Por Paula Moreira, Diário TV 2ª edição


  • Caio Cunha rebateu informações da equipe de transição de Mara Bertaiolli sobre a saúde financeira da cidade.

  • Segundo o prefeito, dos R$ 470 milhões apontados, R$ 420 milhões são dívidas feitas pelas gestões anteriores.

  • Outro assunto que gerou polêmica, inclusive na Câmara de vereadores, é a tarifa do transporte municipal.

Caio Cunha rebate Mara Bertaiolli em coletiva de imprensa

Caio Cunha rebate Mara Bertaiolli em coletiva de imprensa

Ao lado do secretariado, Caio Cunha (PODE) convocou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18) para responder aos apontamentos feitos pela equipe de transição de Mara Bertaiolli (PL), em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal na terça-feira (17).

Durante a audiência, a prefeita eleita disse ter encontrado um cenário que avaliou como preocupante em relação à saúde financeira da cidade. Segundo Mara Bertaiolli, considerando informações até o dia 30 de novembro, a prefeitura estaria com um déficit em caixa de R$ 207 milhões, além do valor de R$ 473 milhões em dívida consolidada.

Durante a coletiva, Caio Cunha rebateu a informação. Segundo ele, dos cerca de R$ 470 milhões apontados, R$ 420 milhões são dívidas feitas pelas gestões anteriores.

“Essas dívidas não foi na nossa gestão. As gestões anteriores fizeram R$ 420 milhões de dívidas, de financiamentos, empréstimos e mais empréstimos. Nós fizemos um único financiamento e já começamos a pagar, de R$ 50 milhões. Não sei se vocês sabem, mas a coisa mais fácil na gestão pública, quando se tem crédito, é construir coisa. Porque a maioria dos financiamentos têm carência. Ou seja, o financiamento que é feito em uma gestão, a grande maioria cai na outra gestão para pagar”, afirmou Cunha.

Outro assunto que gerou polêmica, inclusive na Câmara de vereadores, é a tarifa do transporte municipal. O valor da passagem atualmente está em R$ 5 e está congelado há três anos por conta de subsídio da prefeitura. Segundo a equipe de transição da prefeita eleita, esse aporte financeiro não está previsto na Lei Orçamentária para 2025.

“‘Ah, deixaram R$ 1 na Lei Orçamentária para o subsídio’. Foi assim que aconteceu todos os anos. Sabe por quê? Porque a gente faz suplementação de acordo com os valores que vão entrando. Principalmente do que a gente entregou uma nova lei agora, é quase que uma lei redundante, para mostrar ‘ó, vocês estão reclamando que não tem dinheiro, vocês podem utilizar o crédito da bilhetagem’, que é o valor que sobra mensalmente de cada um dos passes. Têm milhões lá que podem ser usado para essa finalidade".

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Durante a audiência pública, Mara Bertaiolli falou também sobre os contratos de saúde, como o Hospital Municipal e a Santa Casa da cidade.

“O contrato do Hospital Municipal vence em junho. Não faz jus o prefeito Caio Cunha, após saber o resultado da derrota nas eleições, definir qual o futuro do escopo do Hospital Municipal. Então, até junho de 2025 é tempo suficiente para a próxima gestão definir isso”, disse o secretário de Saúde, William Harada.

Sobre as afirmações do prefeito Caio Cunha, a TV Diário questionou a equipe de transição de Mara Bertaiolli. Por nota, foi respondido que todas as informações relacionadas ao balanço da transição de governo de Mogi das Cruzes foram prestadas ontem em audiência pública, na Câmara Municipal.

Caio Cunha questionou apontamentos de Mara Bertaiolli — Foto: Reprodução/TV Diário

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