• Gerenciador brasileiro de blogs concorre a prêmio da Evernote de startup do ano

    Os cofundadores da startup Blogo, um gerenciador de blogs: Renan Protector, Ivan Neto e Amure Pinho.
    Ressuscitado da era de ouro dos blogueiros -- já podemos falar com esse saudosismo todo? --, um gerenciador brasileiro de blogs concorre ao prêmio de startup de 2014 no concurso da Evernote, empresa norte-americana que desenvolve o aplicativo para lembrar os usuários das coisas (leiam-se: textos, artigos, citações etc).

    O Blogo surgiu em 2008 e depois sumiu. Foi relançado para valer em agosto e já chamou a atenção da companhia do Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Não é à toa que concorre ao Evernote Platform Awards 2014. Vejam só: em uma plataforma só é possível administrar vários blog, que podem estar hospedados no WordPress, Tumblr ou Blogger. Também é possível dispensar o Photoshop -- sorry, Adobe -- e editar fotos lá também: cortar imagens, aplicar filtros, ajustar brilho e contrasta, além de redimensionar o tamanho.

    Blogo, gerenciador brasileiro de blogs, possui conexão com o app Evernote.Para facilitar, há um único lugar para moderar os comentários. Com a instalação de uma extensão nos navegadores (por enquanto: Chrome e Safari; em breve: Firefox e Opera) é possível incorporar diretamente em uma postagem os links, imagens e vídeos interessantes achados pela internet afora, além de enviar ao post citações -- com as fontes já incluídas. O aplicativo é apenas para Macs -- sorry, Windows. É possível baixar o app de graça até esta sexta-feira (15).

    Mas não é por nada disso -- ou melhor, é também por isso -- que o Blogo entrou na mira da Evernote. O gerenciador tem uma conexão com o aplicativo que permite ao blogueiro criar conteúdos a partir de qualquer aparelho. E também facilita o trabalho dos profissionais da escrita.

    Funciona assim: ao iniciar o Blogo, é possível associar uma conta do Evernote; a partir daí, é possível escrever posts de blog em todo tipo de aparelho (computador, smartphone ou tablet) por meio do app da Evernote; para que o conteúdo chegue ao Blogo, basta sincronizar com o app. Só não dá para publicar: isso só pode ser feito no Blogo.

    Para levar o caneco, o Blogo vai ter que reunir mais votos para bater o Swiper (um app da Dinamarca que administra tarefas para iPhones e iPads), o Gneo (um app da Irlanda para iPhones e iPads que organiza afazeres), o Refresh (um app dos Estados Unidos para iPhones que ajuda a preparar para reuniões), o Do (uma aplicação web dos Estados Unidos para organizar reuniões) e o Olset (uma aplicação web dos Estados Unidos que sugere hotéis baseada em notas no Evernote).

    A disputa parece que vai ser dura. Segundo a Evernote, no entanto, ter uma startup brasileira entre as finalistas já mostra o comprometimento dos empreendedores do país em se destacar no resto do mundo. Dá para votar no Blogo e levar os brasileiros para o alto do pódio -- vai ter pódio, produção? Confirma? Que seja: o link para a votação é esse aqui ó. Os vencedores serão revelados em setembro durante a Conferência Anual da Evernote.

    Foto 1: Os cofundadores da startup Blogo, um gerenciador de blogs: Renan Protector, Ivan Neto e Amure Pinho. (Divulgação/Blogo)

    Foto 2: Blogo, gerenciador brasileiro de blogs, possui conexão com o app Evernote. (Divulgação/Blogo)

    Foto 3: Blogo, gerenciador brasileiro de blogs. (Divulgação/Blogo)

    Blogo, gerenciador brasileiro de blogs.

  • Investidor anjo brasileiro aposta R$ 687 mil em cada startup apoiada

    Cassio Spina, fundador da associação Anjos do Brasil, durante 2º Congresso de Investimento Anjo.
    Auréolas, rostinhos rosados, asas plumosas e aparições relâmpago em momentos cruciais. Esqueça todas essas características angelicais quando o assunto for investidor anjo, um tipo especial de financiador de startups. Okay, nem todas. Como aparecem logo no início da vida da empresa iniciante, o surgimento deles ocorre em uma situação crítica – para algumas startups, um milagre. Em 2013, esses investidores apostaram em média R$ 697 mil em cada companhia, de acordo com um perfil elaborado pela associação Anjos do Brasil e apresentada nesta quarta-feira (13) em um congresso em São Paulo.

    Essa é a segunda edição do levantamento. O retrato do investidor anjo permanece o mesmo: a enorme maioria é homem (95%), abaixo dos 39 anos (48%) e empresário (49%). O que mudou foram os anjos de primeira viagem. Segundo Cassio Spina, fundador  da Anjos do Brasil, 40% fizeram suas apostas pela primeira vez.

    “Tem um maior número de investidores iniciantes, pessoas que estão começando a investir. É um dado bom”, diz Spina ao Start.up. “O desafio é que as pessoas que estão começando precisam de apoio para fazer seus primeiros investimento.”

    De acordo com o levantamento da Anjos do Brasil, o volume total de aportes feitos por esses financiadores foi de R$ 620 milhões no ano passado. “São recursos próprios de pessoas físicas que, além de capital, aposta com algum apoio como aconselhamento, mentoria, contatos”, explica Spina.

    No Brasil, ainda são mais comuns os investidores anjo passivos. Empresários que ouvem a ideia da startup e acabam apostando nela. “Investimento anjo passivo não é uma coisa nova. A Bematech recebeu um investimento desses em 1992”, afirma Spina – a Bematech é uma empresa brasileira que, entre outras coisas, fornece equipamentos e softwares de automação comercial. Na outra mão – e em falta – estão os investidores anjo ativos, tipos que estão procurando uma oportunidade.

    A cifra despendida por esses financiadores pode até soar inflada, mas, segundo Spina, chega a ser uma fagulha do potencial de possíveis investidores. Enquanto o levantamento mapeou 6,4 mil anjos em 2013, nas contas da associação, há cerca de 100 mil pessoas com perfil para atuar como investidores iniciais de startups.

    O potencial de investimento medido pelo estudo é de R$ 2,6 bilhões. Por que então o dinheiro no bolso desses anjos não é usado para tirar startups do papel? “A gente vê que a questão principal para esse dinheiro se mostrar ativo é que tem de haver bons projetos”, explica Spina. Para simplificar: faltam boas soluções. Sem elas, não há dinheiro milagroso que dê jeito.

    (Correção: A Bematech entrou em contato para avisar que a empresa é provedora de soluções de automação comercial para o varejo. A informação foi corrigida no texto.)

    Foto: Cassio Spina, fundador da associação Anjos do Brasil, durante 2º Congresso de Investimento Anjo (Divulgação/Anjos do Brasil)

  • Aplicativo de fotografia espacial Fyuse ganha versão em português

    Fyuse permite criar fotos, chamadas de fotos espaciais, em que o usuário pode movimentar e visualizar outro ângulo
    Por Gustavo Petró

    Uma startup do Vale do Silício, na costa oeste dos Estados Unidos, aposta em um aplicativo de imagem que pode ser usado tanto por empresas quanto por qualquer pessoa. Chamado de Fyuse (acesse aqui), ele usa uma série de algoritmos para criar uma imagem que a empresa chama de fotografia espacial. Com ela, o usuário pode navegar pela imagem e visualizar um objeto em 360 graus.

     Após ter um estouro de popularidade durante a Copa do Mundo, o aplicativo ganhou uma versão em português. Um vídeo mostra como funciona o aplicativo (assista aqui).

    A ideia tem diversos usos: nas férias, o usuário pode “fotografar espacialmente” uma obra, mostrando ela por todos os ângulos, ou fazer um selfie com mais pessoas, sendo que elas só aparecem ao mover a imagem. No caso de uma loja online, é possível mostrar um vestido por todos os lados para que o consumidor possa escolher com maior eficácia.

    Imagem explica uso do Fyuse: basta dar a volta no objeto capturando imagens e depois o software renderiza a foto dando a impressão da imagem ser em 3D
    “A empresa fez uma campanha forte na Copa do Mundo e isso chamou a atenção para o Brasil. Por conta disso, decidimos fazer a versão em português, que já está disponível e é mais amigável para o usuário”, explica a brasileira Cecilia Bissoli, que mora e trabalha como designer gráfico para a empresa Fyusion, que desenvolve o app, em San Francisco, nos EUA. “Queremos entrar com força no Brasil por conta de que o brasileiro é muito engajado nas redes sociais e publica muitas fotos. Essa fama do país já cruzou as fronteiras.

    Ele é diferente das fotos em panorama, populares em muitos smartphones. Muitas vezes ao usar este recurso, as fotos saem distorcidas. No Fyuse, o algoritmo cria pontos, renderizando em 3D o objeto da imagem que está mais na frente. Na parte de trás, há menos deste elemento, mantendo uma imagem 2D, o que cria a impressão de 3D e sem que haja distorções ou borrados na imagem ao ser movimentada tanto com o dedo na tela sensível ao toque quanto ao mover o telefone para os lados. “Não é uma união de fotografias. Criam-se várias camadas de processamento que no final dá este resultado. É algo que não se encontra no mercado atualmente”.

    O Fyuse foi lançado no início de 2014 e, segundo Cecilia, a comunidade brasileira é a que mais cresce, com 75% de crescimento a cada semana, número que a startup espera aumentar com a versão em português. Os brasileiros estão em sétimo lugar em número de usuários.

    Imagem mostra processo de renderização da foto para criar um FyusePor enquanto, o Fyuse está disponível apenas para iPhone, mas em setembro está previsto o lançamento da versão para smartphones Android.

    Conforme o app se torna mais popular, a Fyusion pretende entrar com a tecnologia em sites de e-commerce, explica Cecilia. “A ideia é que a loja possa mostrar o produto em 360 graus. Fotógrafos também estão no nosso foco”.

    O aplicativo também tem uma rede social própria, permitindo ver as imagens que os amigos fizeram e também ver fotos espaciais feitas ao redor do mundo. As produções aparecem em uma galeria e também podem ser compartilhadas no Facebook.

    A empresa está se capitalizando e a intenção é que o app sirva de vitrine para justamente comercializar a tecnologia para outras empresas. “O Fyuse é um investimento para trazer investimentos para a empresa”, conta Cecilia.

  • Na onda dos 'vestíveis', Sex Shop cria anel para pênis que mede desempenho sexual

    Anel para pênis da Bondara mede o desempenho durante as relações sexuais e exibe dados em aplicativo.

    Até agora, a moda dos computadores vestíveis equipa aparelhos de uso cotidiano com circuitos e microprocessadores para que sejam capazes de executar as funções típicas de um smartphone. Nessa onda surfaram o Google Glass, o Galaxy Gear, uma infinidade de pulseiras e até broches. Até agora. Nesta quinta-feira (7), a Bondara adicionou um pouco de sex appeal ao segmento.

    A empresa: um Sex Shop britânico. O lançamento: um anel para pênis que mede o desempenho sexual do sujeito e, por extensão, do casal.

    Como funciona também como vibrador, a Bondara garante que o dispositivo promove ereções mais intensas e consistentes. Mas pulemos as preliminares e partamos para o funcionamento do aparelho: encaixado na base do pênis, o anel e se comunica via Bluetooth com um aplicativo móvel; o SexFit é equipado com uma espécie de pedômetro para captar dados; essas informações são enviadas para o app durante a relação sexual.

    Por meio do painel de controle do app, é possível configurar determinados ritmos para o anel – entendedores entenderão. Lâmpadas de LED localizadas acima do anel serão acionadas para avisar a quantas anda a relação e se segue algum dos planos de voo programados. Quando o desempenho estiver estável, a luz central do SexFit é acionada. Para os indecisos ou os desavisados em geral, o dispositivo possui um modo “personal trainer”.

    Não é, porém, essa pirotecnia toda que aproxima o SexFit do Glass e do Gear e o faz ser apenas um brinquedinho íntimo de casais.

    Anel para pênis da Bondara mede o desempenho durante as relações sexuais e exibe dados em aplicativo.Sexo no gráfico
    Ao transferir as informações para o aplicativo, o usuário pode acompanhar sua performance na telinha do celular. São dados como as calorias queimadas, o número de movimentos por minuto e o tempo médio da relação. Não pense que tudo é mostrado de um jeito tosco. O app é capaz de pôr no gráfico as idas e vindas de uma noite de prazer. A coisa não para por aí. O sistema do SexFit analisa o histórico do sujeito e, baseado nisso, confere uma nota ao desempenho dele. Esse “placar do sexo” é compartilhado no aplicativo da parceira.

    Se você chegou até aqui e achou tudo normal, prepare-se. A Bondara não é apenas uma sex shop que vive descolada de seu tempo. Ela sabe que o mundo é cada vez mais social. E conectado. E socialmente conectado. E sabe também que as redes sociais exercem um papel importante nisso tudo. Pois bem: cada usuário poderá dividir seu “placar do sexo” com os amigos -- e com quem mais interessar.

    Inovação
    “Como outros rastreadores inovadores de exercícios físicos similares, o SexFit permite aos usuários mais dedicados compartilhar e comparar suas sessões favoritas e conquistas pessoais impressionantes com seus companheiros de mídias sociais”, informa a Bondara. Então tá.

    Segundo o Sex Shop, o SexFit ainda está em desenvolvimento e deve começar a ser testado até o fim do ano. Quando enveredar pelo segmento dos computadores vestíveis, a Bondara também vai entrar no espinhoso terreno dos dados pessoais. Dependendo de como usar essas informações, e caso venha a usá-las, dado o seu caráter íntimo, vai dar o que falar, para dizer o óbvio -- já pensou acionar o Procon porque vazou o número de vezes que você transa por semana? Indo além nesse exercício de imaginação: enquanto vende milhares de anéis, a Bondara vai atrair o ódio dos mais ferrenhos ativistas do direito à privacidade.

    Mas esse é o risco que corre toda empresa que cria uma vertical nova, e deveria ser o alvo de toda startup, não? O Sex Shop britânico, pelo visto, sabe disso. “Com metade dos casais do Reino Unido usando um brinquedinho, esse é um mercado massivamente dirigido pela inovação”, escreveu Louise Bagley, uma das vendedoras da Bondara.

    Fotos: Anel para pênis da Bondara mede o desempenho durante as relações sexuais e exibe dados em aplicativo. (Divulgação/Bondara)

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  • App automatiza controle do orçamento para substituir planilha de gastos

    App GuiaBolso, que automatiza o controle de gastos.
    Blocos de notas. Planilhas de gastos no Excel. Caderninho de notas. O aplicativo GuiaBolso quer aposentar todos essas ferramentas para controlar o orçamento.

    O app estava em fase de testes até a última sexta-feira, 1º de agosto. Mesmo assim, a Apple elencou o GuiaBolso entre os melhores lançamentos. Até agora, o app foi baixado 90 mil vez e, no domingo, chegou a passar Facebook e WhatsApp em número de downloads.

    “Quando a gente chegou perto do Tinder, eu falei: ‘Caramba, nem ferrando vamos passar. O brasileiro prefere mais namorar, com certeza, do que ligar para as finanças’. Quando a gente passou o Tinder, eu falei: ‘Caramba, o Brasil tem algum problema’”, Thiago Alvarez, sócio da empresa responsável pelo GuiaBolso. Na noite de quarta-feira (6), o app era o oitavo mais baixado da App Store brasileira, à frente do Instagram e dos apps dos principais bancos do Brasil (Veja como baixar o GuiaBolso).

    O sucesso do app ocorre justamente porque supre uma deficiência do consumidor. Após trabalhar por anos na consultoria empresaria McKinsey, ao lado de seu sócio Benjamin Gleason, Alvarez abriu sua própria empresa com o propósito de auxiliar as pessoas a organizar suas finanças. Entre junho de 2012 e o fim de 2013, a companhia realizou cerca de 40 mil consultorias, nas contas de Alvarez. Apenas 2% das pessoas atendidas conseguiam efetivamente manter o controle das despesas por meio de bloquinhos de notas, planilhas de gastos e caderninhos de nota.

    Automação
    Durante as pesquisas, a equipe do GuiaBolso constatou que todos esses instrumentos necessitam do que Alvarez chama de “input manual”, ou seja, o consumidor tem que inserir despesa por despesa e depois precisa classificá-las. Já o app automatiza esse trabalho braçal. Mostra mês a mês a renda e os gastos, já classificados em categorias (compras, impostos, saques etc).

    Para isso, é necessário que uma conta bancária seja vinculada. Sim, é necessário que o usuário informe agência, conta corrente e a senha do internet banking. Para afastar o temor quanto à segurança do aplicativo, Alvarez explica que é por isso que o GuiaBolso não solicita a senha do cartão. Sem ela, não é possível fazer transações.

    Além de listar os gastos, o aplicativo também permite aos usuários criarem orçamentos com gastos controlados para cada categoria de despesa (contas residenciais, saúde e educação, entre outras).

    Lição de casa
    Além de ouvir o consumidor final, a equipe do GuiaBolso fez um tour pelo mundo para entender como o problema era resolvido. Foram aos Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Espanha.

    A equipe do aplicativo também conta uma ajuda e tanto dentro de casa. Um dos conselheiros do GuiaBolso é Neil Daswani, diretor do laboratório de segurança digital da Universidade de Stanford, da Califórnia (EUA). Ele é um dos pioneiros em aplicações que agregam informação, como o GuiaBolso.

    Como boa startup, o GuiaBolso ainda não possui um modelo de negócio definido. “Nosso foco continua sendo fazer o melhor produto de finanças pessoais para o brasileiro”, explica Alvarez, citando a “mentalidade Facebook”, de fazer um produto legal e depois ver no que dá. No segundo trimestre desse ano, o faturamento da rede social subiu 61% para US$ 2,9 bilhões.

    Foto: Divulgação

  • Bradesco busca startups para criar banco do futuro e renovar meio de pagamento

    Maurício Minas, vice-presidente da Bradesco, explica o programa de atração de startups.
    O Bradesco quer levar as startups para o banco. Não se trata, porém, de as empresas iniciantes se tornarem correntistas do segundo maior banco do Brasil, como seria de esperar, mas de trabalharem do lado de lá do balcão para criar novas tecnologias que possam ser utilizadas pela companhia. A lista de desejos do Bradesco é bem definida: querem que as startups atuem junto às áreas de negócio de Banco do Futuro, Canais Digitais, Produtos, Meios de Pagamento e Seguros.

    “Nós podemos crescer pequenos período de tempo com modelos de negócio antigos, mas nós não conseguimos ao longo do tempo manter crescimento se não for através de inovação”, diz Maurício Minas, vice-presidente do Bradesco, em vídeo publicado para lançar a iniciativa, chamada de InovaBRA (Veja o site aqui).

    A ideia do banco é adaptar as ferramentas ou mesmo as ideias das startups ao jeito Bradesco de ser. Abertas nesta terça-feira (5), as inscrições poderão ser feitas até 17 de outubro. Ao fim do programa, o Bradesco pode até investir na startup para possuir participação societária minoritária ou escolher qual fundo fará isso.

    Peneira do Bradesco
    O contato das empresas com o Bradesco durará dez meses e vai misturar processos de incubação (estruturação do negócio), aceleração (fortalecimento da startup) e até o de spin-offs (quando áreas de uma empresa desgarram e acabam virando novas companhias).

    A primeira fase do programa será a própria seleção. A peneira do Bradesco vai durar quatro meses e envolve, em um primeiro momento, o compartilhamento de informações por parte da startup com o Bradesco, que analisará se a empresa se encaixa em sua estrutura.

    Depois disso, 40 companhias serão escolhidas para passar pelo que instituição financeira chama de “imersão ao negócio”. Nesse momento, elas serão expostas às entranhas da companhia e às razões pelas quais o banco enveredou pelo caminho de inovação aberta.

    Maurício Minas dá uma dica: “Nós esperamos que com ele tenhamos formas diferentes de fazer negócio, que nós consigamos de fato adicionar serviços e produtos que permitam inclusive a continuidade do nosso negócio”.

    Após a segunda balançada da peneira, o Bradesco recolherá até 20 startups, que serão submetidas à última avaliação, feita pela diretoria. Findada a seletiva, até dez delas entrarão no programa de fato, em meados de novembro.

    E depois
    Minas diz que o trabalho do dia a dia para as selecionadas será de “adaptarão da sua ideia, do seu serviço ao nosso ambiente, de forma que ao final nós consigamos extrair até 10 parceiros estratégicos que trabalharão com a gente ao longo do tempo”.

    Por contrato, o Bradesco terá o direito de investir nas startups dentro de até 12 meses após o fim do InovaBRA. O banco terá ainda a preferência para adquirir a ferramenta criada pelas empresas por iguais 12 meses.

    Se a inovação gerar uma guinada no negócio do Bradesco não será a primeira vez, já que em 1996 o Bradesco foi o primeiro banco na América Latina (o 4º no mundo) a utilizar a internet. Em 2012, o segmento de internet banking se tornou o canal que mais realiza operações no meio bancário, de acordo com a Febraban. Na mesma linha de apostar em novos meios, mas, neste caso em um dispositivo por enquanto controverso, o banco já está de olho no Google Glass.

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Neste blog, os jornalistas de tecnologia do G1 publicam notícias e análises sobre startups, as empresas de tecnologia e inovação em estágio inicial.