Por g1 Sorocaba e Jundiaí


Câmara discute 'pacote de bondades' em Sorocaba (SP) — Foto: Júlia Martins/g1

A Câmara de Sorocaba (SP) vota, nesta quinta-feira (3), de forma definitiva, os projetos que preveem aumento de cadeiras para o Legislativo da cidade e também o salário dos vereadores para o próximo mandato.

Na primeira discussão sobre os projetos, na terça-feira (1º), a maioria dos vereadores votou a favor das duas propostas. Elas ficaram conhecidas na cidade como "pacote de bondades".

Moradores acompanham discussão na Câmara de Sorocaba — Foto: Júlia Martins/g1

Agora, se os projetos forem aprovados em segunda discussão, após a sanção do presidente da Câmara, o Legislativo passará de 20 para 25 cadeiras, e os salários dos vereadores terão reajuste de 52%, passando de R$ 11,8 mil para 18 mil.

O total do custo estimado a mais para a nova Legislatura (2025/2028) passa dos R$ 20 milhões (veja abaixo).

A sessão começou às 10h e é aberta ao público. Vários moradores foram até a Câmara para protestar contra a aprovação das propostas. Na entrada da Câmara, pessoas jogaram moedas no chão.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal estão no local.

Primeira discussão

A aprovação em primeira discussão aconteceu em meio aos protestos com rodovias interditadas na cidade e na região, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contrários ao resultado das eleições.

O prefeito Rodrigo Manga esteve no protesto na manhã de terça-feira (1º) e tirou foto com manifestantes enquanto fechavam a Rodovia Raposo Tavares.

Câmara aprova aumento de cadeiras e salários de vereadores em Sorocaba

Câmara aprova aumento de cadeiras e salários de vereadores em Sorocaba

Durante a primeira discussão, a primeira votação foi em relação à composição da Câmara Municipal, com o aumento de 20 para 25 cadeiras. Cinco dos 20 vereadores votaram contra esse aumento. São eles: Fernanda Garcia (PSOL), Luiz Santos (Republicanos), Vitão do Cachorrão (Republicanos), Hélio Brasileiro (PSDB) e Italo Moreira (PSC).

Já a segunda votação do dia foi para o aumento de salário, que representa mais de 50%. A vereadora Fernanda Garcia chegou a apresentar uma emenda propondo aumento acompanhando a correção do salário mínimo, mas a proposta teve parecer inconstitucional e foi arquivada.

Oito dos atuais 20 vereadores votaram contra essa proposta. São eles: Vinícius Aith (PRTB), Cícero João da Silva (PSD), Fernanda Garcia (PSOL), Vitão do Cachorrão (Republicanos), Hélio Brasileiro (PSDB), Ítalo Moreira (PSC), Silvano Junior (Republicanos) e Dylan Dantas (PSC).

Custos que podem ser estimados em quatro anos:

  • Aumento para as 20 cadeiras atuais: R$ 9,2 milhões;
  • Custo das cinco novas cadeiras: R$ 4,7 milhões;
  • Estrutura de recursos humanos para os novos vereadores: R$ 8,8 milhões;
  • Total do custo estimado a mais para a nova legislatura (2025/2028): R$ 22,7 milhões.

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