30/06/2015 09h28 - Atualizado em 30/06/2015 09h28

Total de desempregados cresce e chega a 17% em Taubaté, diz Nupes

Maior índice de desemprego é observado entre jovens de até 24 anos.
Pesquisa foi realizada pelo Nupes em parceria com a Acit.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Carteira de trabalho  (Foto: Valdecir Galor/SMCS)Em 2014, número de desempregados na cidade 
era de 12% (Foto: Valdecir Galor/SMCS)

O número de pessoas desempregadas em Taubaté aumentou e chegou a 17% em 2015. A estimativa é com base no novo levantamento do Núcleo de Pesquisas Sócio Econômicas (Nupes/Unitau) em parceria com a Associação Comercial e Industrial (Acit).

A Pesquisa de Ocupação, Renda e Escolaridade (Pore) foi realizada em abril deste ano. No mesmo período do ano passado, a cidade contava com cerca de 12% da população desempregada e procurando emprego.

O maior índice de desemprego é observado entre jovens de até 24 anos. Nesta faixa etária, a desocupação passou de 27% para 39% entre os entrevistados. Já para pessoas acima de 24 anos, o desemprego oscilou apenas um ponto, chegando a cerca de 10%.

Segundo o coordenador do Nupes, Laureano Rosa, os dados são reflexos do atual cenário econômico do país. “Você tem redução do ritmo de crescimento econômico nacional, aumento da taxa de juros e famílias endividadas. Tudo isso tem gerado demissões na indústria, no comércio e afeta, principalmente, os jovens que estão buscando o primeiro emprego”, afirma.

Setores
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos trabalhadores empregados se concentra no setor de serviços, responsável por 53,7% dos postos ocupados na cidade. Em seguida, aparece o comércio (22,7%), indústria (20,5%) e construção civil (2,8%).

A pesquisa ainda mostra que o salário médio do trabalhador sofreu retração de 10% no período, chegando a R$ 1.691. “As mulheres estão mais no setor de serviço e recebendo um salário menor, isso influenciou na média geral. Elas também estão mais na informalidade, onde também não se ganha bem”, avalia Rosa.

Para o economista, o cenário deve seguir em retração durante médio prazo no município. “Acredito que vai demorar um pouquinho para voltarmos no estágio bom que estávamos há dois anos. Tentamos ser otimistas e esperamos que a economia melhore a partir de 2016”, diz.

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