Filtrado por Helton Simões Gomes Remover filtro
  • Brasileiros começam a fazer 'mini ofertas de ações' de startups na internet

    Não terá confete caindo do teto nem sino tocando na hora H. O ator Patrick Stewart, o Professor Xavier, dos X-Men, não vai dar as caras como na abertura de capital do Twitter. Apesar de não render a festa das ofertas públicas de ações famosas, os processos de "mini-IPOs" criados por uma startup brasileira já começam a capitalizar empresas iniciantes do país.

    A Broota acrescentou à dinâmica dos IPOs (ofertas públicas iniciais de ação, na sigla em inglês) ingredientes de "crowdfunding", as vaquinhas virtuais feitas em sites como o brasileiro "Catarse" e os gringos "Kickstarter" e "Indiegogo". Não ouse, porém, chamar de "vaquinha para empresas". "É um investimento colaborativo", define o fundador da startup, Frederico Rizzo.

    Frederico Rizzo, empreendedor da startup Broota.Tem pinta de IPO porque uma startup, para se capitalizar, faz uma proposta de valor e a qual fatia de seu capital acionário isso corresponde. "Uma empresa pode captar o mínimo que ela pode precisar para atingir o próximo degrau", diz Rizzo. E mistura "crowdfunding" pois vários investidores podem aportar quantias até que a meta da empresa seja atingida. Não há prazo para a campanha de arrecadação terminar, mas a empresa só leva a grana se atingir o valor estabelecido inicialmente. Isso pode azedar o ânimo do investidor, cujo desembolso mínimo é de R$ 1 mil.

    Para provar o conceito, a Broota foi a primeira empresa a arrecadar recursos por meio da plataforma. Levantou R$ 200 mil. Na semana passada, a empresa que desenvolve apps de livros e games infantis Timokids iniciou sua "mini oferta pública de ações". Pretende também chegar aos R$ 200 mil. Já levantou R$ 80 mil.

    Investimentos colaborativos
    Apesar de a aparência dos "investimentos colaborativos" ser leve, a engrenagem deles não é tão simples. Para respeitar as regras do mercado financeiro, as startups que queiram lançar suas ações na plataforma têm antes de pedir autorização à Comissão de Valores Imobiliários (CVM, o xerife do mercado brasileiro). São cinco as empresas cujos processos estão em fase de análise para entrar no Broota.

    Apenas micro e pequenas empresas podem captar recursos dessa forma que faturam R$ 3,6 milhões por ano. Um companhia pode realizar vários lançamentos de ações, desde que não ultrapasse os R$ 2,4 milhões ao ano.

    Quando um indivíduo investe em uma empresa, ele adquire um Título de Dívida Conversível da empresa, ou seja, se torna credor dela. Se sentir afinidade com o projeto, pode converter o título em participação na empresa.

    Google para startups
    Na plataforma do Broota são dois os perfis. Para seguir as regras da CVM, o investidor deve ter aplicações comprovadas de R$ 300 mil em ativos financeiros. Em sua conta na plataforma, ele deve informar que tipo de negócios procura, qual a área de atuação, quanto já investiu e a média de investimento. Já a startup deve informar sua área de atuação, os trunfos de sua tecnologia ou serviço e quem são os componentes da equipe, além de mentores e investidores.

    A conexão entre investidor e empresas iniciantes somada aos contatos que podem surgir desse relacionamento faz a Broota ser, à primeira vista, descrita como um "LinkdedIn para startups". Segundo Rizzo, a expansão de atividades ampliará o leque de recursos da plataforma, que passará a fornecer aos empreendedores soluções para ajudá-lo a florescer seus negócios e aos donos do dinheiro, dicas de onde colocar sua grana. "Antes de investir numa startup, eu quero saber quais são as startups em que eu posso investir", exemplifica. "Nesse sentido, a gente não seria um LinkedIn para startups, mas um Google para startups."

    Foto: Frederico Rizzo, empreendedor da startup Broota. (Divulgação)

  • Inscrições para programa federal de startups terminam nesta sexta-feira

    As inscrições para a quarta etapa do programa federal de aceleração de startups termina nesta sexta-feira (24).

    O Start-Up Brasil vai selecionar 50 empresas em estágio inicial, que receberão investimento em dinheiro e capacitação de negócios. Conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e administrado pela Softex, o programa foca em companhias intensivas em tecnologia (software e hardware, além de serviços de TI).

    O objetivo é impulsionar novas empresas, por isso elas devem ter até quatro anos de vida. Como nos outros editais, até um quarto das vagas são destinadas a startups de fora do Brasil e que devem vir para o país caso queiram ser aceleradas. (Veja as incrições aqui)

    Dado o adiantado da hora, as startups que forem preencher o questionário de inscrição devem prestar atenção nos critérios técnicos. As brasileiras devem ficar ligadas nas diretrizes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e as gringas, nos requisitos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

    Quando forem selecionadas, e esperamos que sejam, é bom ficarem atentas no período para negociação com as aceleradoras: são 60 dias para escolher aquela que possui o melhor perfil para auxiliar no desenvolvimento da startup, além de acertar os detalhes de participação acionária (sim, esses órgãos condicionam os investimentos a uma fatia na empresa). (Dê uma olhada aqui)

    A aceleração dura 12 meses. Enquanto o governo federal investe até R$ 200 mil, as acelerações podem aportar entre R$ 20 mil e R$ 150 mil. Os empreendedores também recebem auxílio dependendo da capacitação.

  • Dilma e Aécio trocam 'sopapos' no 'Urna Fight', jogo de startup focada em política

    Dilma e Aécio brigam no 'Urna Fight', jogo da startup 'Projeto Brasil', focada na transparência do poder público.À medida que o embate eleitoral vai se aproximando do round final, os candidatos à Presidência protagonizam debates cada vez mais agressivos. Do lado de fora do ringue, há os eleitores que sentem falta de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) falarem das propostas para o futuro do Brasil. Mas tem também os que não abrem mão do clima de corpo-a-corpo e ache que campanha boa é aquela resolvida na base da voadora verbal. Para agradar os partidários de um lado e de outro, de brancos e nulos, a startup Projeto Brasil lançou o jogo “Urna Fight”. Nele, os dois concorrentes trocam sopapos, mas tudo sob a forma de projetos para o país (Veja aqui).

    No ar desde que soou o gongo e o segundo turno começou, o game coloca nas mãos do eleitor a escolha de qual candidato vai desferir os golpes. Só não sabe qual deles vai atacar. Funciona assim: surgem na tela duas propostas sobre um tema crucial para o país; o eleitor escolhe aquela que lhe apetece; com isso, o candidato dono da proposta ataca o adversário, que perde pontos de vida, como em games de luta tipo “Street Fighter”, “Mortal Kombat” e afins.

    O jogo foi uma forma interativa que a Projeto Brasil encontrou de fazer as pessoas enxergarem através dos esbarrões e topadas da luta eleitoral o que realmente interessa: o que vai ser feito do Brasil após a briga?

    Depois do 'fight'
    Criada para surfar nas eleições deste ano, a startup usa tecnologia para fazer cidadãos e políticos discutirem políticas públicas. “No inicio do ano, eu e o Lucas Marques, outro dos fundadores, estávamos discutindo com alguma frequência os problemas da política brasileira. Estávamos pensando como a internet poderia resolver alguns deles, principalmente a questão da representatividade pelo político”, contou ao Start.up o cofundador da Projeto Brasil, Bruno Santos --o projeto tem oito fundadores que tem em comum terem estudado na Universidade Federal de Minas Gerais (Veja todos aqui
    ); Marques trabalha na Méliuz (falamos dela aqui).

    Consultor da Mckinsey e estudante do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Santos explica que os problemas também são os “da falta de informação tanto do cidadão quando vai decidir o voto ou quando vai cobrar o governo quanto dos politicos/governo quando formulam uma política pública e nao têm nenhuma noção de como ela poderia ser recebida pela população”. “Daí veio a ideia de criar uma startup para solucionar esse problema por meio da internet.”

     

    O “Urna Fight” foi o segundo recurso do Projeto. O primeiro foi a apresentaçaõ das biografias e propostas dos candidatos a presidente no primeiro turno. Quando o segundo turno terminar e apenas um dos dois candidatos restar sobre o ringue, a Projeto vai lançar uma plataforma para discutir as propostas do presidente eleito.

     

    Depois do ringue

    A partir do ano que vem, os cidadãos poderão acompanhar o andamento do que está sendo implementado pelo governo e o que está ficando pelo caminho. Nessa fase, governos estaduais e municipais também passarão a ser alvo do escrutínio popular.

     

    “O nosso objetivo é sempre criar ferramentas com elementos e dinâmicas de jogos”, diz Santos. No ano que vem também serão lançados aplicativos para os sistemas iOS e Android. Lançada em agosto, a plataforma já foi acessada por 115 mil visitantes, dos quais 45 mil se cadastraram. As avaliações de propostas já chegaram a 1,2 milhão.

     

    A startup trabalha em plano de negócio. A ideia é “conseguir gerar um número grande de informações sobre as preferências e opiniões da população”. Esses dados serão abertos, mas quem quiser acessá-los de forma estrutura terá de pagar. Para a estratégia funcionar, antes o cidadão terá que comprar essa briga.

     

    Foto:Dilma e Aécio brigam no 'Urna Fight', jogo da startup 'Projeto Brasil', focada na transparência do poder público. (Reprodução)

  • Alemães lançam 'Airbnb para trabalhos domésticos' no Brasil

    Empregadas domésticas que utilizam o Helpling, o 'Airbnb do trabalho doméstico', na Alemanha.
    Para acabar com a indicação de trabalhadores domésticos feita pelo boca a boca, a startup alemã Helpling pulou os Estados Unidos e desembarcou na América primeiro no Brasil. O "Airbnb para trabalhos domésticos" é uma plataforma que conecta pessoas sem tempo para os afazeres do lar a faxineiros, diaristas e afins.

    A comparação com o expoente máximo da chamada economia colaborativa não é um delírio deste blogueiro. O autor dela é Eduardo Küpper, executivo da empresa no Brasil. "Sempre tem alguma empresa que a gente olha e se inspira." No caso da Helpling, foram duas: o que chamou a atenção na plataforma de micro-aluguéis foi a experiência de compra, enquanto o aplicativo de motoristas on demand Uber inspirou pela praticidade e a forma fácil de usar.

    Por onde passam, as duas companhias geram histeria, mas por motivos menos dignos de inspiração: o Airbnb irritou o setor hoteleiro na Califórnia e em Nova York; o Uber fez o mesmo com os taxistas no mundo, no Rio e em São Paulo.

    Segundo Küpper, o Helpling, por sua vez, só coloca na mira o fim do QI (quem indica) para trabalhadores autônomos. Funciona assim: de um lado, os profissionais informam onde moram, quais dias e horário estão disponíveis para trabalhar; do outro, os usuários agendam com pelo menos 24 horas de antecedência quando precisam de uma força; podem escolher qualquer horário entre as 7h e as 23h; a partir daí, o algoritmo criado pela plataforma trata de indicar o profissional apto mais próximo, e pronto. Match!

    Eduardo Küpper, executivo no Brasil da Helpling, que funciona como 'Airbnb para serviços domésticos'.Time que está ganhando
    "Nosso objetivo é facilitar o agendamento dos serviços via internet, fazer com que isso seja muito tranquilo. Queremos aumentar a qualidade de vida das pessoas que trabalham, para trabalhar próximos de onde vivem, e facilitar a vida de quem contrata", afirma o representante da startup no Brasil.

    O serviço foi criado apenas em abril deste ano pelos alemães da Rocket Internet, um fundo de investimento que aposta "em time que está ganhando". Quer dizer:  a firma costuma apostar somente em modelos de negócio que já tiveram sucesso --daí pintarem Airbnb e Uber como santos de cabeça. "O DNA dela é fazer uma industrialização para modelos de negócio crescerem. A gente faz crescer muito mais rápido do que o original", explica Küpper.

    Tanto que, depois da Alemanha, o Helpling foi para Áustria, França, Holanda, Itália e Suécia. Nesses países, reuniu 300 colaboradores, que já realizaram 10 mil serviços até junho. O plano é ter por aqui o mesmo desempenho.

    Natural para um negócio em crescimento, fincar pé nos EUA não foi o passo seguinte. Foi o Brasil o primeiro americano a receber a empresa. O grande mercado consumidor ajudou a endossar a decisão, diz Küpper. Mas também contou a pretensão da Rocket de ser a maior plataforma de internet fora dos EUA e da China.

    Por hora
    Lançado para valer no país no começo de outubro, o Helpling fixa o preço em R$ 24,90 a hora. Uma promoção derrubou a valor para R$ 20,90. Do total pago, 20% fica com a empresa (a título de manutenção da plataforma e das formas de pagamento --cartão de crédito--, marketing e o que a companhia chama de "problemas logísticos" --mandar outro doméstico caso o escolhido não compareça).

    Depois do desembarque por aqui, a Helpling pretende ampliar o atendimento internamente. A atuação já foi estendida de São Paulo  para a região metropolitana da capital paulista e ao Rio. Até o fim do ano, querem levá-lo a Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Baixada Santista e Vale da Paraíba e outras regiões.

    Além disso, até o fim de outubro, devem chegar às lojas de aplicativos para iOS e Android versões para celular da Helpling.

    Foto 1: Empregadas domésticas que utilizam o Helpling, o 'Airbnb do trabalho doméstico', na Alemanha.(Divulgação/Helpling)

    Foto 2: Eduardo Küpper, executivo no Brasil da Helpling, que funciona como 'Airbnb para serviços domésticos'. (Divulgação/Helpling)

  • Startup brasileira dará R$ 50 mil a empreendedores digitais iniciantes

    Israel Salmen e Ofli Guimarães, fundadores do Méliuz, startup que dá reembolsos aos consumidores por produtos comprados.
    Após passar por programa de auxílio a startups, a Méliuz olhou para trás, viu que esses projetos possuíam restrições, coçou o bolso e resolveu ela mesma a ajudar empresas iniciantes. Dará conselhos de negócios e, não menos importante, um "empurrãozinho" de R$ 50 mil a elas.

    A seleção vai ser aberta nesta quarta-feira (15) a partir das 15h --não precisa madrugar! -- e vai permitir que não apenas startups se inscrevam mas também blogueiros. O blog Start.up conversou com Lucas Peloso, diretor de marketing do Méliuz, sobre o programa. Para ele, a startup adepta do chamado "cash back", recompensa em dinheiro a clientes por comprarem determinados produtos em sua plataforma, cria com o programa um "cash back de solidariedade".

    Vindo do Seed, o programa de apoio a startups do Governo de Minas Gerais, Peloso se juntou a Israel Salmen e Ofli Guimarães, cofundadores da startups. Conforme já contamos aqui, os dois foram colher conselhos sobre como conduzir a Méliuz em um desses projetos de auxílio a empresas iniciantes, o Startup Chile. Com história para contar sobre o assuntos, os três discutiam o que podiam fazer por quem estava começando. "O Méliuz cresceu dentro desse ambiente. Nada melhor do que retribuir, e da forma que a gente faz com o cliente. Sem cobrar nada", diz Peloso.

    Saiu desse papo a ideia do concurso para escolher uma startup brasileira para receber conselhos dos profissionais do Méliuz e ser a destinatária de um cheque de R$ 50 mil. O dinheiro investido a fundo perdido não vai dar aos mineiros uma participação na empresa. "Ninguém gosta de dar participação na empresa", diz Peloso. "Quem tem que decidir o que fazer com o dinheiro são os próprios investidores."

    Empreendedores digitais
    No Brasil, o Buscapé também investe em startups, mas concede recursos às empresas em troca de uma fatia de até 30%. Essa iniciativa serviu como inspiração para o Méliuz, com a alteração de que qualquer empreendedor digital pode participar.

    Isso inclui os blogueiros. "A gente que está nesse ramo conversa muito com eles e vários são empreendedores digitais e têm dificuldades", diz, citando o "Hypeness" e o "Nômades Digitais", ambos dos mesmos criadores, como exemplos de sites "que geraram valor para a sociedade". "A ideia é não excluir esses empreendedores digitais previamente."

    Outra diferença para concursos de startups é que as participantes serão conhecidas por todo o público e a selecionada, escolhida por um processo que inclui votação popular. Esse será um dos três critérios. Os outros dois serão as análises dos empreendedores e da ideia da empresa.

    Com a seleção mais aberta e transparente, Peloso espera que, mesmo premiando apenas uma empresa, a Méliuz mostre muitos projetos legais. "Vai sair muita parceira entre startup concorrente."

    Foto: Israel Salmen e Ofli Guimarães, fundadores do Méliuz, startup que dá reembolsos aos consumidores por produtos comprados. (Divulgação)

  • Vitrine on-line de 'roupa com história para contar' terá peças de design e cosméticos

    Central de lojas on-line Roupas S.A. virou Estilo S.A. para reunir também peças de design e cosméticos.

    Após ouvirem as queixas de uma conhecida de que novos estilistas entendiam de costura mas só davam ponto sem nó ao gerenciarem suas lojas próprias, os irmãos Rafael e Guilherme Guandalini criaram o Roupas S.A. O "marketplace, como é chamado o apanhado de lojas no mundo do comércio eletrônico, reúne fabricantes de "roupa com história para contar". Com apenas seis meses de vida, porém, a vitrine on-line ficou pequena. Será ampliada para acomodar fabricantes de cosméticos e designers para virar a Estilo S.A.

    Aberto para valer em abril, o marketplace possui 1,2 mil lojistas. Com a expansão para novas áreas, o sócio-fundador Rafael diz que a expectativa é, pelo menos, dobrar esse número já em um primero momento. isso só com os empresários que estáo na fila. A novidade entra no ar em até dez dias. Até agora, já são 70 mil os clientes cadastrados no site.

    "Durante essa pequena jornada, nosso site agradava quem não tinha espaço na internet. Muitos deles tinham produtos que não eram só de moda", comenta. "Tinha uma que fazia a mesma estampa para camisetas e quadros. Como muita gente com produtos legais que não podiam entrar nos procurou, a gente resolveu expandir."Se hoje a loja conta com 20 mil itens, nas contas de Rafael, poderá chegar a 500 mil até o meio de 2015.

    Rafael Guandalini, fundador da central de lojas on-line Roupas S.A. que virou Estilo S.A. para reunir também peças de design e cosméticos.Para o empresário, o plano é levar a estratégia de expor "produtos com história pra contar" aos outros segmentos. "A gente toma cuidado de ligar para a marca e saber quem está por trás dela."Tudo para evitar que as vitrines do site sejam tomadas por roupa pasteurizada.

    Para ressaltar esse aspecto de seus lojistas, seções do site contam a história do "estilista do mês" e da "loja da vez", para que as mentes por trás das costuram dividam suas ideias sobre as roupas que os clientes compram. Há ainda recursos para ajudar os(as) indecisos(as). Um deles é uma espécie de espelho virtual, em que o cliente pode "provar" a roupa. Com o auxílio da webcam, ele "veste" a peça escolhida. Se isso não der certo, pode recorrer ao serviço de personal stylist (pago) -- nascido a partir das dúvidas dos consumidores enviadas pelo chat do site, o serviço é um exemplo para quem não sabe como aproveitar feedbacks: a empresa recebia mais perguntas sobre moda do que sobre detalhes técnicos e transacionais do site. "As pessoas tinham essa necessidade de saber o que fica bem nelas", resume Rafael.

    A comissão de 20% do valor da venda (sem incluir o frete) é cobrada dos lojistas. A estimativa era que o marketplace faturasse R$ 1 milhão nesse primeiro ano. Como só começou a operar de fato em abril por ter enfrentado problemas técnicos nos primeiros quatro meses do ano, perderam tempo. Segundo Rafael, já atingiram de 60% a 70% da meta.

    Se antes o Roupas S.A. atuava apenas no segmento de moda e acessórios, responsável por 18% das vendas do comércio eletrônico brasileiro, ao se tornar Estilo S.A., leva para dentro da lojinha outro forte categoria, a de cosméticos e perfumaria, que responde por outros 16%. Detalhe: varejo virtual nacional movimenta R$ 31 bilhões, segundo o e-bit. Nessa toada, o Estilo S.A. amplia a atuação para ir de loja de "roupa com história para contar" a site com muito dinheiro para contar.

    Foto 1: Central de lojas on-line Roupas S.A. virou Estilo S.A. para reunir também peças de design e cosméticos. (Divulgação/Estilo S.A.)

    Foto 2: Rafael Guandalini, fundador da central de lojas on-line Roupas S.A. que virou Estilo S.A. para reunir também peças de design e cosméticos. (Divulgação/Estilo S.A.)

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Neste blog, os jornalistas de tecnologia do G1 publicam notícias e análises sobre startups, as empresas de tecnologia e inovação em estágio inicial.