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  • Startup cria site de comércio de games focado na gamificação

    Comprar, vender e trocar games usados é uma alternativa para os gamers brasileiros para ter jogos para consoles por um preço mais acessível. Transformar este comércio virtual em um jogo de videogame é a ideia do site "Gamefik.com.br" (lê-se "gamefica") em que, quanto mais o usuário participa, mais vantagens ele recebe, como as premiações e badges, similares ao do Foursquare que aumentam sua reputação.

    De acordo com os criadores, o site é uma plataforma que traz uma experiência divertida e segura para comercializar games no Brasil.

    Com a F2 Investimentos como incubadora e com João Ramirez, criador do site de compras coletivas ClickOn como mentor, os quatro sócios do Gamefik, Luan Li, Leonardo Theodoro, Gustavo Felipe e Yuri Marques lançaram o site em fase de testes em julho. Mesmo com pouca divulgação, eles já possuem 5 mil usuários e esperam alcançar 100 mil quando o serviço for lançado oficialmente - a previsão é para fevereiro de 2014.

    "A ideia do site foi criar uma negociação de troca de jogos mais prática para que os jogadores possam se desfazer de jogos que já terminaram que conseguir títulos novos", explica Leonardo Theodoro, um dos sócios, ao G1. "A gamificação é o diferencial. Quanto mais compra, vende, troca e comenta, o usuário tem mais interação dentro da plataforma. Isso faz com que ele ganhe descontos e um destaque maior dentro do site, fora as premiações que ele pode receber".

    O Gamefik tem um algoritmo que identifica quais os jogos mais comentados e desejados do momento (contanto com lançamentos e games mais antigos) e os apresenta na tela inicial. Ao fazer o cadastro, o jogador pode montar uma espécie de biblioteca virtual com seus jogos. A partir deste ponto, também, o usuário pode escolher em vender ou trocar os jogos desta biblioteca.

    Os usuários podem avaliar os jogos por meio de estrelas e há páginas para cada um deles com uma descrição, foto e vídeo. Nesta página também há a nota média do game do site "Metacritic", quantas pessoas têm o jogo em questão, quantos querem comprar e quantos querem vender dentro do site. Ao se cadastrar no site, comprar, vender e/ou trocar jogos o usuário ganha badges, criando uma reputação dentro do serviço.

    Theodoro afirma que o Gamefik irá monitorar o valor dos jogos comercializados na plataforma para evitar que eles sejam vendidos por valores acima do mercado. "Tentaremos, principalmente com as lojas, puxar os preços sempre para baixo".  O site fica com entre 15% e 30%  do valor do jogo vendido.

    É aí que entra outro diferencial do Gamefik. Quanto mais o usuário usar a plataforma, menos ele deve pagar de taxa ao site. O serviço também garante o pagamento apenas quando o jogo chegar em mãos. "Caso ocorra qualquer problema na transação, nós devolvemos o dinheiro ao comprador. Garantimos que o usuário não terá dor de cabeça", explica o sócio.


  • Estúdio de Brasília entra em site para financiar game 'Chroma Squad'


    O estúdio Behold, uma startup de Brasília, entrou no site "Kickstarter" de crowdfunding para financiar o lançamento de um game para PC um tanto quanto inusitado: nele, o jogador deve administrar um estúdio que gravação de seriados de super-heróis japoneses ('super sentais') ao mesmo tempo em que deve participar de batalhas contra monstros poderosos. Mas para que "Chroma Squad", nome do jogo com visual retrô, veja a luz do dia, a startup precisa alcançar a meta de US$ 55 mil.

    A tarefa não deve ser das mais complicadas já que, em cinco dias do início da campanha com divulgação em redes sociais, a equipe de sete pessoas - que inclui os quatro sócios - já tem mais de 1,6 mil apoiadores, os chamados "backers", e arrecadou mais da metade do valor necessário. Até a publicação deste post, o game já tinha mais de US$ 37 mil de investimento.

    Esta é a primeira vez que a Behold aposta no site de norte-americano de financiamentos para poder criar um jogo. "Uma das razões para ter escolhido o 'Kickstarter' foi para gerar uma comunidade interessada, que seguisse o game, e para gerar uma grande repercussão, que está acontecendo. Claro, também queríamos gerar a renda para fazer o jogo", disse ao Start.up Guilherme Henrique Mazzaro da Matta, 28 anos, que além de sócio é programador de "Chroma Squad". "Estamos bem confiantes de que vamos alcançar a meta".

    No Kickstarter os interessados podem doar um valor para apoiar o game. Para conseguir uma cópia do jogo, o interessado tem que pagar US$ 15 (pouco mais de R$ 30). Após o lançamento, a previsão é vender o game por meio de um hotsite.

    O esquema de jogo de "Chroma Squad" será baseados e episódios em que o jogador deverá realizar certos objetivos e é dividido em três partes: na primeira, o jogador terá que administrar um estúdio que grava seriados de 'super sentais', levando em conta o que será necessário em termos de equipamentos para gravar o episódio do seriado. Será possível comprar microfones, que melhoram a qualidade do áudio, montar fantasias e usar fogos de artifício para os efeitos especiais. Até o marketing o jogador deverá administrar.

    Na segunda parte, quando o episódio é gravado, o game se torna um RPG tático similar a "Final Fantasy Tacticts". Nesse momento, os cinco heróis coloridos que lembram "Changeman", "Flashman" e "Power Rangers" terão que usar habilidades para enfrentar os inimigos e monstros. Os gamers deverão escolher golpes e habilidades especiais para vencer estes confrontos que são gravados para o episódio do seriado de TV. O funcionamento da terceira parte ainda é segredo, segundo o sócio, mas envolverá a luta de robôs gigantes, tradicional dos seriados japoneses, com outro tipo de jogabilidade.

    O "Chroma Squad" já está em desenvolvimento há dois meses. "Preparamos um pouco do jogo e depois focamos a equipa pare a campanha do 'Kickstarter'. Deu bastante trabalho para criá-la", diz o sócio. "A ideia surgiu de um dos membros da equipe, que disse que a Behold precisava fazer um game sobre sentais. Começamos a ampliar a ideia e gostamos do que foi discutido. Faltam games teste tipo e achamos que seria uma ótima oportunidade de seguir essa temática".

    A Behold lançou outro game chamado "Knights of Pen and Paper" pela publisher Paradox. Matta explica que o game foi feito em um período de oito meses, quando o grupo usava a internet grátis de uma livraria, para onde iam todos os dias. O título tem versões para PC, sistemas iOS e Android e já vendeu mais de 500 mil cópias, sem contar as vendas pela loja virtual Steam.


  • Startup brasileira entra em site de financiamento para lançar jogo

    Por Gustavo Petró

    Criar jogos de videogame no Brasil não é tarefa das mais fáceis por conta do alto valor de se criar um jogo eletrônico. Mas para conseguir colocar suas criações no mercado, a startup m.gaia, de Bauru, no interior paulista, aposta em um método para arrecadar fundos que é bastante popular nos Estados Unidos: entraram com um pedido no site “Kickstarter”.

    A entrada no site tem como objetivo lançar seu mais novo game, “Soul Gambler” (clique aqui para acessar a página), uma aventura para PC, smartphones e tablets com os sistemas Android, iOS e Windows Phone. O m.gaia studio pediu US$ 5 mil em doações – valor que deve ser batido nos quatro dias que faltam para o encerramento da proposta.

    “Soul Gambler” é uma história interativa inspirada no conto “Fausto”, de Goethe, que fala sobre um homem que vendeu sua alma a Mefestófolis, o diabo. No jogo, o personagem Fausto vende a alma e entra em uma aventura para recuperá-la. Ao longo da história, que tem versões em inglês e em português, o jogador deve fazer escolhas fundamentais que alteram os rumos do game.

    “A ideia [para criar ‘Soul Gambler’] era fazer um jogo diferente, mais focado na história do que as outras linhas de games mais simples, focados na habilidade do jogador, como ‘Angry Birds’. Queríamos entrar no nicho das histórias móveis”, conta Tulio Soria, um dos sócios do m.gaia. “O game cria um nicho de contar histórias em dispositivos móveis, que não existe. Distribuir games de graça não era um modelo que estávamos trabalhando. Lançamos um capítulo gratuito e, após conseguir a meta do ‘Kickstarter’, vamos continuar fazendo novos capítulos”, explica Soria.

    O estúdio foi fundado após Soria e colegas terem vencido a competição tecnológica Imagine Cup em 2008 com o game “City Rain”.

    O jogo foi desenvolvido em código HTML5, permitindo que ele rode em diversas plataformas. Uma demonstração gratuita já está disponível (clique aqui para acessar). Uma demonstração gratuita, com um capítulo do jogo foi lançada no dia 17 de dezembro de 2012 (clique aqui para baixar a versão de PC). “Queríamos testar a popularidade do jogo sem nenhuma divulgação”, diz o executivo. Na quarta-feira (9), já haviam sido feitos mais de 40 mil downloads do game, segundo dados fornecidos pelo m.gaia ao G1.

    Dois fatos surpreenderam: o game ter tido mais de 23 mil downloads para o sistema Windows Phone – que não é muito popular – e ter obtido apenas 261 downloads na loja Google Play, dos smartphones com sistema Android. Para iOS, foram mais de 12 mil downloads.

    Soria afirma que o “Kickstarter”, que não funciona no Brasil, se tornou uma ferramenta importante para desenvolvedores de games de todo o mundo, que podem conseguir fundos para seus projetos que, de outra maneira, não seria possível. “A comunidade do site é muito forte e divulga os trabalhos apresentados lá. São jogos que as grandes empresas não têm vontade de investir. É um modo de falar diretamente com o consumidor e entregar o que ele deseja”.

    Após a meta alcançada no “Kickstarter”, “Soul Gambler” será lançado em junho por US$ 5 para PC, smartphones e tablets. O m.gaia vai criar mais capítulos para terminar a história e a meta é investir neste gênero de games. “Passamos um ano e meio desenvolvendo um motor para usar em jogos de história interativa. Após o lançamento de ‘Soul Gambler’, queremos criar novos títulos similares com esta ferramenta”.

     


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Neste blog, os jornalistas de tecnologia do G1 publicam notícias e análises sobre startups, as empresas de tecnologia e inovação em estágio inicial.