Por Marcello Carvalho, g1 Campinas e Região


lápis, educação, escola, analfabetismo DF — Foto: Eduardo Paiva / TV Globo

A taxa de alfabetização em pessoas com 15 anos ou mais nas 31 cidades da área de cobertura do g1 Campinas ultrapassa os 90%.

A informação é dos dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (17). Veja na tabela abaixo os índices separados por município.

Consequentemente, a taxa de analfabetismo é inferior a 10% também em todas as cidades. No total, os 31 municípios somam, juntos, 53,7 mil pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever uma carta simples. Por outro lado, a população alfabetizada na região de Campinas é de 2,6 milhões de habitantes.

De acordo com o balanço do IBGE, a cidade com maior taxa de alfabetização é Americana (SP), com 98,33%, enquanto que o município que reúne o menor número percentual de alfabetizados é Pedra Bela (SP), que tem 92,72% a única abaixo da média nacional, que é de 93%.

Em relação ao total da população que não sabe ler ou escreve, Campinas é que a reúne o maior índice, com 22.881 pessoas. Veja abaixo todos os números do analfabetismo:

No gráfico abaixo, é possível procurar a cidade e ver, além da taxa de alfabetização, o total de pessoas que sabem ler e escrever no município.

Índices nacionais

No Brasil, 50 municípios têm índices de analfabetismo iguais ou superiores a 30%— 48 dessas cidades estão no Nordeste. As únicas exceções do grupo são Alto Alegre e Amajari, em Roraima, no Norte.

Entre os estados, os piores números foram registrados em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%). Considerando as faixas etárias dos brasileiros com mais de 15 anos, a maior taxa de analfabetos é detectada entre os idosos de 65 anos ou mais (20,3%).

Segundo o IBGE, a “elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação”.

Nas últimas décadas, esse grupo tem apresentado uma melhoria nos números: em 2000, 38% não sabiam ler e escrever cartas simples.

“Nas [gerações] mais velhas, as taxas caem mais rápido, pelo processo natural de substituição e pela dinâmica demográfica de envelhecimento e morte da população”, afirma o órgão de pesquisa.

A tendência geral é: quanto mais nova for a pessoa, maior a probabilidade de ela ser alfabetizada. Entre jovens de 15 e 19 anos, por exemplo, o índice de analfabetismo é de 1,5%.

Como o Censo funciona?

🤔 O que é o Censo? É uma pesquisa realizada pelo IBGE para coletar dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país.

🚨 Por que ele é importante? O Censo identifica informações essenciais para a criação de políticas públicas. A partir delas, é possível direcionar os recursos financeiros da União para estados e municípios, como nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes e energia.

📝Como os dados foram coletados? Foram três formas de participação: entrevista presencial (98,9% dos casos), por telefone (entrevistas feitas por recenseadores) ou preenchimento de formulário on-line.

O Censo entrevista os brasileiros na residência habitual, seja um lar particular, coletivo (asilos) ou improvisado (nas ruas, por exemplo).

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