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  • Aplicativo brasileiro 'DogDate' funciona como 'Tinder para cachorros'

    dogdateEles não postam fotos no Instagram em que aparecem malhando, selfies “photoshopadas” no Facebook, ou usam o Twitter para distribuir genialidades em pílulas, nem mandam mensagens para aquele flerte no WhatsApp. Com tantas limitações na hora de achar um parceiro com que possam unir as coleiras, os cachorros receberam a versão canina do Tinder.

    O aplicativo "DogDate" lista os perfis de cães, reunindo informações como raça, nome, idade e até os interesses deles. Para angariar fãs e arrasar corações, fotos e vídeos podem ser incluídos (valem selfies). Aplicando os filtros de pesquisa, é possível buscar cachorros que morem em uma determinada região, que sejam de uma raça ou pela disponibilidade do animal (aptos apenas a cruzar ou que dispostos também a passear).

    Lançado inicialmente em inglês, o app tem 3 mil usuários, mas apenas 800 deles são brasileiros. Por enquanto apenas para iOS, vai receber uma versão para Android até o fim de outubro. Será quando o “DogDate” ganhará sua primeira atualização com duas novidades: a primeira é uma forma de o dono avisar os usuários do app que estiverem por perto quando seu cachorro estiver perdido; a outra é a indicação de pet shops e veterinários nos arredores.

    Ladram e mordem
    Mas e aí? Esses cães têm mordido ou só ladram? “A gente tem conseguido marcar encontros”, afirmou Rafael Zatti, sócio da empresa que desenvolve o aplicativo. Ele explica que a plataforma registra todas as interações até que um “date” seja marcado. “Se houve namoro ou casamento dos cãezinhos, a gente não sabe.”

    Após vasculhar os e-mails de donos de cachorros satisfeitos, porém, Zatti encontrou o relato de uma conjunção carnal construída a partir do app. Chegaram lá o cão Ace Ventura e a cadela Rhana, de Balneário Camboriú (SC) –existem fotos comprovando o ato, mas não serão publicadas aqui em respeito à privacidade do casal.Aplicativo brasileiro 'DogDate' funciona como um 'Tinder para cachorros'.

    A ideia do aplicativo surgiu há três anos, quando Ricardo Melo Luz, um dos sócios no app, buscava uma parceira para seu cão Homer, um Bulldog Campeiro. Criado em 2012, o Tinder nem sonhava em existir nessa época. Apesar de boa, a ideia não vingou e foi lançada sob a forma de aplicativo apenas julho deste ano.

    Além de servir para os cachorros engatarem um namoro, o app pode ser usado ainda para donos encontrarem pessoas que queiram passear com seus cães e por ONGs que queiram encontrar novos donos para os cãezinhos de que cuidam. Já há pessoas fazendo isso. O sucesso com a turma do latido fez a equipe do “DogDate” ser procurada por amantes dos gatos. Perguntavam se há no horizonte uma versão para felinos. “A gente nem cogita essa ideia”, diz Zatti.

    O que a empresa já planeja, sim, é como ganhar dinheiro com o app. Irão procurar os estabelecimentos comerciais indicados na busca por pet shops e veterinários. Essa estratégia, porém, não tem data para ser implantada. Outra coisa que parece não estar próxima de acontecer é Homer arranjar uma namorada. Ironicamente, a castidade do cachorro, que motivo o "DogDate", permaneceu inabalável nesses três anos e não parece ser arranhada nem pelo aplicativo que ajudou a criar.

  • Startup gaúcha que dá voz a cidadãos acerta parceira com a Suécia; veja como

    Mapa colaborativo de Porto Alegre (RS), criado pela Lung para a prefeitura da cidade.
    Google, Outlook, Windows, iPhone, Facebook. Basta ligar o computador para perceber que beira a zero os softwares e serviços de sucesso com DNA brasileiro. Às vezes, porém, isso ocorre. Em breve, gestores públicos da Suécia e de outros locais da Europa receberão as demandas de seus cidadãos por meio de sistemas que nasceram em Porto Alegre (RS).

    A startup Lung constrói plataformas de Wikicidade, para que cidadãos partilhem do espaço público e de sua gestão. Preocupações, ideias de transformação, cultura local e os sentimentos que florescem só em quem vive ali. “A gente quer construir uma postura de corresponsabilidade dos cidadãos na construção da pessoa”, explicou ao Start.up o fundador da empresa, Daniel Bittencourt. As prefeituras de Porto Alegre e Canoas, além do governo do Rio Grande do Sul, são algumas das contratantes dessas soluções, que já foram premiadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    Trocando em miúdos, as plataformas da Lung não possuem o sex appeal das ferramentas citadas acima, mas funcionam bem como canal entre poder público e cidadãos e entre eles e a cidade. São mais efetivos do que “falar muito no Twitter” quando uma adutora se rompe e inaugura um chafariz em uma rua, quando a fila do posto de saúde, de tão longa, parece a da lotérica em dia de Mega Sena acumulada ou quando alguém quer sugerir que transformar uma via em duas mãos vai melhorar o trânsito.

    Porto Alegre, meu amor
    O carro-chefe da startup é o site portoalegre.cc, uma mapa interativo da capital gaúcha, que é construído conforme recebe as propostas de melhoria urbana dos cidadãos. Cada sugestão é “alfinetada” no documento. A partir daí é possível filtrar as colaborações por bairro e por período. Como é um projeto da Prefeitura de Porto Alegre, os gestores públicos recebem cada sugestão para a cidade com CEP (local da demanda) e RG (quem foi o propositor). Foi essa ferramenta que encantou a agência de desenvolvimento da Suécia que, de passagem pelo Brasil no fim do ano passado, convidou a Lung para explicar aos suecos a tal da Wikicidade, durante uma conferência sobre cidades sustentáveis, que ocorreu na semana passada.

    Na plateia, estavam representantes do eGovlab, um laboratório ligado ao governo sueco que nasceu na Universidade de Estocolmo. A missão dele é apoiar startups que criam soluções para agilizar o serviço público. Os empreendedores convenceram. Na segunda, assinaram um protocolo de intenções que vai virar acordo –depende antes da anuência da universidade de lá e da Unisinos, em cujo parque tecnológico, o Tecnosinos, está incubada a Lung. Os objetivos são a) implantar o sistema das Wikicidades, nos moldes do portoalegre.cc, na Suécia e na Europa; b) levá-lo para outros municípios do Brasil; c) criar um fundo de investimento para custear o intercâmbio de tecnologia (códigos com DNA brasileiro vão para lá; vêm soluções das startups apoiadas pelo eGovlab); d) deixar a administração a cargo da dobradinha Unisinos-Universidade de Estocolmo, o que irá beneficar outras startups além da Lung. Segundo Bittencourt, ainda este ano a parceria já deve estar operando.

    Mapa sentimental
    Criada em 2011, a startup estreou justamente com um trabalho que mesclava o conceito de Wikicidades e os sentimentos dos cidadãos. A pedido da Unisinos, fez um mapa digital do Parque da Redenção, o maior da capital gaúcha, para que as pessoas indicassem nele os pontos em que ocorreram as lembranças mais emocionantes vividas lá. O parque não é pouca coisa: se a cidade de Porto Alegre tivesse participado, diria que era para o Redenção que ex-escravos iam após serem libertos e que em seu campo de futebol a bola rolou para o primeiro Grenal.

    Fez para o governo do Rio Grande do Sul em 2013 o Mapa da Transparência, que mostra de forma didática os gastos com o orçamento do estado. Pelo projeto, o governo ganhou o prêmio da ONU de Transparência em Serviço Público. O mapa gerou tanta expectativa na época que, antes de o governador bater os olhos nele, foi apresentado a um diretor do Banco Mundial, em Chicago (EUA). Já neste ano, foi a vez de Canoas (RS), para a qual criou a Ágora em Rede, uma plataforma que coloca o prefeito e seus secretários para conversar pela internet com os cidadãos. É sério: todos votam o assunto e o bate-papo rola no Hangouts, do Google. As discussões pela ferramenta podem ser agendas entre as próprias pessoas e por uma empresa ou associação. Além das questões locais, ainda tem espaço para debater assuntos globais.

    Por tudo isso, a Suécia, dona de um dos maiores níveis de desenvolvimento humano do mundo (4º maior IDH) e de um serviço público igualmente competente, viraram fãs da startup. E é bom que o Brasil também vire. Do contrário, como já acontece em outras áreas e foi a regra em outras épocas, brasileiros produzirão aqui as riquezas que adornarão os castelos de lá.

    Foto 1: Mapa colaborativo de Porto Alegre (RS), criado pela Lung para a prefeitura da cidade. (Divulgação/Lung)

    Foto 2:  Mapa colaborativo do Parque da Redenção, em Porto Alegre (RS), criado pela startup Lung para a Unisinos. (Divulgação/Lung)Mapa colaborativo do Parque da Redenção, em Porto Alegre (RS), criado pela startup Lung para a Unisinos.

  • Polo de tecnologia, Canadá quer trazer suas startups e levar empresas brasileiras

    Disputa em que startups sobem ao ringue para batalharem umas contra as outras, promovida pela entidade Comumnitech, em Ontário, no Canadá.
    Lar do maior polo de tecnologia do mundo, o Vale do Silício, a Califórnia é conhecida como o estado dourado dos EUA. Ansioso para mostrar que também brilha no campo dos bits e bytes, o vizinho Canadá quer entrar na mira das empresas de tecnologia do Brasil com o intuito de levá-las para uma temporada por lá. Na mão contrária, quer trazer suas startups para cá.

    Para cumprir a missão, o Consulado Geral do Canadá, em São Paulo, realiza a partir desta segunda-feira (29) o Tech Week, uma semana para discutir o que é que o Canadá tem a oferecer em tecnologia, inovação e empreendedorismo. O Start.up conversou com Todd Barrett, cônsul comercial de Ontário, a província onde fica a capital do país, Ottawa.

    A região também abriga o maior ecossistema de inovação canadense, que reúne 7 mil empresas e se espalha para, além da capital, Toronto, Waterloo, Kitchener e Cambridge. Essas três últimas formam a região de Waterloo, o carro chefe do polo.

    Não é só BlackBerry
    Como em todo cluster de tecnologia que dá certo, a concentração de empresas ocorreu em torno de uma  universidade, a de Waterloo –okay, não é só isso: há ao todo 44 universidades high tec na província. Mas a Universidade de Waterloo, além de ser uma das maiores do mundo em ciência da computação, possui um sistema de valorização da pesquisa em que a tecnologia criada pelos alunos pertence aos alunos, não à instituição.

    Isso permite ao estudante que se empenha em desenvolver soluções sair da sala de aula com sua própria tecnologia debaixo do braço. A partir daí, é um pulo para que a ideia vire empresa. Aliás, mais uma empresa, já que Waterloo fechou o ano de 2013 com cerca de 500 empresas de tecnologia. Isso em uma região com pouco mais de 500 mil habitantes. Segundo Barrett, quase um terço da mão de obra é formada por trabalhadores que criaram suas próprias empresas.

    Exemplo dessa dinâmica é a OpenText, a maior companhia de software canadense. Nasceu em 1991 de uma tecnologia usada para indexar o dicionário Oxford, desenvolvida pelos professores Frank Tompa e Gaston Gonnet, e o aluno Tim Bray. Mais tarde, a ferramenta deu origem ao primeiro motor de busca do Yahoo. Hoje, o projeto criado para sustentar pesquisas de termos em um dicionário é um negócio bilionário. Apenas no primeiro semestre de 2014, faturou US$ 1,6 bilhão.

    Mas também tem a BlackBerry
    Contribui também para a dinâmica da inovação a BlackBerry, que tem sede na região (Soube da última? a fabricante de smartphone lançou um celular quadrado, com tela sensível ao toque e teclado). Empresa de tecnologia que mais investe em pesquisa e desenvolvimento em todo o Canadá e maior empregadora do local, a BlackBerry é um celeiro de futuros donos de startups. Para abrigar tanta empresa iniciante, surge um sem número de incubadoras. A Communitech Hub, entidade que auxilia empreendedores e empresas da região, possuia a sua própria, a Hyperdrive, que até já recebeu startups brasileiras.

    Já Toronto, a cidade mais populosa do país, com 6,5 milhões de habitantes, concentra o capital financeiro. Os cinco maiores bancos de lá gastam US$ 10 bilhões com tecnologia. Ou seja, tem muito dinheiro para investir, tanto que, em 2011, Ontário só não recebeu mais aportes do que o Vale do Silício na América do Norte –beijos, Nova York. Além do dinheiro, a cidade é um microcosmo da diversidade cultural de todo o Canadá, pois mais da metade da população da cidade não nasceu no país. A capital Ottawa, por sua vez, reúne as empresas de telecomunicações.

    É para esse ecossistema que algumas empresas brasileiras irão em outubro, convidadas pelo governo. Não são startups, no entanto. “São grandes e médias com vários anos de mercado e querendo uma oportunidade de internacionalização”, explica Barrett. Os detalhes da parceria serão detalhados nesta segunda. Do Canadá devem vir as startups. “São maduros, mas não são moleques na garagem tentando criar uma solução pra salvar o mundo”, descreve o cônsul.

    Uma das empresas que estarão em São Paulo nesta semana já deu o ar da graça aqui no Start.up. É a Bionym, que trabalha em uma tecnologia para substituir as senhas (do e-mail, do cartão de crédito etc) pelos batimentos cardíacos. Será que a ponte aérea São Paulo-Ottawa vinga?

    Foto 1: Disputa em que startups sobem ao ringue para batalharem umas contra as outras, promovida pela entidade Comumnitech, em Ontário, no Canadá. (Divulgação/Communitech)

    Foto 2: Startups trabalhando na incubadora Hyperdrive, da Communitech, que fica em Ontário, no Canadá. (Divulgação/Communitech)

    Startups trabalhando na incubadora Hyperdrive, da Communitech, que fica em Ontário, no Canadá.

  • Empresa desenvolve tecnologia para batimento cardíaco substituir senhas

    Bionym quer substituir senhas por batimentos cardíacos.Algumas das mais especializadas empresas de segurança do mundo suam a camisa para substituir senhas compostas por letras, números e outros caracteres por informações menos suscetíveis de virarem alvo de hackers, como as digitais dos dedos ou os traços faciais. Uma startup canadense apela para o coração das pessoas com uma proposta um pouquinho mais ousada: a Bionym trabalha em um sistema para transformar o ritmo dos batimentos cardíacos de cada indivíduo em uma senha definitivamente pessoal.

    Usar os dados de partes do corpo humano para gerar autorizações únicas de acesso é o que se convencionou chamar de biometria. Alguns eleitores vão usar as digitais para votar na eleição deste ano, bancos já permitem que seus clientes saquem dinheiro dessa forma. Comparada a essas aplicações, a solução da Bionym parece estar anos-luz distante da realidade e mais próxima de algo parecido como um filme ruim de ficção científica.

    Não é isso o que acham, porém, Mastercard, a Salesforce, a agência de exportação do Canadá e os fundos de investimento Ignition Partners e Relay Venture. Essas entidades fecharam nesta semana um aporte de US$ 14 milhões para financiar o trabalho da Bionym, que acabou de se mudar para um escritório maior em Toronto porque chegou a --apenas-- 40 funcionários. (Aliás, se você fala inglês fluente, é ninja na programação, gostou desse lance de batidas do coração como senha, curte hóquei e folhas de bordos, dê uma olhada aqui, pois a empresa está contratando).

    Destravando o celular com o coração
    Esse dinheiro vai ser usado para desenvolver uma pulseira com um sensor de eletrocardiograma embutido. Ele vai captar o ritmo cardíaco para identificar quem é a pessoa. Essa informação é transmitida ao aparelho que necessita de autorização para realizar uma operação (o pagamento de uma conta em uma maquininha de cartão de crédito, o destravamento do celular, a abertura da porta de casa ou do carro, por exemplo).

    Não há perigo de uma corridinha que faça seu coração disparar fazer você "errar a senha" porque o dispositivo vai captar a atividade elétrica do coração, algo tão único quanto as digitais. A certificação ocorre em três passos: dois deles são a pulseira e o batimento cardíaco; o terceiro é uma notificação da operação enviada a um celular ou tablet registrados previamente.

    "Nós somos a vanguarda de uma revolução baseada em interações com dispositivos e serviços, e nosso ímpeto continua a crescer com o suporte dos nossos investidores e parceiros estratégicos", afirmou Karl Martin, diretor-executivo da Bionym, em comunicado.

    Esqueça o dinheiro. Você deve se concentrar mesmo é no "parceiros estratégicos". Essa é a hora chata em que devo estourar a bolha de fascinação em torno do tema. Ninguém coça o bolso para financiar uma startup por puro altruísmo --okay, pode rolar um "paitrocínio". Sempre há uma motivação: retorno financeiro ou, no caso de empresas grandes, apoio a uma tecnologia que poderá ser usada no futuro. Esse último caso deve ser o da Mastercard, por ser uma das maiores administradoras de sistemas de pagamento no mundo, e o da Salesforce, que fornece softwares corporativos na nuvem para pequenas empresas.

    A Mastercard, bandeira de cartões de crédito e de débito, já faz parte de uma iniciativa para abolir o uso da senha. Por isso, não é exagero imaginar que, no futuro, uma pessoa precise apenas do tum tum tum no peito para pagar um pingado na padaria.

  • Em maratona hacker, Facebook escolherá startups brasileiras para acelerar

    Experimento manipulou feed de notícias para verificar alterações no comportamento de usuáriosQuando o Facebookcomprou oWhatsApp, a piada que corria pela internet era a de que, se resolvesse adquirir alguma fabricante de colchões, Mark Zuckerberg deteria todas as empresas presentes na vida do brasileiro. Exagero, mas mostra que o brasileiro curte o Facebook. E agora a rede social quer mostrar que também curte o que o brasileiro faz – se você acha que o Zuckerberg vai dividir a fortuna dele contigo, pare de ler esse post agora.

    O fato é que o Facebook percebeu que dentre as mais de 200 empresas -- 218, para ser exato -- que usam a plataforma em algum serviço, apenas 7 são brasileiras (Veja abaixo quais são elas). Fazendo uma conta de padeiro, quer dizer que apenas 3,5% das parceiras do Facebook são brasileiras -- isso enquanto a população tupiniquim na rede (89 milhões) chega a 6,7% do total.

    O que a rede social quer agora é ajudar mais startups brasileiras a se tornarem parceiras para criarem sistemas que atendam a necessidades locais. O nome técnico para essas empresas é Desenvolvedores Preferenciais de Marketing (PMD, na sigla em inglês). Para que recebam essa chancela, o Facebook vai acelerar algumas startups brasileiras.

    O vestibular para nove empresas iniciantes começa nesta quarta-feira (27) e dura até sexta (29), na sede da empresa em São Paulo. A prova? Uma hackaton (maratona de desenvolvimento), similar às que o Facebook promove nos Estados Unidos e às que a rede usava para recrutar funcionários. Durante os encontros, os empreendedores terão que solucionar problemas utilizando linguagem de programação.

    As selecionadas receberão orientação de engenheiros e executivos do Facebook nos meses seguintes. Esse programa de aceleração é o primeiro que a empresa conduz na América Latina. De acordo com a companhia, foi a procura de empresas brasileiras que motivou o lançamento do projeto.

    Veja abaixo quais são as empresas brasileiras que já atuam com o Facebook:

    55social
    A companhia dá a agências uma caixa de ferramenta de mídias sociais, contendo publicador de conteúdo e criador de aplicativos interativos, para que melhorem performance de suas campanhas na rede. Entre os clientes estão a FILA, SulAmérica Seguros, a Livraria Cultura e a Editora Leya.

    Bornlogic
    A empresa simplifica a criação e a análise de campanhas no Facebook. Os pacotes são assinaturas mensais de ferramentas gerenciadas pelos próprios contratantes ou recursos administrados pela Bornlogic. Já atende o restaurante Coco Bambu.

    EzLike
    Especialista em ferramentas que parametrizam a dimensão de uma campanha e controlam o alcance de anúncios feitos na rede social. Trabalha para, entre outras, Americanas.com, Ogilvy e Level Up.

    Dito
    A empresa mineira desenvolve aplicações que rodam na rede social. Ao passo que as pessoas usam seus programas, a startup vai reunindo informações para que as marcas contratantes entendam como se comportam seus consumidores. O Flamengo e a Tim foram algumas das atendidas.

    RIOT
    A agência digital tem uma estratégia multi-plataforma, em que não só os smartphones, tablets, videogames e smart TVs são espaços para mostrar marcas, mas também o Facebook. Habib’s, L’Oréal Paris e PepsiCo são algumas das empresas que recorreram aos serviços da RIOT.

    Superare
    Por meio de sua plataforma, a Argos4.me, a Superare fornece às empresas informações sobre seus consumidores, para que se comuniquem melhor com eles. Multiplus, Dafiti, Netshoes e Mercado Livre são algumas dessas companhias.

    W3M Labs
    O negócio da W3W Labs é cuidar das páginas de marcas e celebridades, o que inclui a criação de promoções e de conteúdo que gerem comoção entre os usuários. Submarino, Hooters e Estrela são alguns dos clientes.

  • Google e outras gigantes compraram mais de 60 empresas só em 2014; veja quais

    Nest, empresa do termostato de mesmo nome (foto), foi comprada pelo GoogleAté essa altura do ano não se passaram quatro dias completos sem que alguma das gigantes da tecnologia fizesse a aquisição de uma empresa. Até parece que os termos da negociação são discutidos por WhatsApp – o aplicativo de mensagem, aliás, foi uma das compras mais faladas do ano, quando o Facebook tirou a aranha do bolso e ofereceu US$ 16 bilhões, em um negócio que pode chegar a US$ 19 bilhões.

    A rede social com oito aquisições, porém, fica bem atrás em termos de apetite quando comparada ao Google, que levou, pelo menos, 21 para casa – 22 se a incorporação do Twitch for confirmada.

    A estratégia da presidente-executiva do Yahoo, Marissa Mayer, de renovar a companhia indo às compras faz a empresa ser a segunda que mais fez aquisições. Foram, ao menos, 12. Ao todo, ela, Google, Twitter, Facebook, Apple e Microsoft compraram pelo menos 63 empresas. Nem todas são startups, como o Songza. Algumas, como a Beats, já eram bem grandinhas.

    (Correção: como fazia tempo que nenhuma aquisição acontecia, o Google comprou a plataforma de análise de fotos Jetpac no fim de semana e elevou o contador da empresa para 21)

    Vamos às três mais surpreendentes de cada uma das gigantes:

    Drone da Titan Aerospace, fabricante de veículos aéreos não tripulados comprada pelo Google.Google – 21 aquisições
    Titan Aerospace: A fabricante de drones para captar imagens em alta resolução da Terra e outros dados para transmiti-los em tempo real. Os veículos aéreos não tripulados também carregam sensores atmosféricos para coletar informação lá do alto.

    DeepMind: A companhia de inteligência artificial trabalha para desenvolver algoritmos que aprendem. Como? Combinando neurociência à chamada área de aprendizado de máquina. Apesar de a coisa parecer ficção científica (“Inteligência Artificial”, “Ela”, “Eu, Robô” entre outros), a tecnologia já funciona em lojas eletrônicas e games. O Google pagou US$ 500 milhões por ela.

    Nest Labs: Se descrevermos a Nest Labs como uma fabricante de simples termostatos, não seria exagero dizer que é loucura gastar US$ 3,2 bilhões por ela, como o Google fez. Mas os termostatos são inteligentes a ponto de aprenderem sozinhos os hábitos dos moradores da casa, um tipo de tecnologia que pode ser levada para outros dispositivos de uma residência conectada.

    (menção honrosa) Songza: O Songza é um serviço de recomendação de música por streaming. O aplicativo possui pacotes de assinaturas, mas também dá para aproveitar gratuitamente das listas temáticas mostradas por ele, baseadas em atividades ou em momentos do dia.

    Flurry, empresa de análise de aplicativos, é comprada pelo Yahoo.Yahoo – 12 aquisições
    Flurry: A plataforma de análise fornece dados a desenvolvedores de aplicativos para que saibam como as pessoas interagem com seus programas. Por dia, são 5,5 bilhões de sessões de aplicativos analisadas em 1,4 bilhão de aparelhos móveis espalhados ao redor do mundo. O Yahoo desembolsou US$ 200 milhões.

    Distill: Se o LinkedIn atua como meio de campo para ampliar contatos profissionais, o Distill só calça as chuteiras na hora de finalizar no mercado de trabalho. A startup constrói ferramentas para agilizar o processo de contratação e recrutamento.

    Zofari: O app tenta ser uma estação – como as de rádio – de lugares para visitar, ser um restaurante, um bar ou um qualquer outro local. Similar à nova configuração do Foursquare, basta dizer ao app quais são os locais de preferência e ele vai “tocar” sempre que encontrar uma “música” parecida.

    Twitter – 9 aquisições
    Gnip
    : A companhia trata a maçaroca de dados depositados em redes sociais por usuários e depois fornece os relatórios a setores que vão do governo ao financeiro. O trabalho começou com o Twitter, mas foi expandido para outras empresas como Tumblr, Foursquare e WordPress. Como primeiro amor a gente não esquece, o Twitter desembolsou US$ 134 milhões para levar o Gnip para casa.

    SnappyTV: O publicador de vídeo permite postar na web, em aplicativos móveis e em redes sociais em tempo real. Se o intuito não for criar um video em HD, sem problema: GIFs e fotos também estão disponíveis.

    CardSpring: A empresa mantém uma plataforma que permite criar cupons eletrônicos, cartões de fidelidade, moedas virtuais. Tudo isso ligado a cartões de crédito e outros meios de pagamento. Essa foi a forma que o Twitter encontrou de transformar tuítes em formas de viabilizar o comércio eletrônico no microblog.

    WhatsApp FacebookFacebook – 8 aquisições
    WhatsApp
    : Na maior aquisição de um aplicativo da história, o Facebook comprou o WhatsApp por US$ 16 bilhões, em um negócio que pode chegar a US$ 19 bilhões. Desconsiderando as piadinhas de quem se surpreende com o valor e diz que baixou o app de graça, Mark Zuckerberg disse que o app de mensagem é o único que gera tanto engajamento quanto... o próprio Facebook. Isso e ter 500 milhões de usuários, claro.

    Oculus VR: A fabricante do Oculus Rift, que faz a pessoa que o usar submergir em um mundo de realidade virtual, é a aposta do Facebook para ampliar os horizontes dos consumidores além do que os olhos podem ver – esse óculos, por exemplo, brinca com a forma como o cérebro funciona para criar imagens imersivas. Custo da brincadeira séria: US$ 2 bilhões.

    Pryte: Imagine se em vez de comprar uma determinada quantia de créditos, fosse possível adquirir cinco dias de acesso ao Facebook, ou o mês inteiro de conexão ao YouTube ou ainda pagar pela leitura de tuítes pelo ano inteiro. Esse é o negócio da Pryte, que promote ainda vender o uso desses dados com apenas um clique.

    Um dos fones de ouvido da Beats Electronics, comprada pela Apple por um valor total de US$ 3 bilhões.Apple – 8 aquisições
    Beats Electronics
    : Com a empresa do rapper Dr. Dre, a Apple não só levou para casa uma marca de fones de ouvido cobiçados por jovens mas incorporou também um guru da música digital: Jimmy Iovine. Também possuem uma plataforma de edição de canções e os holofotes por estarem nos ouvidos de onze entre dez atletas adorados pela moçada – é claro que isso não é de graça. Mas a Beats também não foi: US$ 3 bilhões.

    Booklamp: O ponto forte dessa empresa é saber o que você está lendo para advinhar – e sugerir – qual livro será lido em seguida. Para a façanha preditiva, usam os tais metadados (informação sobre dados) para chegar a obras com a tensão, perspectiva, nível de ação, descrição e de diálogos próximas das que o leitor já apreciou.

    LuxVue Technology: Esse é um caso de unir fome e vontade de comer. Enquanto a Apple fabrica aparelhos que dependem necessariamente de suas telas para brilharem, como iPhones e iPadas, a LuxVue desenvolve telas de microLED que gastam pouquíssima energia.

    Microsoft – 5 aquisições
    InMage Systems
    : Perder dados não é legal. O que a InMage faz é que a recuperação ou o armazenamento de informação seja algo suave. Isso inclui o aumento da capacidade de processamento sem a necessidade de backups e o encurtamento do tempo necessário para o Sistema voltar ao normal após uma recuperação de dados.

    Capptain: Falando em dinheiro, é exatamente esse o negócio da empresa russa. Fazer com que o capital investido volte mais polpudo para o bolso. Para isso, a companhia não só usa o tempo que as pessoas gastam com as aplicações na web mas também com o poder delas de retenção.

    Parature: O negócio da Parature é abrir caminhos. Principalmente os que ligam a empresa a seus clientes e desde que passem, claro, pela internet. Se o carro chefe era um software que ligava o portal das companhias à área de suporte, agora esse recurso foi levado para o Facebook e o Twitter.

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Neste blog, os jornalistas de tecnologia do G1 publicam notícias e análises sobre startups, as empresas de tecnologia e inovação em estágio inicial.