Por G1 SP


O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto — Foto: Tatiana Santiago/G1

O PT definiu na tarde deste sábado (16) que o ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes da capital paulista Jilmar Tatto, 54 anos, será o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano.

A direção municipal do PT cancelou as prévias para a escolha do candidato por causa da pandemia do coronavírus. Pré-candidatos e outros integrantes do PT defendiam que a escolha fosse feita por meio de uma eleição virtual para todos os filiados. Nas prévias marcadas para 22 de março, era esperado que 20 mil dos 180 mil filiados da cidade votassem.

Mas a direção do PT entendeu que não seria viável fazer uma eleição virtual e, em um primeiro momento, definiu que a escolha seria feita apenas pelos integrantes do diretório municipal. Depois, foram incluídos dirigentes zonais e setoriais aumentando o eleitorado para 615.

Tatto ganhou por 15 votos do deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha: 312 contra 297 de Padilha. Houve um voto branco. A convenção que confirmará o nome de Tatto ainda não tem data marcada. O PT espera os desdobramentos da pandemia para definir se fará presencial ou de forma virtual.

Em sua conta no Twitter, Padilha agradeceu o apoio dos dirigentes que votaram nele e disse que vai se unir a Jilmar Tatto para combater a extrema direita em São Paulo.

"Agradeço de coração todo o apoio e carinho de todos e todas. Vamos junto com o companheiro Jilmar Tatto unir a esquerda e combater a extrema direita em São Paulo. Prossigo como deputado federal na luta e em apoio a todos nossos candidatos de SP e do Brasil", afirmou.

O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, testa seu bilhete único em uma das novas unidades de ônibus metropolitano — Foto: Amanda Previdelli/G1

Perfil

Professor de história, Jilma Tatto é filiado ao PT desde 1981. Foi eleito presidente do diretório municipal paulistano, em 1995. Eleito deputado estadual em 1998, ocupou cargos no secretariado da prefeitura de São Paulo, na administração petista nesta cidade (2001/2004).

Como secretário de Transportes da gestão Marta Supilcy (2001 a 2004), Tatto implantou o Bilhete Único e a primeira licitação pública para empresas de ônibus operarem o sistema. Eleito deputado federal pelo PT em 2006, reeleito em 2010, foi líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados.

Em nova administração petista, de Fernando Haddad (2013 a 2016), voltou a assumir a Secretaria de Transportes de São Paulo, com a missão de implantar corredores de ônibus e ciclovias.

É irmão dos também políticos Arselino, Ênio, Nilto e Jair Tatto, com reduto eleitoral na Capela do Socorro, Zona Sul da cidade de São Paulo.

Em live no Facebook depois da disputa, Tatto afirmou que irá incluir em sua plataforma de governo o projeto de Renda Básica da Cidadania, do vereador Eduardo Suplicy.

“Depois dessa pandemia, a população vai ficar mais pobre, o mundo vai ficar mais pobre”, diz. “É fundamental São Paulo implementar a Renda Básica da Cidadania.”

“Nós vamos fazer uma campanha da solidariedade, para estar do lado do povo”, disse Tatto, afirmando que se aproximará dos movimentos sociais e das populações periféricas da capital.

Tatto também se pronunciou a respeito da pandemia do novo coronavírus. “Eu peço a todos vocês: se cuidem, precisamos de todos vivos. Cuidem de seus parentes, não é brincadeira”

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