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Embraer anuncia venda de 12 aviões militares para a Força Aérea de Portugal. — Foto: Divulgação/Embraer

A Embraer anunciou, nesta segunda-feira (16), a venda de 12 aviões militares A-29N Super Tucano para a Força Aérea de Portugal. Trata-se de um avião de ataque leve para atender aos requisitos operacionais da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar ocidental.

Segundo a Embraer, que tem sede em São José dos Campos (SP), o Ministério da Defesa Nacional de Portugal assinou um contrato com a fabricante de aeronaves para a aquisição de 12 aviões A-29N Super Tucano que equiparão a Força Aérea Portuguesa.

O modelo do avião é uma nova variante da aeronave de treinamento avançado e ataque leve. Com esta compra, Portugal é o primeiro país a operar o A-29N, segundo a Embraer.

A nova versão do caça é produzida em Portugal. Isso porque, em abril do ano passado, em um evento com presidente Lula (PT), a Embraer assinou um acordo para produzir o avião militar em Portugal.

Segundo a Embraer, a cooperação para a fabricação do modelo é realizada entre a Embraer e as empresas aeroespaciais Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), Empordef Tecnologias de Informação, S.A. (ETI), GMVIS Skysoft, S.A. (GMV) e a OGMA S.A.

Como é o A-29N do Super Tucano

O A-29N é uma versão do A-29 Super Tucano com equipamentos e funcionalidades na configuração da Otan. O modelo foi lançado pela Embraer no dia 12 de abril do ano passado.

O objetivo, segundo a Embraer, é atender às necessidades de nações da Europa — a empresa quer se aproveitar do aumento dos gastos de defesa desses países por medo da Rússia após a invasão à Ucrânia.

Entre as funcionalidades, estão um novo datalink (tecnologia que permite a troca de informações simultâneas entre a aeronave, outra aeronave ou uma base no solo) e o single-pilot operation (quando apenas um piloto comanda o avião).

Conhecido por sua versatilidade, o A-29N Super Tucano pode ser usado para ataque leve, vigilância e interceptação aérea e contra-insurgência. Além disso, consegue operar a partir de pistas remotas e não pavimentadas em bases operacionais avançadas com pouco apoio logístico, segundo a Embraer.

No lançamento, o avião tinha preço estimado inicial de US$ 10 milhões - o que na época equivalia a cerca de R$ 50 milhões -, mas o valor sobe dependendo da configuração.

O modelo tem velocidade máxima de 590 km por hora e pode alcançar uma altitude de 35 mil pés. Além das funções de combate, a aeronave é amplamente utilizada como treinador avançado, devido à sua capacidade de simular missões de combate.

Segundo a Embraer, o avião é equipado com sensores e armas de última geração, incluindo um sistema eletro-óptico/infravermelho com designador de laser, óculos de visão noturna, comunicações seguras de voz e dados.

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