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  • Com desconto e 'grana promocional' de site, clientes economizam R$ 1 milhão

    Os internautas que fizeram compras por meio do site Meliuz economizaram R$ 1 milhão entre julho e setembro.

    O desafogo milionário no bolso dos consumidores não ocorreu porque a plataforma é uma daquelas que exibem as melhores ofertas e fazem o meio de campo entre clientes e produtos com um preço baratinho, baratinho --qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência--, mas devido à política de desconto e de "cash back" da Meliuz.

    A startup introduz em seu modelo de negócio a lógica do "ganha-ganha". Israel Salmen, um dos fundadores, explica: ganham as lojas parceiras (são 900, no total), que aumentam as vendas e tornam os consumidores mais fiéis; ganha o Meliuz, que, com o fluxo crescente de clientes, aumenta seu poder de atração de novas varejistas e, com isso, o potencial de de receita; ganham os clientes, que conseguem salvar um trocado.

    Com os cupons de desconto, os compradores podem abater até 50% do valor dos produtos comprados pela plataforma e podem receber ainda uma "grana promocional", que varia de 1% a 35% do valor total gasto, por meio do chamado "cash back".

    Da grana economizada, 70% foram meio dos cupons e o restante via "cash back" --os resgates são depositados diretamente na conta do cliente quando atingem R$ 20 em créditos.

    Mais de 100 mil clientes estão cadastrados no site, mas a quantia de de R$ 1 milhão economizada foi usufruída por 26 mil compradores, pouco mais de um quarto do total.

    Isso alimenta o otimismo da equipe do Meliuz, que espera fazer seus usuários economizar até R$ 3 milhões nos últimos três meses do ano. Eventos como a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro, que botam fogo no comércio eletrônico, estão no horizonte para colaborar com o aumento do montante de dinheiro salvo.

    Chile
    Apesar do desempenho, nem sempre o negócio da Meliuz foi esse. A brincadeira do início do texto poderia muito bem descrever parte das atividades da Meliuz, que já tem dois anos, no início da carreira. Antes, a startup se dividia entre ser uma comparadora de preços e executar o "cash back".

    O Meliuz passou pelo programa do governo do Chile para startups, entre outubro de 2012 e abril de 2013. "Foi lá que a coisa clareou para nós. O ambiente é uma coisa espetacular. A gente vive o negócio muito mais intensamente do que a gente vivia aqui no Brasil", disse Salmen.

    Além de arredondar o modelo de negócio da Meliuz, durante a passagem pelo Chile, Salmen e Guimarães ajudaram o governo brasileiro a compreender como o Startup Chile funcionava.

    Acontece que a iniciativa chilena é um dos modelos de incentivo à inovação em empresas emergentes tomadas como base pelo governo do Brasil para formatar o Startup Brasil.

    De volta ao Brasil, o Meliuz retornou a Belo Horizonte e faz parte do San Pedro Valley. A comparação com o Vale do Silício (Silicon Valley) começou como uma brincadeira, feita por amigos que moravam no bairro de São Pedro, da capital mineira, e possuíam startups. A coisa cresceu e já até criaram um mapa para localizar todas as empresas.

    ps. Devemos um post aos mineiros tecnológicos do bairro de São Pedro.


  • Geekie e Nativoo passam para etapa latina de desafio de startups da IBM

    As startups Geekie e Nativoo foram as escolhidas nesta quinta-feira (3) para representar o Brasil na etapa latino-americana do programa global de empreendedorismo da IBM.

    O anúncio dos selecionados do SmartCamp ocorreu nesta tarde em evento no Rio de Janeiro. Cinco empresas emergentes estavam no páreo (veja abaixo), após serem peneiradas de uma lista de mais de 300 startups. Participaram do júri não só executivos da IBM como também empreendedores, investidores e acadêmicos, entre os quais Felipe Matos, da Startup Farm e diretor de operações do programa Startups Brasil, do governo federal, e Luciano Pantuso, do Fundo Criatec.

    A Geekie é a startup de tecnologia aplicada à educação responsável pela “Geekie Games- O desafio do Enem”, um simulado para o Exame Nacional do Ensino Médio que é divulgado pelo G1 (saiba mais). A plataforma digital da empresa identifica quais são os conteúdos em que os alunos mais têm dificuldade, além de comparar o desempenho do estudante.

    Já a Nativoo criou um sistema que traça o roteiro de viagens, de acordo com as preferências dos viajantes, considerando desde o tipo (negócios, turismo, etc) até se mais uma pessoa irá junto. São sugeridos desde os lugares de hospedagem até locais para se visitar.

    As duas empresas participarão da fase do SmartCamp da América Latina, que ocorre em 12 e 13 de novembro deste ano. As vencedoras vão ao Vale do Silício, na Califórnia (EUA), para a final mundial, em 4 de fevereiro em 2014.

    Os vencedores recebem o título de IBM Global Entreprenuer of the Year que transforma a companhia em uma parceira da IBM. Vencedora da etapa brasileira do campeonato e eleita vitoriosa pela votação popular nos EUA em 2011, a IDXP, que analisa dados do varejo, recebeu um investimento pouco depois da premiação

    As outras finalistas são:

    BovControl
    Por meio de aplicações móveis, computação em nuvem e ferramentas de análise de grandes massas de dados, o BovControl oferece um sistema de controle on-line aos pecuaristas. Os dados são coletados por celulares e tablets no campo.

    Intoo
    O Intoo fornecer às pequenas e médias empresas cotações de crédito para capital de giro e antecipação de duplicatas, a partir de uma pesquisa automatizada nas opções de vários bancos.

    Simbio
    A empresa disponibiliza um sistema de gestão simplificado, que simplifica os processos de um negócio. O foco da Simbio são empresas de educação, finanças e gestão administrativa.


  • Executivos deixam compra coletiva para apostar em app de TV social

    Zapear, sim. Mas no celular. Uma equipe de executivos que trouxeram o Groupon para o Brasil–e com ele as compras coletivas– quer agora criar uma nova febre entre os brasileiros, a da TV social.

    Apesar de já existir TVs inteligentes, que executam funções de fazer computadores queimarem os discos rígidos, há uma corrente no mundo da tecnologia que defende a interação em uma segunda tela (ou terceira, ou quarta, ou...) É isso o que faz o Sappos, um aplicativo que faz da programação de TV uma rede social.

    "Na primeira tela você assiste o conteúdo e é na segunda tela onde acontecem as interações", explica Raphael Lejume, um dos cofundadores da empresa.

    Além dos horários da grade, o app permite fazer check-in em um programa (sinalizar que está assistindo)e fazer comentários sobre ele. "Você pode falar sobre TV no Facebook ou no Twitter. Mas a gente está criando uma plataforma dedicada somente pra isso.”, diz Lejeune.

    Dentro de 30 dias, diz, o app começará a vender produtos relacionados à programação da TV que o usuário diz estar vendo. “Um box de [da série] ‘Two and a Half Men’, a trilha sonora da novela ou a roupa de algum personagem está usando”, exemplifica Thiago Navarro Amorim, outro fundador. Além disso, está em fase de desenvolvimento uma funcionalidade que permitirá aos espectadores conversarem sobre determinado programa dentro do app (Veja o vídeo abaixo).

    Disponível para iPhones e iPads, o app chega nesta semana para os aparelhos que rodam o sistema Android.

    Pensando no app como a plataforma para se falar de TV, Lejeune compara o que poderá ser o Sappos com como o Instagram já é visto pelos apreciadores de fotografias. “A interação é construída pra falar sobre TV.”

    Lejeune, ex-diretor de planejamento do Groupon, e Amorim, ex-diretor de novos negócios, fundaram o app junto de outros três ex-executivos do site de compras coletivas: Alex Takayma (tecnologia), Gutemberg Fragoso (financeiro) e o alemão Felix Scheuffelen, um dos fundadores do site.

    “Estamos fazendo com a TV social mais ou menos o que fizemos com o Groupon”, diz Amorim. Aos navegantes de primeira viagem que ouviram falar em compras coletivas pela primeira vez em vídeos de humor: o Groupon foi o criador desse modelo de varejo, que explodiu no Mundo antes de aportar no Brasil e ser replicado em outros sites; em 2011, abriu capital na Bolsa, ao levantar US$ 700 milhões, no que foi a maior operação para uma empresa de internet desde o Google.

    Nos Estados Unidos, o aplicativo Getblue já é um bom exemplo do que o Sappos quer fazer no Brasil. No Reino Unido, o Zeebox idem.

    Com o intuito de cruzar duas paixões do brasileiro, a TV e as redes sociais, o Sappos possui uma vantagem. “A penetração da TV é muito grande. não existe essa relação do brasileiro com a TV na Europa”, diz Amorim. Além disso, a empresa quer surfar na onda dos smartphones, que caem cada vez mais no gosto do brasileiro –suas vendas superaram a de celulares tradicionais pela 1ª vez no segundo trimestre de 2013.

    A aposta em uma empresa de um nicho completamente diferente também mostra que, no mundo das startups, mudar nem sempre é uma opção, mas, ás vezes, uma necessidade.


  • Programa de startup vai permitir o 'repatriamento' de brasileiros

    O processo de inscrição para a próxima etapa do programa nacional de startups, que será realizada em 2014, será reformulado para permitir a participação de brasileiros que morem no exterior. Também serão criados mecanismos para que empresas de tecnologia antigas que tenham novas ideias de negócio, antes vedadas no programa, possam se inscrever.

    Na etapa corrente do Startup Brasil, que apresentou nesta segunda-feira (29) as primeiras empresas selecionadas, as cláusulas do edital nacional restringem a inscrição aos brasileiros que morem no Brasil. O programa possui ainda uma vertente internacional para atrair empresas estrangeiras.

    “Os brasileiros que moram fora do país acabavam caindo em um limbo. Tinha muita gente que, por exemplo, não tinha mais CPF válido”, disse Flávia Egypto, da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento (Apex). A entidade coordena a frente internacional da iniciativa. O próximo edital, lançado em 2014, conterá formas de repatriar os brasileiros.

    Segundo o cronograma do Startup Brasil, a nova etapa do programa começará em março do ano que vem.

    Outro ponto que deve ser alterado é a idade limite de criação das empresas que podem participar da iniciativa. O atual edital permite que apenas startups com até três anos de vida pudessem participar.

    Como a “idade” era medida pela data de registro do CNPJ da empresa, a cláusula impediu que companhias de tecnologia mais antigas ou mesmo que pudessem participar do processo as chamadas “spinoffs”, negócios novos nascidos dentro de empresas.

    “Empresas com CNPJs antigos que possuíssem ideias novas não podiam participar. Vamos alterar isso”, disse Felipe Matos, diretor operacional do programa Startup Brasil.

    A exigência de possuir um CNPJ, outra reclamação das startups, no entanto, não será alterada. “Não vamos mexer na questão do CNPJ. Se a empresa não está nem disposta a se registrar, talvez não esteja pronta para o Startup Brasil”.


  • Sistema traz transparência à administração de fundos de investimento

    Quem visita o site da Comissão de Valores Mobiliários sabe: não é qualquer um que entra lá e acha informações sobre fundos de investimento (veja você mesmo aqui). Nem todo mundo que quer começar a investir sabe o CNPJ de uma instituição administradora ou os tipos de fundo disponíveis. Sabendo disso, três advogados financeiros se tornaram empresários e abriram uma startup para mudar a situação.

    A Comparação de Fundos (acesse aqui) tem o objetivo de tornar mais transparente esse processo de escolha e administração de fundos de investimento, para quebrar a lógica de um “mercado que fala muito para si mesmo”. “Criamos um ‘robô’ que se comunica diretamente com o ‘robô’ do site da Comissão e hospedamos as informações num sistema novo, com uma interface amigável”, explica Felipe Sotto-Maior, o carioca do grupo de fundadores. Na liderança da Comparação de Fundos, Sotto-Maior está junto com o paulista Daniel Resende e o mineiro Daniel Ávila.

    Segundo eles, as informações dos fundos disponibilizadas pela Comissão de Valores Mobiliários são pesadas e foi preciso criar uma arquitetura da informação específica, para sustentar a demanda de dados. “A gente armazena as informações na nuvem, pra tornar a análise dos fundos mais rápida. Foi preciso um ano de desenvolvimento para criar o sistema como ele é hoje”, explica Ávila.

    Os três estudaram juntos na Faculdade de Direito da USP e se envolveram com a área de estruturação de fundos de investimento ainda na faculdade. Eles ajudavam os centros acadêmicos a investir e administrar suas arrecadações. O interesse pela área cresceu e o projeto que acabaria se tornando a Comparação de Fundos foi criado. O site foi ao ar em janeiro de 2012.

    “O serviço é aberto e gratuito. Ele funciona como um sistema de transparência do mercado”, conta Sotto-Maior. Quem entra no site, coloca informações sobre seu perfil de investimento e o quanto pretende aplicar. Em seguida, o investidor em potencial recebe uma ligação da equipe do site com as melhores opções e um relatório sobre os fundos por e-mail.

    A startup tem parceria com mais de 30 gestoras de investimentos, mas a equipe conta que também aloca dinheiro em empresas com quem não tem parceria. Tudo depende das necessidades do possível investidor diante dos 11 mil fundos do país, dizem os diretores da empresa.

    Para gerar receita, a Comparação de Fundos recebe um pedaço da taxa de administração do investimento, se o usuário fechar o negócio por meio do site. A startup é formada por sete pessoas, que ficam em um escritório em São Paulo.

    Por enquanto, dizem os sócios, o modelo está funcionando bem e é preciso apenas aparar arestas. “Estamos na fase de melhorias e aumentar a equipe”, conta Sotto-Maior. “A gente cresceu mais do que imaginava”, explica. Segundo ele, a Comparação de Fundos fechou 2012 cuidando de R$ 35 milhões de seus clientes.


  • Startup que surgiu em mestrado da USP começa a expandir negócios para a Europa

    A ideia que surgiu na conclusão do mestrado de Daniel Uchôa, de 32 anos, acabou crescendo tanto como empresa que agora se expande para a Europa. Uchôa e seu irmão Rafael, de 27 anos, criaram em 2009 a OvermediaCast, uma empresa que analisa o comportamento de quem assiste a vídeos na internet (acesse aqui).

    Daniel, que hoje é CEO da empresa, lembra que o início de tudo foi quando ele concluiu seu mestrado na USP, ainda em 2009, e desenvolveu um projeto com uma tecnologia para acelerar a distribuição de vídeos na internet. Determinado a transformar o projeto em produto, ele conseguiu recursos e abriu a empresa em 2010.

    Mas, como muitos empreendedores percebem na prática, nem sempre a ideia inicial é a que melhor funciona no mercado. “Eu senti que o mercado não queria aquela distribuição e outras empresas já dominavam o mercado”, conta. Foi o momento em que ele decidiu virar o barco em outra direção: “Paramos tudo e repensamos o modelo”.

    Em 2010, Daniel e Rafael começaram a desenvolver o produto que é a OvermediaCast hoje. “Percebemos que o próximo passo na cadeia de vídeos on-line era a análise do comportamento e do perfil da audiência”, disse o empresário. Em fevereiro de 2012, a primeira versão de testes estava no ar.

    Daniel explica que a ferramenta permite que o usuário que coloca imagens na internet acompanhe todo o ciclo do vídeo até ele chegar ao usuário final. São disponibilizadas informações mais gerais – como o número e a origem dos acessos –, mas o diferencial da empresa é no uso da inteligência artificial para estudar o engajamento dos usuários.

    “Sabemos se ele assistiu até o fim, quais são as cenas mais ‘quentes’ e quais os trechos mais vistos”, conta. Em um terceiro nível, a OvermediaCast revela dados demográficos de quem vê o vídeo on-line. “A gente pega o histórico de vídeos, usa inteligência artificial e faz o mapeamento do perfil dele, sem sabermos quem é a pessoa”, explica o CEO. Assim, Daniel conta que o dono do vídeo fica sabendo mais sobre seu espectador: suas categorias de interesse, se ele se engaja ou não e se ele compartilha vídeos em redes sociais.

    Tudo isso é monitorado por um cookie instalado no computador de quem assiste aos vídeos, de maneira anônima. “Agora, se o usuário autorizar que a gente colete informações pessoais, podemos expandir isso”, diz Daniel. A OvermediaCast oferece aplicativos sociais que dão ferramentas extras para quem decide compartilhar seus dados. “Ao aceitar os termos, a gente deixa bem claro quais dados ele está nos fornecendo”, ressalta o empresário. Com a autorização do espectador, a startup consegue expandir seu mapeamento para categorias como gênero, faixa etária e nível de influência nas redes sociais.

    Com a ideia em mãos, a startup cresceu. Já são quatro funcionários e dois investidores, além de uma equipe de marketing terceirizada trabalhando. Em outubro de 2012, a empresa fechou uma parceria com a brasileira Videolog, para oferecer o serviço de monitoramento para quem publica vídeos na plataforma.

    “Monitoramos 8 milhões de acessos a vídeos por mês, atualmente”, conta Daniel. Segundo ele, são 800 mil usuários publicando vídeos com a disponibilidade dos serviços da OvermediaCast. “Com a nossa ferramenta, quem publica vídeos consegue aumentar sua audiência e divulgar os vídeos em vários canais de marketing em um clique só”, explica. Os serviços da startup são gratuitos até um certo ponto para os usuários do Videolog – a partir de um determinado número de acessos, é preciso pagar R$ 9,90 pelo uso.

    Após fechar a parceria local, a OvermediaCast colocou os olhos no mercado europeu e já abriu uma sede em Londres. Rafael Uchôa lidera a equipe por lá e tenta fechar parcerias em países como Portugal e Espanha, além da própria Inglaterra. Facilitou a abertura do escritório internacional o fato de a startup ser acelerada pela Wayra, da Telefónica, já que a própria aceleradora tem escritórios em todo o mundo e dá apoio para a expansão. “Estamos usando a equipe do Wayra Londres”, conta Daniel.

    Desde que fechou parceria com o Videolog, a OvermediaCast começou a gerar receita. “Para este ano, estimamos o faturamento de R$ 2,5 milhões, considerando já as parcerias a serem feitas na Europa”, conta o CEO.


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Neste blog, os jornalistas de tecnologia do G1 publicam notícias e análises sobre startups, as empresas de tecnologia e inovação em estágio inicial.