Por G1 Campinas e Região


Entregas de doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer pelo Aeroporto de Viracopos foram intensificadas em julho — Foto: UPS/ALF TV VCP

O avião com mais 1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h57 desta quarta-feira (28). É o 30º lote que a farmacêutica americana entrega, totalizando 25,4 milhões das 200 milhões de doses previstas em contrato com o governo federal até o final de 2021 - a empresa diz que vai cumprir o cronograma.

O lote que desembarcou em Campinas faz parte dos 13 milhões de imunizantes da empresa previstos para ser entregues até 1º de agosto. Estão programados mais dois voos nesta quinta (29), totalizando mais 1.895.400 de doses da vacina.

As doses enviadas ao Brasil são produzidas na fábrica da Pfizer em Kalamazoo, no estado de Michigan (EUA). Segundo a companhia, a operação deve ser intensificada até o mês de setembro, com previsão de chegada de quase 70 milhões de doses no período.

Mais entregas

A farmacêutica abriu a nova semana de entregas no domingo (25), com mais 2,1 milhões de doses em dois voos programados para o Aeroporto de Viracopos - foi o maior volume entregue ao país pela Pfizer em um único dia.

No dia 20 de junho, a Pfizer enviou ao Brasil o primeiro lote de doses da vacina por meio do consórcio global Covax Facility. A entrega foi de 842 mil imunizantes.

Remessa com 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer é descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) — Foto: Éder Rezende/UPS/ALF TV VCP

Começou em abril

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

"As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, para então seguir viagem rumo ao Brasil. Os imunizantes são descarregados do avião entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos", informa a Pfizer, em nota.

Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde

Remessas previstas

  • 29/07: 1.895.400 doses (2 voos)
  • 30/07: 889.200 doses
  • 01/08: 2.106.000 doses (2 voos)

Entrega pelo consórcio Covax Facility

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Vacina contra Covid-19 da Pfizer — Foto: Thiago Philip / TV Globo

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