Por G1 Campinas e Região


Operação de desembarque de doses da Pfizer no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), em agosto de 2021 — Foto: UPS/ALF TV VCP

A Pfizer entregou ao Brasil, na noite desta quinta-feira (2), mais 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19. A programação da farmacêutica previa dois voos, totalizando 2,6 milhões do imunizante, mas um dos aviões não decolou de Miami (EUA) por conta de manutenção. O outro chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 20h03.

Com o problema logístico, a carga com 1.140.750 de vacinas está programada para ser entregue nesta sexta (3). A farmacêutica já tinha programado outra carga de 1,5 milhão para a data.

As remessas fazem parte do novo cronogramas de entregas da empresa, que prevê o envio de 10 milhões de doses até domingo (5). Na quarta (1), a farmacêutica já havia enviado 2,6 milhões de vacinas, também divididas em dois voos.

Até agora, o Ministério da Saúde já recebeu, em 61 lotes, 58,5 milhões das 100 milhões de doses do primeiro contrato com a Pfizer, assinado em 19 de março de 2021 - a companhia deve concluir a entrega até o final de setembro.

Há um segundo contrato entre Pfizer e o governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.

57º lote de vacinas da Pfizer contra Covid-19 representa o total de 53 milhões de doses já entregues ao Brasil — Foto: UPS /ALF TV VCP

Dose de reforço

O Ministério da Saúde anunciou no dia 25 de agosto que a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 será oferecida no Brasil. A dose de reforço é indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a segunda dose.

Na quarta-feira, o governo estadual divulgou o calendário de vacinação para a dose de reforço. Devem receber a dose adicional todos os idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos acima de 18 anos, um público estimado em 7,2 milhões de pessoas. Veja as datas.

A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.

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Mais 1 milhão de vacinas da Pfizer contra Covid-19 desembarcam em Viracopos — Foto: UPS/ALF TV VCP

Entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

"As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, para então seguir viagem rumo ao Brasil. Os imunizantes são descarregados do avião entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos", informa a Pfizer, em nota.

Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde

Entregas previstas

  • 03/09: 2.661.750 doses (2 voos)
  • 05/09: 2.280.520 doses (2 voos)

Entrega pelo consórcio Covax Facility

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Vacina contra Covid-19 da Pfizer — Foto: Thiago Philip / TV Globo

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