em agosto de 2011. “Sullivan e eu somos primos e sempre tivemos a ideia de criar algo baseado em internet”, conta o especialista em redes Johnny Borges, de 25 anos, que iniciou seu ‘plano B’ ao lado de Sullivan Santiago, formado em Ciência da Computação, e do engenheiro elétrico César Mendonça.

Além da integração direta com uma fan page no Facebook, a ferramenta de chat está disponível para aparelhos com sistemas iOS e Android. O sistema é atrelado à leitura de um código eletrônico - QR Code - que permite, por exemplo, que um consumidor interessado em um anúncio posicione seu smartphone para ler o código e seja direcionado diretamente ao atendimento on-line pelo celular.

Do outro lado do chat, a empresa recebe uma notificação e também pode interagir com o cliente remotamente pelo dispositivo móvel. “O intuito é que um microempresário consiga acompanhar o atendimento remotamente”, diz Borges.

A Zupot já conta com oito clientes de pequeno e médio porte - agência de turismo, concessionária de automóveis, loja de informática, rede de imobiliárias e lojas virtuais de e-commerce. “A concessionária usa nosso atendimento no Facebook também”, informa o cofundador.

A demanda dos próprios clientes levou à criação de um serviço de gestão de chamados on-line. O ZuDesk, que também é integrado a dispositivos móveis, pode permitir que um consumidor acione o técnico da manutenção mais próximo diretamente pelo celular.

Em busca de investidores, a Zpot se associou à Associação de Startups e Empreendedores Digitais (Asteps), que tem suporte do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), e reúne cerca de 30 empresas em estágio inicial da região Centro-Oeste.

Com o investimento externo, a startup quer se preparar para as multinacionais. “Nossa meta é traduzir a ferramenta para mais quatro idiomas além do português - inglês, mandarim, espanhol e francês – e comercializar a solução tanto a multinacionais baseadas no Brasil como no exterior”, determina Borges.