Por g1 Campinas e Região


Novo lote de vacinas da Pfizer chega ao Aeroporto de Viracopos — Foto: UPS

O Brasil recebeu na noite desta quinta-feira (23) mais 2 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em dois voos que chegaram de Miami, Estados Unidos, ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A primeira aeronave, com 918.450 imunizantes, desembarcou às 17h55; enquanto a segunda, carregada com 1.140.750, aterrissou no terminal da metrópole às 20h28.

Os lotes fazem parte da nova série de entregas de 8,4 milhões de vacinas até este domingo, divididas em oito voos. A primeira remessa, com 1,1 milhão de doses, chegou ao país na noite de terça (21).

Com as entregas previstas para esta semana, a farmacêutica espera atingir 89 milhões de doses enviadas ao Ministério da Saúde em 88 lotes - até o momento, entregou 86 milhões em 85 remessas . Por contrato, a Pfizer precisa entregar 100 milhões de vacinas ao Brasil até 30 de setembro.

Há um segundo contrato entre Pfizer e governo, assinado em 14 de maio, que prevê mais 100 milhões de vacinas entre outubro e dezembro. A empresa diz que cumprirá o cronograma até o fim de 2021.

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Entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Receita Federal, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Ainda no terminal de Viracopos, equipes da Receita desenvolveram um processo chamado desembaraço sobre nuvens, que permite a antecipação da conferência e liberação da carga - o processo entre a abertura da porta de carga do avião e liberação do caminhão ocorre em até 20 minutos.

Após a liberação em Viracopos, equipes escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde

Entregas previstas

  • 24/09: 924.300 doses
  • 26/09: 2.281.500 doses (2 voos)

Entrega pelo consórcio Covax Facility

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Pfizer prevê atingir 89 milhões de doses entregues até domingo — Foto: Carla Cleto

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