Por Patrícia Marques, Lucas Jozino, Gustavo Petró, TV Globo e g1 — São Paulo


  • O empresário Vinicius Gritzbach, executado no aeroporto de Guarulhos na sexta-feira (8), levou dez tiros, segundo registros da Polícia Civil.

  • O crime ocorreu à luz do dia: Gritzbach foi alvejado na saída do terminal por pessoas que estavam em um carro preto. Eles seguem foragidos.

  • Segundo as investigações, os autores dispararam 29 tiros com armas de calibres diversos.

  • Outras três pessoas ficaram feridas. Uma foi liberada pelos médicos neste sábado (9) e duas seguem internadas.

  • A polícia encontrou um fuzil e uma pistola e vai investigar se foram usadas no crime.

Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos

Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos

O empresário e delatar o PCC Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no aeroporto de Guarulhos (SP) na sexta-feira (8), levou 10 tiros, segundo registro da Polícia Civil de São Paulo.

Gritzbach, de 38 anos, foi alvejado à luz do dia, por volta das 16h, na saída da área de desembarque do Terminal 2 por dois homens que desceram de um carro preto. Até a publicação desta reportagem, os autores estavam foragidos.

De acordo com o registro policial, foram ao menos 29 disparos, de calibres diversos. Gritzbach foi atingido por 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito (região localizada entre a cintura e a costela).

Duas armas foram apreendidas pela polícia: um fuzil e uma pistola. As duas estavam próximo ao local em que o carro foi abandonado, a pouco mais de 7 km do aeroporto, ainda em Guarulhos. Até a publicação desta reportagem, não havia confirmação pericial de que foram elas as usadas no crime.

Armas apreendidas após o assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos. — Foto: Divulgação

Empresário fez acordo para delatar PCC e policiais

Gritzbach era investigado por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e, em março, havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro.

Nos depoimentos, o empresário acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato de um integrante do PCC (Anselmo Santa, o Cara Preta).

Além disso, forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

PMs que fariam escolta alegaram falha em carro para não estar no local

O Ministério Público de São Paulo afirma que ofereceu mais de uma vez segurança ao empresário e que ele sempre recusou a proteção.

O empresário, então, contratou 4 seguranças, todos policiais militares.

Nenhum dos 4, porém, estava com Gritzbach no momento do assassinato.

Segundo depoimento de 2 deles, um dos carros em que iriam buscar Gritzbach e a namorada no aeroporto – o casal voltava de Maceió – teve um problema na ignição. O outro, ainda de acordo com os policiais, estava com quatro pessoas, e teve de fazer meia volta para deixar um dos ocupantes em um posto de combustível.

Investigadores desconfiam dessa versão (leia mais). Uma das linhas de investigação do DHPP é que os seguranças teriam falhado de forma proposital.

Infográfico mostra áreas do corpo de Antônio Vinicius Gritzbach atingidas por tiros — Foto: g1

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