Por G1 Campinas e Região


Aeronave com vacinas da Pfizer desembarca em Viracopos — Foto: UPS / ALF TV

O Brasil recebeu na noite desta quarta-feira (15) mais 2 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em dois voos que chegaram de Miami, Estados Unidos, ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A primeira aeronave, com 930.150 imunizantes, desembarcou às 18h19h; enquanto a segunda, com 1.140.750, aterrissou no terminal da metrópole às 20h08.

Os lotes fazem parte de uma nova série para entregas de 8,4 milhões de imunizantes até domingo (19). A companhia diz que são oito voos no total, e o primeiro com 1,1 milhão chegou na terça-feira.

Com a nova remessa, 75,6 milhões de doses da vacina já foram entregues pela Pfizer ao Brasil em 75 lotes. O grupo faz parte dos 100 milhões de imunizantes previstos no primeiro contrato com a farmacêutica, assinado em 19 de março de 2021. A companhia deve concluir a entrega neste mês.

Há um segundo contrato entre Pfizer e governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro deste ano. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.

Covid-19: novo lote de vacinas da Pfizer chega ao Brasil por Viracopos — Foto: UPS / ALF TV

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Entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Receita Federal, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Ainda no terminal de Viracopos, equipes da Receita desenvolveram um processo chamado desembaraço sobre nuvens, que permite a antecipação da conferência e liberação da carga - o processo entre a abertura da porta de carga do avião e liberação do caminhão ocorre em até 20 minutos.

Após a liberação em Viracopos, equipes escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde

Remessas previstas

  • 15/09: 2.070.900 doses (dois voos)
  • 16/09: 2.070.900 doses (dois voos)
  • 17/09: 899.730 doses
  • 19/09: 2.281.500 (dois voos)

Entrega pelo consórcio Covax Facility

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Vacina contra Covid-19 da Pfizer — Foto: Thiago Philip / TV Globo

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

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