Por Bom Dia SP


Série 'Trampo' aponta formas de fugir do desemprego

Série 'Trampo' aponta formas de fugir do desemprego

O estado de São Paulo tem atualmente 3,7 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, quase 2 milhões estão na Grande São Paulo.

A série de reportagens “Trampo”, que estreou nesta segunda-feira (8) no Bom Dia SP, vai contar a história de quem está nesta estatística e apontar caminhos aos que buscam um emprego.

Em janeiro e fevereiro de 2019, a cidade de Tabatinga foi a que teve o maior corte percentual de empregos com carteira assinada no estado, com 18,62%. Em seguida veio Bebedouro, com 17,69%.

Na região de Bebedouro, grande parte do desemprego pode ser explicado pela dependência da economia local do agronegócio. A sazonalidade da safra da laranja faz com que os trabalhadores sejam dispensados e recontratados apenas nos meses de colheita.

É o caso do colhedor de laranja Luiz Antunes da Silveira, que foi demitido no ano passado e deu entrada no seguro desemprego. “É difícil ficar parado”, diz.

Em fevereiro deste ano, 3.598 trabalhadores com carteira assinada foram demitidos em Bebedouro. Em Monte Azul Paulista, na mesma região, houve 558 cortes, a maioria também no setor da agropecuária.

A situação deve melhorar em maio, quando começa a colheita que vai até janeiro de 2020.

O interior, no entanto, também trouxe notícias positivas. Algumas cidades tiveram aumento expressivo das vagas com carteira assinada nos primeiros dois meses do ano. A tecnologia tem contribuído para a criação de vagas mais qualificadas no agronegócio de cidades pequenas.

A cidade com maior criação percentual de vagas no período foi Severínia, com 19,17%. Na sequência vieram Barrinha, com 17,4%, e Palestina, com 14,29%.

Com apenas 12 mil habitantes, Palestina se destaca na criação de vagas que atraem pessoas até de outras regiões do país como Norte e Nordeste.

O Wesley Santos, por exemplo, veio de Irecê na Bahia com outros 11 parentes. Todos conseguiram empregos com carteira assinada. “Palestina foi um recomeço para minha família. Porque a gente tinha outro estilo de vida, outra realidade na Bahia”, diz.

A usina de açúcar e álcool que fica no município contratou nos últimos 12 meses 400 pessoas para as mais diversas funções. Como hoje a colheita é toda mecanizada, funcionários que antes cortavam a cana com facões operam agora as máquinas.

Para contar sua história e participar da série “Trampo”, basta mandar uma foto ou vídeo com a hashtag #BDSP.

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