Objetivos fabricados pela impressora 3D Cube, da 3D Systems, e expostos no site Cubify.
Impressoras 3D que usam garrafas de refrigerante como matéria-prima. Sensores que mapeiam rostos para reproduzi-los em impressões 3D. Brinquedos criados a partir de softwares que em horas chegam às mãos das crianças (Veja fotos acima). Reunidos na Cubify, a plataforma da 3D Systems voltada a popularizar o uso cotidiano de impressoras 3D, esses serviços estão mais próximos do Brasil.

A empresa norte-americana, uma das maiores no segmento de impressão tridimensional, comprou em abril a brasileira Robtec, dona da Imprima3D, um delivery de produtos tridimensionais. É essa união que pode fazer com que algumas das investidas da 3D Systems cheguem. “A tendência é trazer o que eles têm lá fora”, conta ao Start.up o gerente de e-commerce da Imprima3D, Tiago Barros.

A Imprima 3D foi criada em fevereiro de 2013 pela Robtec, então maior distribuidora e revendedora da 3D Systems na América Latina.

Com negócio de imprimir itens e entregá-los aos clientes, a empresa já tirou do papel mais de 5 mil objetos, conta Barros. “Difícil desligar a impressora. Sai uma Remessa, entra outra”, comenta. Essa demanda toda ocorre mesmo que a criação de objetos em 3D não seja para iniciantes. Para processar os pedidos, os arquivos devem ser criados antes em softwares específicos, como o AutoCad.

A partir do envio, o site avalia as dimensões do objeto e quais os materiais poderão compô-lo (são usados derivados do plástico, nylon e gesso). O tipo de item e sua finalidade também são levados em consideração para escolher a impressora utilizada. Um anel usado de molde para outras joias tem um tratamento diferente de uma impressão de bonecos de Toy Art.

O valor cobrado varia de acordo com o material escolhido e com o nível de detalhamento, diz Barros. Os preços vão de R$ 30 (um protótipo de joia pequena, como um broche) a R$ 5 mil (como o busto de uma pessoa). Se antes o tempo de entrega era de até oito dias, agora, para as impressões mais detalhadas, esse prazo caiu para quatro.

Segundo Barros, o público do Imprima3D é, em sua maioria, designers. O Cubify, por outro lado, foca as pessoas comuns. Por isso é mais simples de usar. Nada de construir antes em softwares as imagens dos itens que serão impressos. Há uma sessão que coloca o rosto dos consumidores em miniaturas de jogadores da NBA. Para isso, basta escolher o biotipo do jogador, enviar uma foto ao site e pronto. Cubify, aliás, é uma referência à linha de impressoras pessoais Cube, da 3D Systems.

Barros diz que os serviços trazidos ao Brasil ainda serão escolhidos, mas antes é preciso concluir o processo jurídico da aquisição – 70% das ações da Robtec foram compradas agora e os 30% restantes serão transmitidos à 3D Systems em cinco anos. “Até dezembro, deve estar decidido”, diz Barros.

Foto: Objetivos fabricados pela impressora 3D Cube, da 3D Systems, e expostos no site Cubify. (Divulgação/3DSystems)