Por Ágata Luz, g1 Santos


Jovem fica em coma após ser espancado no meio da rua no litoral de SP

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Um jovem, de 20 anos, ficou em coma após ser espancado por dois homens no meio de uma rua em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao g1, uma tia de Leonardo Matheus Vieira Pereira contou que a internação do sobrinho completa um mês nesta quarta-feira (27). Apesar disso, segundo ela, a família ainda busca por respostas sobre a autoria e a motivação do crime (assista acima).

“Tentaram matar o meu sobrinho, foi o que fizeram. E a gente quer que eles expliquem o motivo de tanta agressividade e maldade”, disse a assistente administrativo Alessandra Freitas.

No vídeo, dois homens aparecem agredindo Leonardo na Rua Luís Antônio de Andrade Vieira, no bairro Boqueirão. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pelo 2º DP da Praia Grande.

“As equipes da unidade identificaram um dos suspeitos envolvidos e diligências são realizadas para localizá-lo e prendê-lo. A polícia segue trabalhando para identificar o outro envolvido”, acrescentou a pasta.

Leonardo Matheus está na UTI após ser agredido em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução

Família

De acordo com a tia, Leonardo tinha o costume de sair aos finais de semana, mas avisava a mãe sobre o local onde dormiria. No dia 27 de outubro, porém, ele não voltou para casa.

A gente recebeu uma ligação dizendo que ele havia falecido. E aí foi um desespero, aquela loucura toda até a gente entender o que realmente havia acontecido com o meu sobrinho”, relembrou a tia.

Apesar da ligação, os familiares encontraram o jovem desacordado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Irmã Dulce, também em Praia Grande (SP). A tia disse ter procurado os socorristas que atenderam o caso para chegar ao local das agressões e ter acesso às imagens de monitoramento.

Agressões

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A confusão ocorreu na madrugada do dia 27 de outubro, quando Leonardo voltava para casa acompanhado de um amigo. Em determinado momento, ele cruzou com um grupo, formado por dois casais, e começou a discutir com os homens.

Ao g1, a tia de Leonardo disse que ainda não sabe se o sobrinho conhecia os agressores. O colega dele, que testemunhou o crime, afirmou que não se lembra como tudo começou porque havia ingerido bebida alcóolica na ocasião.

"Sei que a discussão começou a ficar mais calorosa e os dois meninos começam a agredir o Leonardo. Imagino que ele sabia que ia apanhar e correu”, relatou Alessandra.

Nas imagens do sistema de monitoramento da Rua Luís Antônio de Andrade Vieira, é possível ver Leonardo sendo perseguido pela dupla. Ele foi agredido com socos e chegou a cair no chão. Em determinado momento, o amigo da vítima tenta interferir, mas também é atacado.

De acordo com Alessandra, o amigo de Leonardo pediu ajuda para o porteiro de um prédio da região, que acionou a ambulância.

Alessandra contou que a mãe de Leonardo ficou abalada com a situação. Por isso, os tios tiveram que tomar à frente e registrar um boletim de ocorrência. Eles seguem em contato com a polícia, mas não tiveram retorno sobre a localização dos agressores.

“A gente realmente não sabe o que aconteceu, se já tinham alguma rixa ou algum problema entre eles. Mas mesmo que tivesse, nada justifica o que fizeram com o Leonardo, porque ele já estava no chão e foram dois contra um. Um dos rapazes bate mesmo, sem dó, pisa na cabeça, dá chute e ele já estava desacordado. Então foi uma covardia”, desabafou ela.

Personalidade

Ainda segundo Alessandra, o jovem sempre foi respeitador com a família. No entanto, ela pensou que ele poderia se envolver em brigas nas vezes que saía e, por isso, foi atrás de amigos e colegas para saber sobre o comportamento do sobrinho.

“Perguntei se ele era de briga, porque às vezes longe da família, a molecada pode se envolver em briga, faz coisas erradas. Mas não foi isso a resposta que a gente teve. Então, é o que mais me dói, porque todas as pessoas, até os lugares que eles frequentavam, sempre [com] elogios”, relatou ela.

De acordo com ela, Leonardo tem duas irmãs mais novas, de 6 e 7 anos, que choram pela falta dele. “Já tentaram diminuir a sedação para ele acordar, mas ele não acorda. A gente fica com sentimento de impotência e injustiça, porque os agressores tinham que dar uma satisfação”, finalizou.

Procurado, o Hospital Irmã Dulce não se manifestou até a publicação desta matéria.

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