Estúdio de Brasília entra em site para financiar game 'Chroma Squad'
O estúdio Behold, uma startup de Brasília, entrou no site "Kickstarter" de crowdfunding para financiar o lançamento de um game para PC um tanto quanto inusitado: nele, o jogador deve administrar um estúdio que gravação de seriados de super-heróis japoneses ('super sentais') ao mesmo tempo em que deve participar de batalhas contra monstros poderosos. Mas para que "Chroma Squad", nome do jogo com visual retrô, veja a luz do dia, a startup precisa alcançar a meta de US$ 55 mil.
A tarefa não deve ser das mais complicadas já que, em cinco dias do início da campanha com divulgação em redes sociais, a equipe de sete pessoas - que inclui os quatro sócios - já tem mais de 1,6 mil apoiadores, os chamados "backers", e arrecadou mais da metade do valor necessário. Até a publicação deste post, o game já tinha mais de US$ 37 mil de investimento.
Esta é a primeira vez que a Behold aposta no site de norte-americano de financiamentos para poder criar um jogo. "Uma das razões para ter escolhido o 'Kickstarter' foi para gerar uma comunidade interessada, que seguisse o game, e para gerar uma grande repercussão, que está acontecendo. Claro, também queríamos gerar a renda para fazer o jogo", disse ao Start.up Guilherme Henrique Mazzaro da Matta, 28 anos, que além de sócio é programador de "Chroma Squad". "Estamos bem confiantes de que vamos alcançar a meta".
No Kickstarter os interessados podem doar um valor para apoiar o game. Para conseguir uma cópia do jogo, o interessado tem que pagar US$ 15 (pouco mais de R$ 30). Após o lançamento, a previsão é vender o game por meio de um hotsite.
O esquema de jogo de "Chroma Squad" será baseados e episódios em que o jogador deverá realizar certos objetivos e é dividido em três partes: na primeira, o jogador terá que administrar um estúdio que grava seriados de 'super sentais', levando em conta o que será necessário em termos de equipamentos para gravar o episódio do seriado. Será possível comprar microfones, que melhoram a qualidade do áudio, montar fantasias e usar fogos de artifício para os efeitos especiais. Até o marketing o jogador deverá administrar.
Na segunda parte, quando o episódio é gravado, o game se torna um RPG tático similar a "Final Fantasy Tacticts". Nesse momento, os cinco heróis coloridos que lembram "Changeman", "Flashman" e "Power Rangers" terão que usar habilidades para enfrentar os inimigos e monstros. Os gamers deverão escolher golpes e habilidades especiais para vencer estes confrontos que são gravados para o episódio do seriado de TV. O funcionamento da terceira parte ainda é segredo, segundo o sócio, mas envolverá a luta de robôs gigantes, tradicional dos seriados japoneses, com outro tipo de jogabilidade.
O "Chroma Squad" já está em desenvolvimento há dois meses. "Preparamos um pouco do jogo e depois focamos a equipa pare a campanha do 'Kickstarter'. Deu bastante trabalho para criá-la", diz o sócio. "A ideia surgiu de um dos membros da equipe, que disse que a Behold precisava fazer um game sobre sentais. Começamos a ampliar a ideia e gostamos do que foi discutido. Faltam games teste tipo e achamos que seria uma ótima oportunidade de seguir essa temática".
A Behold lançou outro game chamado "Knights of Pen and Paper" pela publisher Paradox. Matta explica que o game foi feito em um período de oito meses, quando o grupo usava a internet grátis de uma livraria, para onde iam todos os dias. O título tem versões para PC, sistemas iOS e Android e já vendeu mais de 500 mil cópias, sem contar as vendas pela loja virtual Steam.