Paciente atendido por médica esfaqueada dentro de consultório diz que ficou assustado
O paciente que estava sendo atendido pela médica, de 25 anos, que foi esfaqueada por um homem dentro do consultório disse que ficou assustado ao presenciar o crime em Irapuã (SP). O caso ocorreu na madrugada de domingo (22). O suspeito foi preso na casa dele, horas depois.
À TV TEM, o paciente, que preferiu não ser identificado, disse que Ricardo Vagner Alves Alamino, de 40 anos, estava armado com uma faca e invadiu o local com a intenção de atacar outro homem.
Paciente diz que ficou assustado ao presenciar médica sendo esfaqueada dentro de consultório em Irapuã (SP) — Foto: Thiago Vasconcelos/TV TEM
Por volta das 2h40, ele entrou no consultório, agarrou a médica no pescoço, a jogou no chão e, depois, deu as facadas. A faca, inclusive, chegou a quebrar ao meio por conta da agressividade dos golpes.
“Estava sendo atendido e entrou aquele bandido lá, pegou a mulher pelo pescoço, deu aquela gravata no pescoço. Ela saiu correndo, esfaqueada, para a frente [do pronto-socorro] toda machucada. E ele ‘vazou’. Eu corri lá para frente, no corredor. Ele queria pegar o rapaz que trabalha ali”, comenta o paciente.
A vítima foi atingida por cinco golpes, sendo que um deles perfurou o pulmão dela. Devido à gravidade dos ferimentos, a mulher precisou ser transferida para o Hospital de Base (HB), em São José do Rio Preto (SP), onde passou por cirurgia para conter uma hemorragia interna.
Médica foi esfaqueada no pronto-socorro de Irapuã (SP) — Foto: Thiago Vasconcelos/TV TEM
O suspeito fugiu logo após atacar a médica, mas foi preso na casa dele pela Polícia Militar. Na delegacia, ele não quis se manifestar e se manteve calado. Nesta segunda-feira (23), após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva.
Segundo o boletim de ocorrência, Ricardo ainda arremessou uma pedra contra a cabeça de outro homem, antes de chegar ao pronto-socorro.
Delegacia de Irapuã (SP) — Foto: João Serantoni/TV TEM
A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio, com recurso que dificultou a defesa da vítima e traição, e tentativa de feminicídio. A motivação do crime é investigada.
A Prefeitura de Irapuã informou que o pronto-socorro onde a médica recém-formada trabalha há três meses tem vigia, mas o suspeito teria entrado pelos fundos do prédio. Ainda segundo a administração municipal, o local ganhou reforço com segurança armada após o ocorrido.
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