Por G1 Vale do paraíba e Região


Geraldo de Oliveira Santos, Cristiano Cardias de Souza e Adeilton Pereira dos Santos foram presos suspeitos de fornecerem armas e munições aos assassinos, deixaram a penitenciária 2 de Tremembé — Foto: Arte/ G1

Três homens presos por envolvimento no massacre da escola Raul Brasil em Suzano (SP) deixaram a Penitenciária 2 de Tremembé (SP) no fim da tarde desta quinta-feira (13). O trio foi solto após decisão da Vara Criminal de Suzano.

Geraldo de Oliveira Santos, Cristiano Cardias de Souza e Adeilton Pereira dos Santos, que foram presos suspeitos de fornecerem armas e munições aos assassinos, deixaram a penitenciária 2 de Tremembé por volta das 17h20, conforme apurou o G1.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou que eles deixaram a P2 e foram colocados em liberdade em cumprimento a um alvará de soltura por concessão de liberdade.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que Geraldo Oliveira dos Santos, de 41 anos, conhecido como Buiu, vendeu aos assassinos o revólver calibre 38 utilizado no crime.

O negócio, segundo a polícia, foi intermediado pelo mecânico Cristiano Cardias de Souza, de 47 anos. Conhecido como Cabelo, ele também teria vendido as munições calibre 38 utilizadas no ataque.

Já o vigilante particular Adeilton Pereira dos Santos também é suspeito de ter intermediado a venda da arma. Um quarto suspeito de participar da venda das armas, Marcio Germano Masson, teve a soltura determinada pela Justiça em novembro.

Julgamento

Em decisão desta quinta-feira (13) Fernando Augusto Andrade Conceição determinou a condenação a quatro anos de reclusão por venda ilegal de arma de Cristiano Cardias de Souza e Geraldo de Oliveira Santos. Porém, a mesma decisão converteu as sentenças em restrição de direitos para os dois.

Procurada pelo G1, o advogado Carlos Corvello, que responde pela defesa de Geraldo de Oliveira Santos, disse que "a Justiça sabe o que fez". Já o advogado Clayton Wesley, que defende Cristiano Cardias de Souza, informou que o cliente não sabia da intenção dos dois responsáveis pelo massacre.

Já no caso de Adeilton Pereira dos Santos, o juiz determinou que ele seja julgado novamente. Ele tem o direito de recorrer em liberdade. A defesa dele não foi encontrada pela reportagem.

A mesma decisão ainda absolveu Márcio Germano Masson, conhecido como "Alemão", da acusação de venda de armas.

Massacre

No dia 13 de março de 2019 um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.

Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação apontou que, depois do ataque, ainda dentro da escola, o mais novo matou o mais velho e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um "pacto" segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.

Escola Estadual Raul Brasil foi alvo de ataque em 13 de março — Foto: Reprodução/TV Diário

Ataque em escola de Suzano (atualizada dia 15/3) — Foto: Juliane Monteiro/G1

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