Por g1 Bauru e Marília


Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas — Foto: TV TEM/Reprodução

As festas de fim de ano, normalmente marcadas pela celebração e união entre amigos e familiares, podem representar um grande desafio a muitas famílias atípicas.

Para pessoas com condições especiais, como autismo, ou hipersensibilidade sensorial, a época é repleta de estímulos que podem ser difíceis de lidar.

A adaptação desses ambientes e a compreensão das necessidades específicas de cada pessoa pode ser uma alternativa para tornar um espaço acolhedor e inclusivo, onde todos podem aproveitar os momentos de confraternização.

Mariana Bonnás, psicóloga especializada em terapias sensoriais, ressalta a importância de respeitar a rotina das pessoas com deficiência e de garantir que todos os convidados, independentemente das suas necessidades, se sintam acolhidos.

"Perguntar como ajudar e mostrar que você se importa é a melhor forma de garantir que todos possam aproveitar a festa", explica.

Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas — Foto: TV TEM/Reprodução

A especialista listou algumas dicas e cuidados essenciais para quem vai receber famílias com pessoas atípicas. Confira:

  • Iluminação suave e fixa: Substitua luzes piscantes por aquelas estáticas e em tons quentes, que são menos agressivas.
  • Decoração tátil: Opte por enfeites feitos de materiais como feltro, algodão ou madeira, que são mais confortáveis ao toque.
  • Cores suaves e harmoniosas: Evite cores muito contrastantes ou chamativas, que podem ser excessivamente estimulantes.
  • Aromas leves: Utilize fragrâncias naturais, como lavanda ou baunilha, para promover relaxamento.
  • Organização do espaço: Reduza a poluição visual, dispondo os itens de decoração de forma ordenada e evitando sobrecarga sensorial.
  • Alimentação adaptada: Ofereça pratos que atendam às necessidades alimentares específicas dos convidados, especialmente para aqueles com seletividade alimentar.
  • Comunique-se: Pergunte às famílias sobre as necessidades específicas de cada convidado, como sensibilidades sensoriais, e seja flexível quanto aos horários e atividades.

Previsibilidade nas festas

Caio Henrique tem 15 anos e foi diagnosticado com autismo aos 10. A sensibilidade aos sons e a seletividade alimentar são grandes desafios para o morador de Bauru (SP) durante as confraternizações.

Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas — Foto: TV TEM/Reprodução

Além disso, Camila, sua mãe, sempre prepara pratos que o filho já está acostumado, para que ele possa participar das ceias sem desconfortos.

"Foi um período bem difícil no começo, até entendermos as necessidades dele, mas hoje, com a ajuda de fones de ouvido para amenizar os sons e pratos adaptados, conseguimos tornar as festas mais agradáveis para ele", explica.

Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas — Foto: TV TEM/Reprodução

Em entrevista à TV TEM, Caio explicou que a previsibilidade de como serão as celebrações lhe dão mais conforto ao planejar sair de casa nas festas de final de ano.

“Para mim é melhor isso, ter certeza que eu vou comer exatamente aquela comida que vou estar com exatamente aquelas pessoas, que não vai ter um ‘intruso’, finaliza o jovem.

Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas

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