‘Etsy brasileiro’ diz que não quer ser a versão on-line da feirinha hippie
Criado em março de 2008, o Elo7 funciona como uma espécie de versão nacional do Etsy, site americano famoso por possibilitar a comercialização de produtos artesanais, mas a ideia não é trazer pro on-line o que as feirinhas hippies fazem no “off-line”, explica Carlos Curioni, CEO da startup, em entrevista exclusiva ao Start.up.
“Os nossos artesãos acabam virando pequenos empreendedores”, conta. Curioni lembra a história de Vanessa Bianco, uma das artesãs da comunidade, que teve uma gravidez de risco e precisou deixar seu trabalho para ficar em casa. “Ela começou a tricotar de casa e agora vive disso”, lembra. O executivo conta que 98% dos artesãos brasileiros ainda estão aomente no mundo off-line –o mercado do artesanato movimenta R$ 28 bilhões por ano no Brasil, diz Curioni.
Para vender seus produtos no Elo7, o artesão precisa pagar uma anuidade de R$ 30. Além disso, 12% do valor arrecadado com a venda do produto fica para a empresa. Curioni conta que o produto a ser vendido no site tem que ser produzido em pequena escala e não pode ser uma revenda –a fiscalização fica por conta da comunidade.
O CEO diz que as categorias de produtos mais vendidas envolvem áreas como decoração, vestuário, acessórios, festas e itens relacionados a bebês e casamentos. “Uma coisa que é muito do brasileiro é a ‘lembrancinha’ para a festa”, conta o executivo.
Curioni conta que um dos diferenciais de sua plataforma é que os compradores interessados podem entrar em contato com o artesão e negociar preços ou pedir pequenas mudanças nos produtos. Ele afirma que o tratamento do artesão é mais personalizado na hora da compra.
Após duas rodadas de investimento, a Elo7 anunciou também a compra da argentina Bixti, com os planos de expandir seu negócio para toda a América latina. Já são 28 funcionários empregados nos dois países, diz o CEO.